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Arquitetos: Objekt Architecten
- Área: 160 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Bert Vereecke Photography
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Fabricantes: Buderus, Ginger Ceramics, Isoproc, Katzbeck
Descrição enviada pela equipe de projeto. A primeira ideia era renovar a casa anterior. Mas aconteceu que, uma semana depois do primeiro encontro no nosso escritório, os clientes conseguiram comprar a casa dos seus sonhos: uma antiga casa de férias no ponto mais alto da vila, no meio do campo. Além das vistas fenomenais, o terreno tem um trunfo extra: um belo salgueiro.
A estrutura da antiga casa de 1904 foi mantida ao máximo, de forma a preservar o caráter da fachada. A extensão posterior tradicional flamenga foi substituída por uma nova estrutura, encaixando-se em seu invólucro. O novo volume foi revestido com telhas pretas, tanto na fachada quanto na cobertura, dialogando harmonicamente com a alvenaria original. O projeto também levou em conta os desejos dos clientes, nomeadamente quatro quartos, um estúdio para o proprietário, que é ceramista profissional, uma cozinha em planta livre e a conexão entre o jardim e a casa.
Na escolha dos materiais, o aspecto ecológico foi extremamente importante. Juntamente com o empreiteiro PUUR-bouwen & Giant Projects, entre outros, todas as opções foram discutidas e equilibradas. Das muitas possibilidades bio-ecológicas, a escolha recaiu sobre a cal de cânhamo como material isolante nas paredes e sobre os flocos de celulose como isolamento de telhados. No interior, as paredes são rebocadas com terra e, para o banheiro, foi escolhido o reboco de cal hidrófugo, tadelakt. Os pisos são feitos de tábuas de madeira, e na cozinha são utilizados blocos, também em madeira, com as portas feitas do material reaproveitado das fôrmas. Essas escolhas contribuem para uma sensação de aconchego e um clima interno saudável.
As esquadrias, instaladas pela Mondian da Zonhove, foram feitas na Áustria. Do lado de fora, as janelas receberam um acabamento em alumínio na cor preta para dialogar com o revestimento escolhido. No interior, receberam um acabamento em madeira que, por sua vez, dialoga com o reboco de terra. Vidros triplos, uma bomba de calor com um permutador e um sistema de ventilação tipo D com recuperação de calor devem garantir a máxima eficiência climática na casa.
O terreno de 4.500 m2 em que a casa foi construída não foi pavimentado desnecessariamente. As vagas de estacionamento, por exemplo, são finalizadas com cascalho e os degraus para a porta da frente e o estúdio parecem estar flutuando sobre o jardim frontal. O restante do terreno foi mantido natural e evoluirá junto com a família. Entretanto, o cliente já instalou um banheiro ao ar livre e o jardim recebeu um labirinto de árvores frutíferas. O resultado é uma casa ecológica em que os moradores podem viver e trabalhar em um belo cenário verde, graças às grandes janelas, e no qual, quando o tempo está bom, é possível se imaginar na Provence.