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O arquiteto venezuelano José Fructoso Vivas, mais conhecido como Fruto Vivas, faleceu ontem na cidade de Caracas, na Venezuela.
Reconhecido pelo projeto da habitação social Árbol para Vivir, o Clube Táchira, a Igreja do Divino Redentor e a mais recente obra do Mausoléu dos Quatro Elementos onde se encontram os restos mortais de Hugo Chávez, Vivas sempre procurou integrar a vida do ser humano à natureza.
A grande tarefa que temos como arquitetos profissionais é estar ao serviço de quem mais precisa. Quero chamar a atenção dos meus colegas, a arquitetura não pode servir para nos enriquecer, mas sim para trazer felicidade às pessoas.
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Em perspectiva: Fruto Vivas
por Begoña Uribe
Nascido em Táchira, é um dos arquitetos venezuelanos mais reconhecidos nacional e internacionalmente, não só por seus projetos construídos, mas também por seu trabalho crítico e docente. Em 1987, recebeu o Prêmio Nacional de Arquitetura da Venezuela e em 2014 recebeu o Prêmio Ibero-Americano de Arquitetura por abordar "arquitetura e planejamento urbano visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos".
Vivas formou-se em 1956 como arquiteto pela Universidade Central da Venezuela, e em 1963 construiu uma fábrica de armas chamada "El Garabato". Além disso, foi encarregado de projetar as casas e abrigos das Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN) e o Partido da Revolução Venezuelana (PRV).
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Tendo trabalhado em parceria com o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer para o Museu de Arte Moderna de Caracas e com o arquiteto espanhol Eduardo Torroja para o Clube Táchira, construiu o segundo pavilhão mais visitado, depois do alemão, da Exposição Universal de Hannover 2000.
Recebeu o Prêmio Nacional de Arquitetura em 1987 e foi nomeado professor honorário nas Universidades de Los Andes, Centro Occidental Lisandro Alvarado, Santo Domingo, Veracruz e Cuzco. Tendo sempre em conta a sua dívida para com a arquitetura, Vivas dizia que tinha apenas um projeto: “a unidade da arquitetura com a natureza”.