Arquitetos Associados e Henrique Penha serão os curadores do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2020

A Fundação Bienal de São Paulo anunciou hoje os responsáveis pela curadoria do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza deste ano, marcada para inaugurar no dia 23 de maio. A exposição será concebida pelo escritório Arquitetos Associados (composto por Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) juntamente com o designer visual Henrique Penha.

A participação brasileira na 17ª Mostra Internacional de Arquitetura dialogará com o tema da Bienal deste ano, How will we live together? [Como viveremos juntos?], que tem curadoria geral do arquiteto Hashim Sarkis. “Precisamos de um novo contrato espacial. No contexto da ampliação das diferenças políticas e das crescentes desigualdades econômicas, pedimos aos arquitetos que imaginem espaços nos quais possamos viver generosamente juntos”, diz Sarkis. O tema explora a arquitetura como um campo material, espacial e cultural, incentivando arquitetos participantes a envolver outros profissionais em suas pesquisas — convidando trabalhos de artistas, construtores, políticos, cientistas sociais e cidadãos comuns. 

A participação brasileira encabeçada por Penha e pelos Arquitetos Associados vem na sequência das mostras Brasil: Modernismo como Tradição (2014), JUNTOS (2016), e Muros de Ar (2018), que abordaram, respectivamente, temas relacionados à modernidade, especificidade e imaterialidade, em resposta às demandas dos curadores gerais de cada edição da Bienal.

Sobre os Arquitetos Associados
Estúdio colaborativo dedicado à arquitetura e urbanismo, com sede em Belo Horizonte, MG. Tratando cada projeto como um trabalho específico, apresenta formação de equipes variadas. Esse modus operandi dinâmico amplia a qualidade de resposta aos problemas específicos de cada situação e dilui a questão autoral, permitindo a transformação permanente e a redefinição do grupo a cada trabalho, o que contribui para seu aprimoramento conceitual. Receberam reconhecimento nacional e internacional as obras realizadas no Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, MG, com destaque para a Galeria Claudia Andujar, o Centro Educativo Burle Marx e a Galeria Miguel Rio Branco. Seus trabalhos foram premiados na 4ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (1999); na VII BIAL – Bienal Ibero-americana de Medellín (Colômbia, 2012); na X BIAL – Bienal Ibero-americana de São Paulo (2016); no Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte – como melhor obra construída no Brasil em 2015. Participaram de exposições e eventos como a Bienal de Arquitetura de Daijeon, na Coreia do Sul (2010); 2ª Bienal Iberoamericana de Pamplona, Espanha (2011); Neun Neue – Nove Novos – Emerging Architects from Brazil, em Frankfurt, Alemanha (2013); e a exposição Infinito Vão – 90 anos da Arquitetura Brasileira, na Casa da Arquitectura em Matosinhos, Portugal (2018-19).

Alexandre Brasil é arquiteto e urbanista [UFMG, 1997] e mestre em construção metálica (UFOP, 2006]. É professor de projeto e técnicas construtivas no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNI-BH.

André Luiz Prado é arquiteto e urbanista (UFMG, 1998), mestre em teoria e prática de projeto [EA–UFMG, 2005] e doutor em teoria, produção e experiência do espaço (2014). É professor de projeto na UFMG e no curso de Arquitetura e Urbanismo do Ibmec, onde também é coordenador. É autor do livro Ao fim da cidade (Editora UFMG, 2016). 

Bruno Santa Cecília é arquiteto e urbanista, mestre em teoria e prática de projeto e doutor em teoria, produção e experiência do espaço (EA–UFMG, 2000, 2004 e 2016). É professor de projeto nos cursos de Arquitetura e Urbanismo da FUMEC e da EA–UFMG. É autor dos livros Brazil: Architectural Guide (DOM Publishers, 2013) e Éolo Maia: complexidade e contradição na arquitetura brasileira (Editora UFMG, 2016).

Carlos Alberto Maciel é arquiteto e urbanista, mestre em teoria e prática de projeto e doutor em teoria, produção e experiência do espaço (EA–UFMG, 1997, 2000 e 2015). É professor de projeto no curso de Arquitetura e Urbanismo da EA–UFMG. É autor dos livros Territórios da Universidade (Editora UFMG, 2012) e da coleção Arquitetura como Infraestrutura (3 volumes, Editora Miguilim, 2019).

Paula Zasnicoff Cardoso é arquiteta e urbanista (FAU–USP, 2000] e mestre em teoria e prática de projeto (EA–UFMG, 2007). Foi professora de desenho e projeto no curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade, São Paulo, e é professora de projeto no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNI-BH.  

Sobre Henrique Penha
É formado em Comunicação Social (UFMG, 1995) e mestre em Comunicação pela Boston University (1998). Líder na disciplina de Design na Indústria de Tecnologia há duas décadas, foi diretor de design na Apple, Califórnia, onde trabalhou diretamente na equipe de Jony Ive e liderou a criação de múltiplos produtos. Serviu em cargos de liderança de design no Oculus VR (Facebook), Lyft, Android (Google) e Skype, e passagens por Boston, Londres e São Francisco. Também é fotógrafo.

Com informações da Fundação Bienal de São Paulo

Sobre este autor
Cita: Romullo Baratto. "Arquitetos Associados e Henrique Penha serão os curadores do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2020" 16 Jan 2020. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/932070/arquitetos-associados-e-henrique-penha-serao-os-curadores-do-pavilhao-do-brasil-na-bienal-de-veneza-2020> ISSN 0719-8906

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