Com o intuito de fornecer uma perspectiva interna dos centros criativos arquitetônicos do mundo, Raner Taepper publicou um livro de arquitetura, que não apresenta edifícios e plantas. Olhando os bastidores, o fotógrafo de arquitetura destacou os espaços de trabalho de empresas internacionais de arquitetura e as mentes criativas, que contribuem para a concepção de um edifício.
Um projeto em evolução, Rainer Taepper acaba de concluir o segundo volume de sua série de livros de arquitetura “The Office”. A nova edição apresenta escritórios de arquitetura europeus como A-Lab, BIG, Coop Himmelb (l) au, Foster + Partners, Henning Larsen, MÄCKLERARCHITEKTUR, MVRDV, Snøhetta, Staab Architekten e UNStudio, a publicação retrata os espaços de trabalho e seus criadores.
“A partir da perspetiva de um observador secreto, um voyeur do bom design, ávido por conhecimento”, como diz Taepper, o projeto visa atrair os nomes mais conceituados de todo o mundo, de forma a dar continuidade à série e registrar mais espaços. Algumas perguntas contextuais encerram esta edição, o fotógrafo questiona o futuro do trabalho na arquitetura, bem como a influência de escritórios domésticos e reuniões online.
O resultado é uma visão quase íntima dos ambientes de trabalho das pessoas, que não apenas projetam nossos espaços de convivência de hoje, mas também têm uma influência decisiva no mundo de amanhã com suas idéias e visões. - Rainer Taepper.
Conheça abaixo o prólogo, de “The Office II”.
Independentemente do sucesso ou do fracasso, minha mente já estava definida desde a primeira edição de "The Office": o livro merecia uma sequência! Motivado e autoconfiante, chamei-a, portanto, de "Edição I" com o objetivo de apresentar o trabalho de acompanhamento exatamente um ano depois. Infelizmente, o volume dois foi lançado apenas dois anos depois. Tal fato não se deve inteiramente devido à minha negligência, pois 2020 foi um ano que provavelmente abalou todos os nossos planos e objetivos.
No primeiro momento, iniciei a "Edição II" cheio de entusiasmo e com a programação de terminar todas as fotos para o livro nos primeiros três meses, agenda que quase se concretizou. Na minha área, é bastante tranquilo nesta época do ano, portanto, perfeito para projetos onde o clima não é importante. Eu já havia contactado os escritórios alguns meses antes. Tendo a primeira edição como referência, não demorei muito para convencer meus candidatos ideais a participar. As visitas foram agendadas e foi um grande prazer poder conhecer os ambientes de trabalho, às vezes complexos de escritórios de renome internacional e, claro, fazer as fotografias. O trabalho teve um bom progresso, e com apenas no último escritório, o cronograma estava atrasado.
E então veio a COVID-19, paralisando o mundo inteiro: quarentena, home office e, consequentemente, escritórios vazios. O período era suficiente para eu terminar meu trabalho fotográfico, mas escritórios desertos, sem agitação e sem a atmosfera de trabalho criativo e colaborativo não eram o que eu buscava retratar. Estava fora de questão prescindir das últimas fotos ou capturá-las de outra forma. Portanto, não tive escolha a não ser esperar e suspender o projeto por meio ano, até que finalmente pudesse fotografar o último escritório que faltava para esta edição.
No entanto, valeu a pena esperar, a segunda edição está concluída e desta vez apresenta escritórios de arquitetura da Europa. Como no primeiro livro, as fotos são capturas instantâneas de um observador faminto por conhecimento, um ‘voyeur’ do bom design. O resultado é uma visão quase íntima dos ambientes de trabalho e das pessoas, que não apenas projetam nossos espaços de convivência atuais, mas também têm uma influência decisiva em nosso mundo de amanhã com suas ideias e visões.