Após incertezas sobre o futuro da Nakagin Capsule Tower, o arquiteto Kisho Kurokawa e o Urban Design Office Chiyoda-ku decidiram desmontar o icônico edifício e recuperar suas cápsulas como unidades de acomodação e instalações de museu. O plano de regeneração segue o conceito inicial da arquitetura metabolista: reconfigurar os elementos em vez de demoli-los.
Todas as cápsulas serão restauradas em sua forma original por meio de crowdfunding. Algumas das cápsulas serão retiradas e doadas a museus, enquanto o restante será "reutilizado" como acomodação. Depois de muitos pedidos de transferência das cápsulas para o exterior, para museus como o Centro Pompidou em Paris, os arquitetos decidiram expor as cápsulas em museus em todo o mundo, para que mais pessoas pudessem experienciar seu design único. Uma cápsula modelo está atualmente em exibição no Museu de Arte Moderna de Saitama, projetada por Kisho Kurokawa.
Desde 2018, o edifício tem funcionado como uma moradia temporária, permitindo que as pessoas vivam a experiência da torre por um período de um mês. Por quase dois anos e meio, as cápsulas foram utilizadas por mais de 200 pessoas, que deram opiniões positivas sobre a experiência, o que convenceu a equipe de arquitetos a desenvolver "cápsulas de acomodação" a serem espalhadas por diferentes localidades.
A campanha de financiamento coletivo foi lançada pela Motion Gallery e está no ar desde o início de julho. O objetivo é angariar fundos para os reparos das cápsulas que estão sendo doadas aos museus.
Construída em 1972, a Torre Nakagin foi o primeiro projeto baseado em cápsulas, desenvolvido em torno da visão de uma arquitetura adaptável e dinâmica, onde os módulos são plugados a um núcleo central e podem ser substituídos. As cápsulas foram projetadas para hospedar executivos em viagem a Tóquio. Cada unidade mede 4x2,5 metros e contém o necessário para acomodar uma pessoa. Todos os elementos e acessórios são industrializados e pré-montados.
Via PRTImes Japan