A Zaha Hadid Architects acaba de lançar um programa de investimento próprio, concebido para reinvestir parte dos lucros da empresa no desenvolvimento da carreira de seus funcionários. Chamado de Employee Benefit Trust, este plano de recapitalização opera de modo a programar a transição de propriedade do escritório de seus fundadores para os seus funcionários mais assíduos. Fundado por Zaha Hadid em 1980, o escritório que até hoje leva o nome da falecida arquiteta galardoada com o Prêmio Pritzker de 2004, conta hoje com mais de 500 funcionários em suas duas sedes na cidade de Londres e Pequim. A transformação planejada da empresa foi pensada para garantir que os lucros sejam reinvestidos no próprio negócio, revertendo a mais-valia em novas instalações e equipamentos, beneficiando toda a equipe e permitindo que o escritório siga priorizando o seu desenvolvimento em relação ao futuro.
“De forma visionária e generosa, Zaha Hadid deixou o seu escritório nas mãos de seus sócios e colegas, pessoas próximas com as quais ela trabalhou ombro a ombro por várias décadas. Neste sentido, Zaha foi muito sagaz em instruir seus colaboradores à dar continuidade ao seu legado”, diz o informe do programa de investimento lançado pela Zaha Hadid Architects. Buscando uma transição de propriedade mais horizontal e democrática, a Zaha Hadid Architects visa promover um sistema organizacional mais transparente, proporcionando maior agilidade à equipe na definição do futuro da empresa.
A ZHA se junta a uma extensa lista de escritórios de arquitetura de propriedade dos funcionários, como White Arkitekter, Make Architects, Allford Hall Monaghan Morris e BRP Architects. Este é um modelo que está sendo adotado por mais e mais empresas a cada ano, pois apresenta uma série de vantagens no que se refere ao planejamento dos investimentos da empresa além de estimular os funcionários com mais tempo de casa. Além disso, esta mudança também se reflete em uma série de benefícios e incentivos fiscais para a própria empresa. No Reino Unido, por exemplo, a lei incentiva empresas com um maior número de funcionários com participação nas quotas de propriedade, algo que tem provocado um aumento anual de 10% no número de trabalhadores proprietários do próprio negócio no país.