O ArchDaily Brasil recebeu, no último dia 26 de novembro, o Prêmio FNA 2022, que reconhece iniciativas em prol da arquitetura e das cidades brasileiras. Em sua 5ª edição, o prêmio foi entregue durante o 46º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (46º ENSA), em Brasília (DF), e reconheceu também a organização sem fins lucrativos Comunidades Catalisadoras (ComCat), do Rio de Janeiro (RJ), e o projeto Fab Social, de Guarulhos (SP). Na mesma ocasião, a arquiteta, professora e ativista Cláudia Teresa Pereira Pires foi agraciada com o 17º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano.
A atuação da plataforma foi elogiada pela abrangência das pautas e, sobretudo, pelo enfoque em temas de interesse para a realidade brasileira, incluindo meio ambiente, sustentabilidade, direito à cidade e questões relativas à atuação profissional de arquitetas, arquitetos e urbanistas. O prêmio foi entregue pela arquiteta Valeska Peres Pinto, primeira mulher a assumir a presidência da FNA, a Romullo Baratto, gerente editorial do ArchDaily Brasil.
É um privilégio enorme estar aqui hoje diante de vocês. Não só eu, mas toda a equipe reconhece isso. O desafio, para nós, é o que fazer com esse privilégio. Acredito que nossa maior contribuição ao longo desses 11 anos foi usar esse privilégio para abrir espaço a pessoas e vozes que não dispõem desse mesmo privilégio. Pessoas que lidam com arquitetura, cidades e espaço construído, com trabalhos, opiniões e pontos de vista diversos, que podem, através do ArchDaily, atingir e inspirar outras pessoas. Penso que esse é o único caminho possível para efetivamente melhorar a qualidade da arquitetura e das cidades: reconhecer e respeitar a diversidade, a alteridade, o diferente, e abraçar o que cada uma dessas perspectivas e experiências traz de positivo para o espaço construído e a vida das pessoas. — Romullo Baratto
Outra premiada, a iniciativa Comunidades Catalisadoras, do Rio de Janeiro (RJ), é uma organização sem fins lucrativos defensora de favelas e que opera como uma rede colaborativa, trabalhando para apoiar e fortalecer moradores e comunidades. O projeto existe desde os anos 2000 oferecendo treinamentos e comunicação estratégica, operando como fonte de notícias e cooperativa de pesquisa, e conectando a favela com a sociedade civil e mídia global.
Por sua vez, o projeto Fab Social, criado em 2011 em Guarulhos (SP), promove oficinas gratuitas e extracurriculares para jovens da periferia, abordando conceitos básicos de mecânica clássica, história da ciência, metodologia científica, eletrônica, design e fabricação digital.