O que a casa do futuro nos reserva? E para quem ela será realidade? Essas questões foram as principais guias do trabalho Futuro do Morar - Contrastes. Com os olhos abertos para identificar os movimentos emergentes que dizem hoje como nossas casas serão amanhã, o mundo em meio a pandemia de Covid-19 foi o principal cenário de investigação da equipe do Instituto Europeo di Design e, a partir dele, mais do que falar das tendências do morar, os pesquisadores discutem os desafios que o futuro terá que solucionar para que elas sejam realidade para todos, e não um punhado de previsões que mais segregam do que geram possibilidades.
Porém, quem faz o futuro que terá que solucionar esses problemas, se não nós mesmos e no agora? E é nesse ponto que a equipe fala de protagonismo, ação, e o poder que temos de hoje construir o amanhã. Diante dos resultados dessa reflexão, questionam: quem não tem casa, não tem futuro? A partir dela disso, em um processo imaginativo, buscaram uma solução para os que hoje já estão excluídos da realidade de um lar e que não têm espaço no lugar de promessas do amanhã. Mais do que oferecer uma resposta única e hermética, essa proposição é um convite à discussão e à ação. O futuro do morar não se constrói sozinho. Ele é feito a partir do hoje. E se quisermos um amanhã que não repita os vícios e disfunções do agora, a resposta está em criar espaços que se realizem para todos.
Os Futuros do Morar - Contrastes é uma provocação a repensarmos o tecido urbano de hoje, as soluções que demos aos problemas que se apresentaram até agora e como não repetir o presente segregador e limitante.
O estudo foi produzido pelos pesquisadores David Oyaga, Jéssica Pereira, Murillo Albanez, Patrícia Tostes, Thiago Tofoli e Natalie Davantel, que foi gestora do projeto, em parceria com o IED Future Lab, o laboratório de estudo de tendências e futurismo do Instituto Europeo di Design (IED).