O Festival de Arquitetura e Design Concéntrico 07, aberto a todos os cidadãos e visitantes para redescobrir os espaços de interesse do centro histórico da cidade de Logroño, Espanha, acontecerá de 2 a 5 de setembro de 2021.
Nesta edição, foram propostos três concursos internacionais: um para a criação de um Pavilhão na Praça Escuelas Trevijano; outro para o desenvolvimento de uma intervenção no Paseo del Ebro; e outro para a realização de uma instalação em Viña Lanciano de Bodegas LAN.
Nos três concursos, foram inscritos 630 projetos assinados por profissionais de mais de 50 países. O júri foi composto por Anna e Eugeni Bach, participantes do Concéntrico 06; Ángel Carrero, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Cultural dos Arquitetos de La Rioja e reitor do Colegio Oficial de Arquitetos de La Rioja; Rebeca Castellano, coordenadora de Artes Visuais e Humanas do Goethe-Institut Madrid; Aurora León, professora do Departamento de Design de Interiores da Escola de Design La Rioja; Amaya Cebrián, Diretora de Marketing de Bodegas LAN e Javier Peña, Diretor do Festival.
Conheça os vencedores, a seguir:
Pavilhão na Praça Escuelas Trevijano: "Pavilhão Concéntrico"
Autoria: Cássio Sauer, Elisa T. Martins (sauermartins) e Mauricio Méndez (Brasil/Bolívia)
Descrição do projeto. A intervenção nos estimula a refletir sobre o lugar, o urbano, a cidade e sobre o momento muito específico e desafiador que vivemos. A proposta reconhece a praça, os equipamentos públicos nela e a sua escultura, e propõe uma intervenção relacionada a este contexto específico. Para isso, propõe formas geométricas, duas peças que se complementam: uma barra e um círculo. O círculo aparece como um ponto de encontro, neste caso com a árvore no centro. Este elemento circular não toca o solo, ele se eleva e flutua sobre a praça. A barra intercepta e apóia o círculo gerando uma abertura que servirá como grande superfície vertical para exposições e comunicação do Festival. Ao mesmo tempo, o plano linear da barra oferece uma tela para o movimento dos transeuntes. A proposta é uma manifestação da dualidade entre a instabilidade e o equilíbrio, o contemporâneo e o histórico, a parede que limita e o círculo que recebe, o espaço interior e exterior, o aberto e o fechado.
“O projeto foi selecionado pelo seu carácter representativo, propondo um novo diálogo entre os elementos existentes na Praça Escuelas Trevijano. A sua arquitetura, com uma geometria singular, responde ao uso do pavilhão como marco do festival. A sua implementação no local é relevante, com uma estratégia global que destaca a ideia de equilíbrio, tensão e a sua forma de se articular com o contexto."
Passeio do Ebro: "A contemplação de um limite"
Autoria: Chávarri Estudio (Pedro Chávarri, Esteban Gigoux, Tomás Sherwin). Chile
Descrição do projeto. A proposta serve como uma homenagem ao limite, termo definido como fronteira, fim de algo e início de outra coisa, uma linha imaginária que separa dois elementos. Uma margem também pode ser entendida como um limite que, no caso do rio, é determinado pela largura de seu canal; portanto, algo que na mente é uma fronteira abstrata, na realidade assume uma espessura e uma distância entre as duas margens. A largura do rio nos convida a questionar o que se passa no meio e como é que se forma a outra margem. E é justamente o espaço vazio entre a Casa das Ciências e a margem do rio, com seus 55 metros de comprimento e 6 de largura, o local ideal para contemplar a linha imaginária. Criaremos uma peça de mobiliário em forma de cadeira, com um guarda-sol que convidará os transeuntes a parar, subir, mudar sua percepção do ambiente e contemplar a fronteira abstrata entre as duas margens do Ebro.
“O projeto foi selecionado por seu caráter icônico e sugestivo que muda a nossa perspectiva habitual sobre a relação do rio com a cidade. Uma pequena estrutura que ganha força por sua repetição e propõe a permanência, remetendo ao imaginário da praia e arredores do Ebro."
Viña Lanciano: "Apoie sua paisagem local"
Autoria: Vivian Rotie e Pablo Saiz del Río (Cuba/Espanha)
Descrição do projeto. O projeto recria "um cartaz, um anúncio, um aviso" e se volta aos vestígios da Ponte do Mantible, uma paisagem singular não apenas para o cultivo da videira, mas também para a coexistência de uma infinidade de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e espécies vegetais às margens do rio. Os criadores apelam ao imaginário, ao espetáculo, às campanhas de comunicação e ao escapismo gráfico com uma ideia que evoca a paisagem.
“O projeto foi selecionado por sua singularidade e por reivindicar um diálogo com a paisagem. Sua grande escala institui um marco que se avista à distância, que evoca e fala do contexto onde se situa."