A Bloomberg Philanthropies revelou as 15 cidades vencedoras do seu Global Mayors Challenge 2021-2022. Os projetos escolhidos entre participantes de seis continentes “buscam melhorias nas áreas de recuperação econômica e crescimento inclusivo, saúde e bem-estar, clima e meio ambiente, gênero e igualdade”. As cidades vencedoras, que incluem Istambul, Roterdã, Butuan e Wellington, receberão US$ 1 milhão e apoio externo para desenvolver seus programas.
.jpg?1643280352 "O primeiro museu de arte do mundo totalmente acessível está aberto ao público. Imagem © Ossip van Duivenbode / MVRDV")
Dos 631 inscritos, 15 vencedores foram escolhidos por projetar ou implementar inovações urbanas ambiciosas que respondem às consequências da pandemia e fornecem soluções para sustentabilidade, equidade e inclusão. As cidades vencedoras são Amã, Jordânia; Bogotá, Colômbia; Butuan, Filipinas; Freetown, Serra Leoa; Hermosillo, México; Istambul, Turquia; Kigali, Ruanda; Kumasi, Gana; Paterson, Nova Jersey, EUA; Phoenix, Arizona, EUA; Rochester, Minnesota, EUA; Roterdã, Holanda; Rourkela, Índia; Vilnius, Lituânia; e Wellington, Nova Zelândia.
O fundador da Bloomberg Philanthropies e ex-prefeito de Nova York, Michael R. Bloomberg, explica que, como os governos nacionais não conseguem implementar projetos inovadores no mesmo ritmo ou prazo que as cidades, a Bloomberg disponibilizou sua plataforma para oferecer apoio financeiro e organizacional para projetos que tenham potencial para melhorar a vida de milhões de moradores, seja por meio de benefícios de saúde, redução do desemprego ou empoderamento das mulheres, entre outras iniciativas globais.
Amã, Jordânia
A capital da Jordânia, Amã, desenvolveu “mapas de acessibilidade”, que ajudaram a identificar comunidades que não tinham acesso a serviços essenciais, sobretudo quando a cidade não estava preparada para fornecê-los a seus moradores durante o lockdown.
Bogotá, Colômbia
Algumas cidades se conscientizaram sobre as desigualdades de gênero e étnicas, como Bogotá. A cidade desenvolveu planos para criar “blocos de cuidado”. Esse projeto dá apoio a cuidadoras e empregadas domésticas e incentiva a redução do número profissionais exploradas e mal remuneradas nesse segmento, ao mesmo tempo que educa homens para realizarem tarefas domésticas.
Butuan, Filipinas
Como resposta às altas taxas de fome e insegurança alimentar da cidade, Butuan criou o AgriBOOST, um software de dados preditivo que garante a longevidade de agricultores desfavorecidos, ajudando a avaliar os melhores tipos e quantidades de culturas a serem plantadas.
Freetown, Serra Leoa
Para combater o desmatamento e a perda anual de 500.000 árvores, Freetown deu apoio financeiro para que as comunidades ajudassem a replantar árvores. A cidade usou marcação geoespacial para cada nova árvore para criar tokens na esperança de desenvolver um novo mercado focado em reflorestamento.
Hermosillo, México
A cidade de Hermosillo criou um projeto chamado Biciclando como resposta aos dois principais desafios da cidade: o desemprego entre as mulheres e o fato de que apenas 2% de seus resíduos são reciclados. O Biciclando é uma iniciativa de emprego voltada para mulheres que usa a economia circular para enfrentar esses dois desafios através de um único projeto.
Istambul, Turquia
25% das famílias de Istambul solicitaram assistência social após o primeiro ano da pandemia e, mesmo que a cidade tenha triplicado seu orçamento nesse setor, não foi possível acompanhar a demanda. É por isso que a cidade desenvolveu o “Pay-it-forward”, um programa de apoio social que oferece ajuda financeira para pessoas necessitadas permitindo o recebimento de doações anônimas de pessoas dispostas a ajudar.
Kigali, Ruanda
Os moradores dos assentamentos informais de Kigali sofrem com falta de água potável e de saneamento básico, sem contar os altos custos de manutenção desses serviços públicos. Como solução, a cidade introduziu um projeto inovador de origem holandesa que armazena água das cheias dos rios e da chuva, usando tecnologias inteligentes de sensores contra desperdício.
Kumasi, Gana
Com o objetivo de resolver o problema da preservação dos banheiros públicos, Kumasi treinou jovens desempregados para construírem banheiros de baixo custo para as famílias que não os possuem. Os banheiros usam biodigestores e outras tecnologias para permitir que os resíduos sejam processados em adubo orgânico que pode ser usado na agricultura.
Paterson, Nova Jersey
Depois de registrar um aumento impressionante nas mortes por overdose durante a pandemia, a cidade de Paterson, em Nova Jersey, desenvolveu um programa que acelerou o tratamento, funcionando 24 horas todos os dias da semana, para pessoas com transtorno por uso de opióides.
Phoenix, Arizona
A cidade sofreu um aumento no número de desempregados, com quase 200.000 habitantes nessa situação durante a pandemia. Para conectar aqueles que procuram emprego a potenciais empregadores, a cidade desenvolveu “Career Mobility Units”, um serviço que facilita o processo de contratação fornecendo treinamentos, serviços de tradução, divulgando entrevistas e fazendo pontes com empregadores.
Rochester, Minnesota
Rochester, cidade do estado de Minnesota, se envolveu com comunidades e organizações trabalhistas para ajudar mulheres negras a ingressarem na indústria da construção.
Roterdã, Holanda
Devido à pandemia, os orçamentos públicos eram muito limitados para financiar programas de emprego, então a cidade criou o "Rikx", um mercado digital que conecta empreendedores sociais locais a investidores para que eles possam desenvolver projetos inovadores, enquanto ajuda os moradores desempregados da cidade a encontrar trabalho.
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Rourkela, Índia
Os produtores de Rourkela sofrem com a falta de instalações para armazenamento de seus produtos, limitando a vida útil destes. Devido a isso, a cidade se concentrou em capacitar mulheres empreendedoras que trabalham com alimentos e ofereceu a elas acesso a armazenamento refrigerados, gerando vários benefícios como empoderamento feminino, segurança alimentar e mobilidade em um único projeto.
Vilnius, Lituânia
Vilnius trabalhou em seu sistema educacional criando “Vilnius como uma escola aberta”, um programa destinado a melhorar as habilidades digitais dos educadores, combater a superlotação das escolas públicas e sistemas educacionais desatualizados. O programa visa tornar o modelo de educação K-12 mais resiliente e relevante para a economia do futuro.
Wellington, Nova Zelândia
Como forma de abordar as mudanças climáticas e avançar para um futuro pós-carbono, Wellington criou uma cópia digital da cidade, uma cidade virtual e interativa, permitindo que seus moradores se envolvessem no planejamento urbana e na ação mitigatórias sobre o clima.
O Mayors Challenge 2021 foi a quinta edição do concurso e a primeira a ter um alcance global. Os desafios anteriores se concentraram em uma região, como Estados Unidos em 2013 e 2018, América Latina e Caribe em 2016 e Europa em 2014.
