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Arquitetos: Govaert & Vanhoutte architects
- Área: 535 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Tim Van de Velde
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Fabricantes: Allaerts Aluminium, AutoDesk, Betesco, Chaos Group, Deltalight, MAXON Computer, Verolift
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado a beira de uma floresta, a Residência FSD tem sua volumetria definida a partir da topografia íngreme do terreno.
A natureza do terreno onde a casa está localizada resulta em um volume único de concreto visto da rua para nordeste, enquanto do lado oposto duas camadas se abrem completamente para a paisagem aberta a sudoeste. A rua segue uma topografia menos íngreme que a do terreno. Um pequeno hall de entrada e um espaço para carros descarregarem ficam do lado direito da fachada frontal, no ponto mais alto do terreno. Descendo por um caminho, uma segunda rota acessível a carros conduz ao subsolo, passando por uma fachada de madeira por debaixo da de concreto, este caminho leva à garagem.
Todas as funções diurnas foram locadas no piso superior, onde a vista da paisagem é mais valorizada. A cozinha e a sala de jantar ficam próximas à entrada e compartilham do mesmo espaço que a sala de estar e estão parcialmente separadas do escritório. O quarto principal, o closet e o banheiro ficam do lado leste do edifício e são iluminados por um pequeno pátio. Foram criados terraços no lado mais luminoso da construção, enquanto uma escada central conecta os dois níveis. Essa escada tem as dimensões necessárias para, no futuro, dar espaço a um elevador, caso a mobilidade se torne um problema.
Por outro lado as funções noturnas, a garagem e os espaços de armazenagem ficam no nível de baixo. No centro se encontra uma sala multiuso, que dá apoio os espaços da piscina. Próximo ao salão noturno, três quartos e dois banheiros podem ser acessados, enquanto um terraço generoso incluí a piscina e se espalha pelo terreno, chegando a uma área bem iluminada pelo sol e também visível do pavimento superior.
Os dois níveis são fechados para a rua e também para os vizinhos, e são totalmente abertos para a paisagem ao sudoeste. Balanços de concreto sustentam os terraços e abriam os quartos, garantindo uma configuração mais íntima, mas também bloqueando o excesso de sol. As áreas de estar recebem luz natural de acordo com as necessidades, no verão, a luz é filtrada pelas árvores, enquanto no interno a vegetação permite que o máximo de luz adentre, esquentando os ambientes.
A casa foi inserida no terreno inclinado, de modo que cobrir parte do edifício permite uma certa elegância em relação à grande massa de concreto. O projeto pensa no espaço externo como parte da arquitetura e cria um limite claro entre a floresta e a construção. A floresta permanece como um era, tocando a casa.
A piscina sofreu alterações em duas dimensões para preservar a vegetação local.