O desenvolvimento das interfaces digitais, somado ao bombardeamento de imagens que sofremos cotidianamente pela publicidade, aumentam a demanda pela nitidez das coisas, que tendemos a naturalizar. É o que Baudrillard chamou de "mundo da hipervisibilidade". A arte, no entanto, pode propor uma desaceleração da percepção, nos apontando dimensões mais profundas da experiência, onde a velocidade se torna retardamento.
Guilherme Wisnik conversa com Michael Wesely, fotógrafo de arte alemão mais conhecido por suas fotos de cidades, edifícios e paisagens, tiradas com uma técnica especial de exposição ultra longa. De 1986 a 1988, Michael Wesely freqüentou a Bayerische Staatslehranstalt für Photographie em Munique, antes de estudar na Academia de Belas Artes de Munique.
Reveja os demais epísodios desta série de debates:
- Tainá de Paula e Guilherme Wisnik conversam sobre exclusão racial, crise sanitária e sociedade
- Guilherme Wisnik e Vladimir Safatle conversam sobre cultura, democracia e sociedade
- Guilherme Wisnik e Bruno Dunley falam sobre arte na periferia de São Paulo
- Utopias e distopias urbanas em tempo de pandemia: Guilherme Wisnik conversa com Raquel Rolnik
- Organização social em territórios vulneráveis em tempos de coronavírus
- Guilherme Wisnik e Fernando Haddad conversam sobre antipolíticas e resistências
- O futuro engavetado: conversa entre Guilherme Wisnik e Francisco Bosco
- Espera in/em comum: conversa entre Guilherme Wisnik e Ana Luiza Nobre
- A cultura urbana do coronavírus: conversa entre Guilherme Wisnik e Giselle Beiguelman
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