Projetado pelo arquiteto Renée Gailhoustet em 1972, o complexo residencial Cité Spinoza faz parte do plano diretor criado para o centro de Ivry-sur-Seine, na França. O projeto é uma versão da Unité d'Habitation de Marseille de Le Corbusier, uma das principais referências arquitetônicas para os arquitetos da época. O fotógrafo de arquitetura Anthony Saroufim percorreu as ruas do subúrbio parisiense e registrou as distintas formas de concreto deste exemplar de arquitetura modernista.
Segundo o site do Frac Centre-Val de Loire, o edifício de concreto aparente abriga 80 unidades de habitação social, um albergue e serviços coletivos distribuídos por ruas internas. Gailhoustet queria um edifício híbrido com uma mistura de programas e fragmentou a estrutura em três barras ligadas por uma circulação vertical central. As salas de atividades, as oficinas, o centro médico-psico-pedagógico, assim como a biblioteca infantil, estão localizados no primeiro andar. As instalações são estruturalmente independentes e compostas por elementos modulares que podem ser adaptados e ampliados conforme a necessidade.
Os elementos arqueados, emblemáticos do projeto, se transformam em bancos em alguns pontos, criando pequenas áreas de estar. O edifício é conhecido por empregar a ideia de promenades para pedestres, criando espaços que não apenas servem ao fluxo funcional, mas oferecem atrativos para permanência.