A Trienal de Arquitetura de Lisboa anunciou como vencedor da quarta edição do Prêmio Début o escritório Vão, de São Paulo, formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero. O escritório é conhecido por uma prática transdisciplinar que busca diluir as fronteiras do campo profissional visando enriquecer a reflexão arquitetônica. Nas edições anteriores, a premiação reconheceu o trabalho de Bonell+Dòriga (Espanha, 2019), Umwelt (Chile, 2016) e de Jimenez Lai, do Bureau Spectacular (EUA, 2013).
O anúncio foi realizado hoje, 30 de setembro, durante as festividades de abertura da Trienal, que nesta edição concedeu o Prêmio Carreira à arquiteta, pesquisadora e docente Marina Tabassum de Bangladesh, primeira pessoa do sul global a receber a honraria. Marina junta-se à estadunidense Denise Scott-Brown (premiada em 2019), à dupla francesa Lacaton & Vassal (2016), ao britânico Kenneth Frampton (2013), ao português Álvaro Siza (2010) e ao italiano Vittorio Gregotti (2007).
Fundado em 2013 na cidade de São Paulo, o jovem escritório se debruça na prática projetual da arquitetura, do urbanismo e também das artes plásticas, com influência das artes visuais, da música, do teatro e do cotidiano urbano, transpassando a vivência para seus projetos em diversas escalas, demandas e contextos. Em seu portfólio, conta com projetos como a Sede de uma Fábrica de Blocos, a Casa São José do Barreiro e a Casa s/d nº01.
Fizeram parte da lista de finalistas o Atelier Tiago Antero – ATA (Portugal), Atelier Tropical – Valerie Mavoungou (Congo), Ben-Avid (Argentina), messina | rivas (Brasil), Nana Zaalishvili (Georgia), Rohan Chavan (Índia), Savinova Valeria (Rússia), Spatial Anatomy (Singapura), vão (Brasil) e Vertebral(México).
O Prêmio Début ocorreu em duas fases distintas. Primeiramente, foi aberta uma chamada a todos os profissionais interessados em concorrer. Simultaneamente, algumas dezenas de personalidades relevantes no mundo da arquitetura foram convidadas pela Trienal a nomear quem consideravam merecer esta distinção. Ao fim, o conjunto das propostas é disponibilizado ao júri, que seleciona a lista de finalistas e a prática vencedora.
O júri desta edição foi composto por Cristina Veríssimo (Portugal), Diogo Burnay (Portugal), N’Goné Fall (Senegal), Yael Reisner (Israel) e Zhang Ke (China).
Conheça mais sobre a obra do Vão na entrevista que fizemos com eles em 2020.