O acervo de mais de 40 anos de atividade profissional do arquiteto João Luís Carrilho da Graça será incorporado à Casa da Arquitectura, reforçando a dimensão nacional do arquivo da instituição. A cerimônia de assinatura acontece neste sábado, 15 de fevereiro, às 15h30, nas dependências do Arquivo da CA.
“É um acervo muito completo que reflete o trabalho qualitativo de um grande arquiteto, uma referência da arquitetura portuguesa e de dimensão internacional”, comenta o diretor-executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, que também destaca o compromisso da CA em “conservar, organizar e dar conhecimento público deste vasto acervo que no próximo ano irá resultar numa grande exposição na Casa da Arquitectura”.
O acervo de João Luís Carrilho da Graça que chega à Casa da Arquitectura contempla cerca de trezentos projetos, mais de uma centena dos quais tendo resultado de concursos públicos. Ainda que este extenso conjunto inclua planos executados nos mais diversos países – Espanha, França, Chipre, Itália, Suíça, Bélgica, Holanda, Alemanha, Áustria, Hungria, Finlândia, Egito, Brasil e Estados Unidos –, a grande maioria é em Portugal, incluindo projetos bem conhecidos pelo público português, como as Piscinas em Campo Maior (1982-1990), a Ponte sobre a Ribeira da Carpinteira na Covilhã (2003-2009) ou o Terminal de Cruzeiros em Lisboa (2010-2018).
Entre o conjunto do material incorporado é possível encontrar desenhos e escritos de Carrilho da Graça e dos seus colaboradores, além de uma extensa coleção de maquetes que representam tanto as obras construídas, como algumas versões diferentes das que acabaram por ser executadas, ou até mesmo, em alguns casos, projetos que não chegaram a sair do papel.
Sobre o arquiteto
João Luís Carrilho da Graça, nascido em 1952, arquiteto desde 1977, vive e trabalha em Lisboa. À sua obra foram atribuídos diversos prêmios e distinções, nomeadamente o Prêmio da Associação Internacional dos Críticos de Arte (1992), Prêmio Secil de Arquitectura (1994), Prêmio Valmor (1998, 2008, 2010, 2017), Prêmio FAD, Espanha (1999), Ordem de Mérito da República Portuguesa (1999); Prêmio Bienal Internacional da Luz – Luzboa (2004); Prêmio Pessoa (2008), Prêmio Piranesi – Prix de Rome (2010), Ordre des Arts et des Lettres – República Francesa (2010), Medalha da “Académie d’Architecture”, Paris (2012), Prêmio Internacional de Arquitectura Sacra – Frate-Sole (2012), Prêmio Bienal Ibero-Americana de Arquitectura e Urbanismo (2012), Prêmio Anual Aquisição de Arquitectura pela Academia Nacional de Belas-Artes (2014); International Fellowship do Royal Institute of British Architects (2015), Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos (2015), Prêmio Bienal Internacional de Arquitectura de Buenos Aires (2018), Prêmio Leon Battista Alberti do Politecnico di Milano, Campus de Mantova (2018), Prêmio arpaFil, Guadalajara, México (2018), Ordem da Instrução Pública da República Portuguesa (2019). Foi nomeado e selecionado para o prêmio europeu de arquitetura Mies Van der Rohe em diversos anos. Participou na representação oficial de Portugal na 12ª, 13ª e 16ª Bienal de Arquitetura de Veneza e na exposição central da 15ª Bienal.