O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) contratou, por R$ 2,49 milhões, um sistema de detecção e “neutralização” de drones que prevê instalação de antenas de até 20 metros sobre os Palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, para proteger o presidente da república e a cúpula do poder executivo. No entanto, apesar da urgência alegada pelo órgão comandado por general Augusto Heleno para tal projeto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) está barrando a obra.
Segundo o general Luiz Fernando Estorilho Baganha, na área central de Brasília, onde estão os palácios, “o aparecimento de drones está se tornando corriqueiro e demonstrando uma vulnerabilidade para a atividade de segurança das mais altas autoridades do Poder Executivo”.
Pelo projeto original, seriam instaladas antenas em formato de pirâmide sustentadas por cabos de 20, 10 e 6 metros nos tetos dos Palácios do Planalto (sede do Poder Executivo Federal), da Alvorada (residência do presidente) e do Jaburu (residência do vice-presidente), respectivamente.
A resposta negativa do Iphan veio através do parecer técnico assinado pelo coordenador do IPHAN-DF, Thiago Pereira Perpetuo, afirmando que as estruturas pretendidas pelo GSI ferem o tombamento dos projetos de Niemeyer.
Há que se considerar que edificações icônicas como os Palácios Presidenciais, patrimônios históricos tombados e reconhecidos internacionalmente pela sua arquitetura moderna, impõem limites para intervenções, que devem ser direcionadas para o menor impacto possível.
Fontes: Metrópoles e The Guardian