Arquitetos do mundo todo têm colocado seus conhecimentos em prática na luta contra o coronavírus. Enquanto alguns se dedicaram a projetar estruturas temporárias para aumentar a capacidade dos hospitais, outros se ocuparam em desenhar versões alternativas de equipamentos de proteção individual, criando soluções viáveis para minimizar a carência de máscaras cirúrgicas nos quatro cantos do mundo. Utilizando tecnologias de impressão 3D, soluções construtivas de fácil montagem e baixo custo, empresas, universidades e profissionais autônomos têm se colocado à disposição para ajudar. Como resultado disso, vimos florescer uma infinidade de diferentes versões de protetores faciais que estão sendo utilizados tanto nas ruas quanto nos hospitais.
Descubra a seguir cinco alternativas à mascara cirúrgica, desenvolvidas por arquitetos ao redor do mundo.
A Foster + Partners desenvolveu um protótipo de viseira facial reutilizável, resistente à lavagem e reutilização, e o que é melhor, de fácil e rápida produção. Disponível para download, o projeto consiste em três diferentes componentes: uma viseira feita de PETG transparente de 0,5mm de espessura, uma fita de cabelo com travamento e uma tira de borracha cirúrgica de silicone que amarra os outros dois elementos. Em menos de 30 segundos de preparação e menos de um minuto para a montagem final, a viseira pode ser facilmente desmontada, higienizada, e portanto, reutilizada.
Tomohiro Katsuki da Prism Design também criou a sua própria versão de protetor facial, composto de materiais de custo relativamente baixo, disponível em qualquer loja de utensílios domésticos. Composto por PVC Transparente, cinta de nylon e espuma com fita adesiva, a máscara pode ser facilmente montada por qualquer pessoa com o auxílio de uma tesoura e uma régua. Por outro lado, a Escuela Radical está explorando diferentes formas de produzir máscara através de tecnologias de impressão 3D. Buscando aproximar as novas tecnologias às pessoas, a empresa decidiu disponibilizar gratuitamente o seu projeto de equipamento básico de proteção bucal.
O Centro de Inovação de Materiais Naturais da Universidade de Cambridge e o Laboratório de Estruturas Dobráveis da Universidade de Queensland, desenvolveram em conjunto um projeto de protetor facial reutilizável, o qual pode ser facilmente dobrado a partir de uma única folha plana de plástico transparente e transformado em um eficiente e prático protetor facial. Na verdade, o projeto nasceu de um estudo sobre dobraduras de origami, dando forma a uma técnica rápida que pode transformar qualquer material plano e transparente em máscara, simplesmente adicionando uma fita para prendê-la à cabeça, fornecendo uma barreira eficaz contra respingos e borrifos de fluidos corporais de pacientes. Usando materiais facilmente encontrados em casa, o "HappyShield", como foi apelidado, pode ser montado sem maiores dificuldades.
Por último, mas não menos importante, a IE School of Architecture and Design desenvolveu um sistema criado co o auxílio de impressoras 3D para fabricar máscaras de proteção para o corpo médico do estado de Castilla y León na Espanha. Somando forças com à iniciativa Coronavirus Makers composta por mais de cem pessoas, IE School of Architecture transformou o Laboratório de impressão 3D do seu campus de Segovia em uma fábrica de máscaras de proteção individual. Estes protetores faciais, que podem ser esterilizados e portanto reutilizados, foram distribuídos gratuitamente em hospitais e casas de repouso.
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