No Dia Internacional da Luz, promovido pela UNESCO, o Prêmio Daylight anunciou os vencedores da edição de 2022; Yvonne Farrell e Shelley McNamara da Grafton Architects por sua arquitetura e Anna Wirz-Justice por sua pesquisa. As vencedoras foram elogiadas pela sua exploração contínua e proeminente espírito humanista no que respeita à celebração da luz natural nas suas respectivas obras, permitindo a celebração e a melhoria da qualidade de vida.
Premiadas pelo Daylight Award for Architecture, Yvonne Farrell e Shelley McNamara, da Grafton Architects, empregaram com sucesso a luz natural em seus variados projetos, usando-a para diferenciar os espaços, para destacar sua importância, finalidade funcional e atmosfera experiencial. Ao longo de seus muitos projetos, a luz natural é utilizada como uma “qualidade integrada e insubstituível”, complementando a organização espacial e os sistemas técnicos de cada projeto.
Descrevemos nossa arquitetura como física do espaço, física da cultura. O que realmente tentamos fazer é capturar as condições ambientais do local, para que as pessoas possam usufruir dele. É uma relação cultural. Nossa relação com a luz começa olhando para o ângulo do sol, um dos aspectos que olhamos com muita atenção. À medida que avançamos para os tempos futuros de sustentabilidade, devemos estar cientes de que a luz é uma energia extraordinária, não é apenas um deleite visual. -- Yvonne Farrell
Yvonne Farrell e Shelley McNamara co-fundaram a Grafton Architects em 1978. São bolsistas da RIAI, bolsistas honorários internacionais do RIBA e membros eleitos de Aosdána. Após vários anos trabalhando na academia, elas são atualmente Professoras na Accademia di Archittettura, Mendrisio, Suíça. Em 2016, Grafton Architects foi homenageado com o primeiro Prêmio Internacional RIBA pela Universidad de Ingeniería y Tecnología (UTEC) em Lima, Peru, e em 2020, eles ganharam a RIBA Royal Gold Medal e foram as vencedoras do Pritzker 2020.Premiada com o Daylight Award for Research, Anna Wirz-Justice é pioneira em como os ritmos circadianos humanos e o sono são regulados pela luz, definindo os principais parâmetros de como a luz age como um estímulo biológico, incluindo a importância de quando vemos a luz, como e por quanto tempo a vemos e em que intensidade e espectro de cores. Seu trabalho permitiu que ela e colegas pesquisadores estabelecessem aplicações científicas e terapêuticas da luz como tratamento para diferentes áreas de doenças mentais, levando à formação de um manual para profissionais de saúde, que apresenta o tratamento com luz baseado em evidências para melhorar o humor e distúrbios do sono .
Premiada com o Daylight Award for Research, Anna Wirz-Justice é pioneira em como os ritmos circadianos humanos e o sono são regulados pela luz, definindo os principais parâmetros de como a luz age como um estímulo biológico, incluindo a importância de quando vemos a luz, como e por quanto tempo a vemos e em que intensidade e espectro de cores. Seu trabalho permitiu que ela e colegas pesquisadores estabelecessem aplicações científicas e terapêuticas da luz como tratamento para diferentes áreas de doenças mentais, levando à formação de um manual para profissionais de saúde, que apresenta o tratamento com luz baseado em evidências para melhorar o humor e distúrbios do sono.
A pesquisa sobre os efeitos da luz em humanos, independentemente da visão, mudou a arquitetura na última década. Iniciou novos padrões de iluminação para incorporar efeitos não visuais de luz conforme necessário para a saúde. Isso despertou em mim o interesse no enorme potencial da luz do dia para complementar a luz artificial. -- Anna Wirz-Justice
Anna Wirz-Justice, PhD, é neurobióloga e professora emérita do Centro de Cronobiologia da Clínica Psiquiátrica da Universidade de Basel. Ela é ex-presidente da Society for Light Treatment and Biological Rhythms e da Swiss Society for Sleep Research, Sleep Medicine, and Chronobiology. Ela introduziu a terapia de luz na Europa e estudou transtorno afetivo sazonal e depressão durante a gravidez, transtorno de personalidade limítrofe (borderline) e demência, realizando seu primeiro experimento de avanço da fase do sono em um paciente bipolar. Ela publicou o primeiro manual de tratamento da área para clínicos, Chronotherapeutics for Affective Disorders com Francesco Benedetti e Michael Terman. Anna colaborou com artistas e arquitetos ao longo de sua vida profissional para aplicar os princípios circadianos no design.
As vencedoras deste ano foram selecionadas e nomeadas por um júri distinto, que inclui Anne Lacaton, Diretora da Lacaton & Vassal Architectes, Dorte Mandrup, fundadora da Dorte Mandrup A/S, Marilyne Andersen, Professora de Tecnologias de Construção Sustentável na École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Gerd Folkers, Professor de Química Farmacêutica desde a ETH Zurique, Russell Foster, Diretor do Laboratório de Oftalmologia Nuffield e Chefe do Instituto de Neurociência Circadiana e do Sono da Universidade de Oxford, Juhani Pallasmaa, arquiteto finlandês, escritor, professor e arquiteto praticante , e Koen Steemers, professor de design sustentável no Martin Center for Architectural and Urban Studies da Universidade de Cambridge.
O Daylight Award homenageia e apoia a pesquisa sobre a luz do dia e a luz do dia na arquitetura, em benefício da saúde humana, do bem-estar e do meio ambiente. O prêmio coloca ênfase específica na inter-relação entre teoria e prática. É estabelecido pelas fundações filantrópicas VILLUM FONDEN, VELUX FONDEN e VELUX STIFTUNG, e é concedido bienalmente em duas categorias: The Daylight Award for Research e The Daylight Award for Architecture. O prêmio é dado como prêmios pessoais, e cada um no valor de cem mil euros.
