Dia a dia é uma minissérie de três médias-metragens desenvolvida pela Comissão de Política Urbana (CPU) do CAU/RJ. Cada episódio é dedicado a um dos três eixos propostos dentro da temática do direito à cidade – saneamento, mobilidade e habitação – através da visão e do cotidiano de três mulheres que vivem em regiões do Rio de Janeiro totalmente distintas: Realengo, Barra da Tijuca e morro Santo Amaro (Catete). O primeiro episódio, que estreou no dia 21 de agosto e aborda o tema da habitação, está disponível online.
“Habitação mostra um pouco do cotidiano das protagonistas em suas residências, muito diferentes entre si, não só por tamanho, mas pelas relações entre os que moram nessas casas. Mostra como as relações mais ou menos estreitas influenciam como essas mulheres visualizam o próprio espaço da casa. O episódio aborda como as personagens constroem o cotidiano de formas diferentes a partir de sua relação com a casa”, diz a diretora Gabrielle Rocha. “Nas filmagens, elas acabam ‘atuando’ na casa delas, no ambiente delas, então o filme tem uma abordagem muito real, muito íntima”, acrescentou.
A minissérie é um projeto especial da Comissão de Política Urbana (CPU) do CAU/RJ que lançou, no ano passado, uma chamada pública com esta finalidade. O objetivo, segundo a conselheira Luciana Ximenes, que integra a CPU, era falar dos temas centrais da política urbana de uma forma que chegasse não só aos arquitetos e urbanistas, mas a um público mais amplo, como os estudantes de arquitetura e urbanismo e outros cursos ligados à temática, mas também, a alunos do Ensino Médio e Fundamental.
“Foi uma feliz surpresa ter encontrado a Associação Peneira que propôs colocar três mulheres como protagonistas e acompanhar o cotidiano delas. O filme foi uma construção entre a comissão e a produtora, com muito diálogo”, destaca a conselheira.
“O episódio sobre habitação é essencial e, talvez, por isso, ele abra a série. Ele tem a preocupação de mostrar como as diferentes moradias impactam a vida daquelas personagens. Os três perfis são muito distintos, mas as mulheres têm muitas afinidades na relação com o lar. São três tipos de casa: um sobrado, uma casa solta em um lote e um apartamento. E diferentes inserções urbanas: em uma favela, no subúrbio e em um condomínio de classe média alta. O filme mostra como a moradia se reflete no cotidiano dessas mulheres, como as famílias partilham esse espaço, a função de abrigo, e como ela enreda todas as dimensões da vida daquela família, desde as relações de afetos, conflitos, ao acesso a lazer”, explica Ximenes.
A cada semana um novo episódio será lançado virtualmente e transmitido ao vivo pelo Facebook e Youtube do CAU/RJ. Confira a programação:
Saneamento
Quinta-feira, 27 de agosto, 18h30
Com a participação das professoras Suyá Quintslr (IPPUR/UFRJ); Silvana Castro (IFF); e a extensionista do projeto Tecnologia Social em assentamentos da reforma agrária (Tecsara), do Soltec, Marcella Gelio.Mediação: Ximena Cabello, roteirista e pesquisadora da minissérie.Evento em parceria com o IFF (Campos).
Mobilidade
Sexta-feira, 4 de setembro, 16h
Com a participação da professora da UFF Fernanda Sanchez, representante da Fenea, Fernanda Gomes e a diretora executiva do ITDP Brasil, Clarisse Linke.Mediação: Gabrielle Rocha, diretora da minissérieEvento em parceria com a Escola em Transe (UFF).