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Arquitetos: OUALALOU+CHOI
- Área: 6057 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Marc Goodwin
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Fabricantes: KEIM
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Pavilhão do Marrocos na Expo 2020 de Dubai, projetado pelos arquitetos OUALALOU + CHOI, mostra como a arquitetura tradicional marroquina e as técnicas de construção podem encontrar uma nova relevância na arquitetura contemporânea e nos esforços de desenvolvimento urbano. Como um trabalho pioneiro de construção em taipa - a fachada de 4000 m² do edifício será a maior de seu tipo. O Pavilhão visa elevar os limites técnicos e criativos dos materiais de construção tradicionais do Marrocos à novas alturas, enquanto presta homenagem à sua rica cultura e paisagem.
Composto por 22 volumes retangulares empilhados visualmente e ressonantes com as aldeias vernáculas de taipa marroquinas, o Pavilhão abrange 14 espaços de exposição, um restaurante tradicional marroquino, uma sala de chá, uma área de comida de rua moderna, uma loja, um espaço para eventos, um espaço de escritório, e um lounge. Dispostos verticalmente em torno de um pátio interno profundo, um elemento espacial importante na arquitetura tradicional marroquina, cada um desses espaços são conectados por uma "rua interna" contínua, que começa no andar superior do edifício e desce gradualmente até o andar térreo.
A rua do Pavilhão organiza um percurso definido entre espaços de exposição sequenciais, permitindo que os visitantes entrem em contato e vivenciem as diferentes regiões e culturas do Marrocos. Ao longo desta rota de exposição, o restaurante, a sala de chá, o lounge e dez jardins suspensos oferecem aos visitantes momentos de pausa e vistas emolduradas da Expo circundante enquanto eles descem ao nível do solo do Pavilhão. Meios alternativos de circular entre os níveis podem ser encontrados no núcleo mais a leste do edifício, onde uma plataforma elevada de 15 m² podem levar até 50 pessoas por vez, do térreo ao sétimo andar.
O envelope externo do Pavilhão é composto por uma fachada de taipa de 4000 m² e 33 metros de altura, um ambicioso feito técnico pioneiro no avanço dos métodos de construção em taipa. A taipa, material de construção tradicional em Marrocos, desempenha um papel fundamental na regulação passiva das condições interiores em locais quentes e áridos. A sua utilização no Pavilhão prova que é um material ao mesmo tempo tradicional e inovador, oferecendo um exemplo de como os métodos tradicionais de construção marroquinos podem servir para inspirar modelos mais sustentáveis de desenvolvimento urbano. Em conjunto com outras estratégias passivas utilizadas no projeto do edifício, como fachadas interiores de madeira que funcionam como protetores solares, a fachada de taipa permite que o Pavilhão responda plenamente aos exigentes padrões ecológicos do LEED.
Em linha com este compromisso com a sustentabilidade, após a conclusão da Expo 2020, o Pavilhão será transformado em um complexo habitacional, com as instalações existentes cuidadosamente adaptadas em apartamentos, uma piscina de 80 m², uma academia e uma sala comum.