Caras arquitetas e arquitetos,
À medida em que todos nós diminuímos o ritmo para reduzir o impacto da pandemia de COVID-19, quero compartilhar com vocês como o ArchDaily está enfrentando essa situação e o que estamos fazendo (juntos com vocês) para manter a comunidade da arquitetura informada e conectada. Esta é nossa responsabilidade.
Enquanto empresa global com escritórios em cinco países, com funcionários trabalhando em 10 países diferentes na Ásia, Europa, Oceania, Oriente Médio e Américas, enfrentamos as consequências da pandemia pela primeira vez quando nosso escritório na China foi fechado durante o Ano Novo Chinês. Nossa equipe chinesa compartilhou conosco sua perspectiva sobre o que isso significava para o trabalho e a vida cotidiana e, do outro lado do mundo, começamos a perceber como algo que consideramos muito distante começaria a se desdobrar e se aproximar.
O ArchDaily tem a mesma força de cada pessoa que compõe a nossa equipe. Nossa prioridade é o bem-estar de todos que trabalham conosco, portanto, em resposta, mudamos para o modo de trabalho remoto, ou home office, visando a segurança da equipe e a contenção da pandemia. Essa era, de fato, uma estratégia existente há muito tempo no ArchDaily, pois o trabalho remoto faz parte do nosso DNA. Mas, apesar de termos plataformas e fluxos de trabalho para trabalhar em casa, o risco de isolamento social permanece real, e estamos tomando medidas não apenas para trabalhar on-line, mas para permanecermos conectados e nos apoiarmos.
Como as conferências e feiras relacionadas à arquitetura e à construção foram adiadas, começamos a refletir sobre o que isso poderia significar para os canais digitais. Com o adiamento do Salone, da Bienal de Veneza e da Conferência da AIA, surgiram oportunidades para realizar on-line alguns de seus principais programas, como lançamentos de produtos, conferências, discussões e painéis de discussão. Mas é importante não se apressar, pois a situação global passou a se tornar muito mais delicada, desdobrando-se em muito mais do que simplesmente o adiamento de eventos.
À medida que o mundo entra em modo de desaceleração, vimos a rapidez com que a maioria das empresas na Europa e na América fechou seus escritórios e passou a trabalhar em casa. Para escritórios globais de médio a grande, essa foi uma mudança rápida. Para outros, é mais difícil. Como profissão, temos a capacidade de colaborar, trocar e trabalhar de maneira interdisciplinar; deste modo, abraçar as oportunidades virtuais guarda um grande potencial. Estamos empenhados em ajudá-los a enfrentar os desafios ao longo do caminho, para que vocês possam tirar o melhor proveito das oportunidades, aprender e crescer com elas. Neste momento, estamos focados em conectar empresas, compartilhar experiências e melhores práticas e construir colaborativamente a rede de conhecimento que nos ajudará a superar os desafios que se apresentam.
Já estamos vendo essa rápida mudança em nosso setor por meio de nossas métricas. O uso e o tráfego do site cresceram constantemente nas últimas semanas. O tráfego na China aumentou, juntamente com as esperançosas notícias de que o país está voltando aos trilhos após a desaceleração.
Em relação à educação e formação em arquitetura, com suas metodologias de estúdio e a intensa troca de ideias cara a cara, está certamente sendo desafiada, pois vê a necessidade de se tornar on-line. Nos últimos dias, vimos muitas instituições, como a IE e a GSD, adotarem rapidamente as plataformas digitais para continuar ensinando, e muitas palestras sendo transmitidas em novos formatos, muito mais pessoais e diretos. Temos o compromisso de conectar e apoiar acadêmicos e educadores a permanecerem em contato com seus alunos, compartilhando com eles seus conhecimentos e experiências.
As lições que aprendemos dessa pandemia terão um profundo impacto no futuro do design, sejam cidades, espaços públicos, infraestrutura ou qualquer outra tipologia arquitetônica. Design para a saúde será a nova norma. Estratégias passivas para conforto ambiental, ventilação, luz solar e umidade se tornarão obrigatórias. Iremos levar muitas boas práticas do design hospitalar para outros projetos. Veremos o surgimento de novos materiais com propriedades antibacterianas, anti-sépticas e desinfetantes. Estaremos mais conscientes da composição dos materiais e produtos que compõem nossos espaços cotidianos, e os órgãos responsáveis exigirão maior transparência e clareza em relação ao impacto ambiental dos projetos. Estamos em contato com especialistas dessas áreas e com os fabricantes que buscam inovações para enfrentar esse novo mundo.
Arquitetos e designers: estamos abertos e comprometidos em compartilhar suas experiências sobre o trabalho remoto, projetos com enfoque na saúde, e recursos para o ensino da arquitetura on-line. Temos a força da comunidade com a qual trabalhamos, portanto, estejam à vontade para entrar em contato conosco usando este formulário.
Fabricantes e construtores: precisamos aprender como podemos usar materiais e produtos para criar um padrão de projeto mais saudável. Estamos abertos a suas experiências, especialmente aquelas que envolvem trabalhar com novos materiais.
Com efeito, será um momento de recesso e incerteza, mas também podemos enxergá-lo como um momento para manter o foco, uma desaceleração que pode nos ajudar a exercitar nossa criatividade, expandir nossa mente e aprender. Um tempo para nos fortalecermos e nos prepararmos para quando essa situação passar - e ela passará.
Convidamos você a conferir a cobertura do ArchDaily relacionada ao COVID-19, ler nossas dicas e artigos sobre produtividade ao trabalhar em casa e aprender sobre recomendações técnicas de projetos para a saúde. Lembre-se também de checar os conselhos e informações mais recentes sobre o COVID-19 no site da Organização Pan-Americana da Saúde OPAS/OMS Brasil.
