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Arquitetos: Bureau Bouwtechniek, Neutelings Riedijk Architects
- Área: 45000 m²
- Ano: 2020
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Gare Maritime, que já foi a maior estação ferroviária para mercadorias segundo o site Tour & Taxis de Bruxelas, se transformou recentemente em um empreendimento de uso misto com espaços de trabalho, lazer e compras. Por debaixo de impressionantes coberturas de aço os arquitetos da Neutelings Riedijk Architects projetaram o novo Gare Maritime como um distrito da cidade, uma "cidade onde nunca chove".
O projeto consiste na reforma e adequação do edifício da estação que é datado do começo do século XX, bem como na introdução de novos volumes e intervenções. Foram implantados doze novos pavilhões de madeira nos corredores laterais, abaixo da antiga cobertura, para contemplar novos programas. A implantação desses pavilhões cria uma organização que mimetiza bulevares, ruas, parques e praças em um espaço interno e integram tanto o contexto urbano quanto a antiga estrutura do edifício de forma natural. O espaço central, no coração do edifício, foi deixado aberto para eventos públicos, enquanto nos dois lados desse espaço os bulevares verdes são largos o suficiente para ter dez grandes jardins.
Os novos pavilhões foram construídos em madeira laminada colada (CLT) resultando em uma enorme redução na quantidade de cimento, bem como um efeito positivo no processo construtivo, considerando que a pré-fabricação e o uso de mais materiais secos, agrega uma construção mais curta.
O projeto do Gare Maritime é inteiramente neutro energeticamente, além de ser livre de energias fósseis. As fachadas de vidro, na Rua Picard apresentam células solares, enquanto 17.000 metros quadrados de painéis solares foram instalados no telhado. O projeto busca implementar medidas de sustentabilidade em todos os detalhes, do uso de energia geotérmica ao reuso de águas pluviais.
Este projeto foi encabeçado pela Extensa e realizado em cooperação com Bureau Bouwtechniek, Ney & Partners, Boydens engineering e OMGEVING, enquanto na primeira fase o edifício histórico foi cuidadosamente restaurado por Jan de Moffarts Architects, Bureau Bouwtechniek, Ney & Partners, e Boydens.