![Escritório liderado por brasileira projeta escola para Cruz Vermelha Portuguesa - Imagem 1 de 11](https://images.adsttc.com/media/images/63b3/30a1/06cb/2001/70dd/f6a0/newsletter/escritorio-liderado-por-brasileira-projeta-escola-para-cruz-vermelha-portuguesa_2.jpg?1672687785)
O escritório Apparatus Architects, liderado pela arquiteta brasileira Gabriella Gama e o português Filipe Lourenço, foi convidado pela Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSCVP) a desenvolver um projeto de reabilitação e ampliação da nova escola no Vale de Alcântara, em Lisboa. O projeto inicialmente consistia na criação de um espaço para uma clínica profissionalizante mas alcançou outra escala quando os arquitetos propuseram a renovação da torre em sua totalidade.
O processo teve início quando o escritório foi selecionado, a partir de concurso, para a criação de uma clínica de 200 metros quadrados no subsolo do edifício. Assim que começaram a desenvolver o projeto, se depararam com uma nova direção administrativa jovem e ambiciosa com o desejo de transformar a Escola em um modelo de nível internacional no ensino de saúde preventiva.
![Escritório liderado por brasileira projeta escola para Cruz Vermelha Portuguesa - Imagem 7 de 11](https://images.adsttc.com/media/images/63b3/30a5/06cb/2001/70dd/f6a2/newsletter/escritorio-liderado-por-brasileira-projeta-escola-para-cruz-vermelha-portuguesa_3.jpg?1672687795)
Existiam dois grandes desafios: o primeiro era adaptar e valorizar uma torre originalmente de escritórios, transformada em escola, o que é pouco convencional nos formatos de espaços de ensino (geralmente edifícios horizontais). O segundo era a presença dessa instituição neste local desvinculado do contexto, mas com potencial catalisador de transformação do bairro, que hoje em dia é predominantemente de construções sociais e com pouca vida urbana de qualidade. A proposta de reabilitação do edifício inclui um projeto de requalificação urbana apostando em espaços aprazíveis e na interação dos habitantes locais com os estudantes da Escola.
O carácter social da Instituição Cruz Vermelha, como promotora de mudança na vida dos habitantes ao seu redor, induziu os arquitetos a criar um clima convidativo aberto para atender também às comunidades dos bairros adjacentes.
![Escritório liderado por brasileira projeta escola para Cruz Vermelha Portuguesa - Imagem 9 de 11](https://images.adsttc.com/media/images/63b3/30a1/06cb/2001/70dd/f6a1/newsletter/escritorio-liderado-por-brasileira-projeta-escola-para-cruz-vermelha-portuguesa_4.jpg?1672687844)
A escola se tornará um forte vetor de transformação no vale do Alcântara, pois a zona de implantação da torre se beneficiaria com a execução do Corredor Verde Estruturante — projeto governamental que interliga diferentes zonas da cidade com amplos espaços verdes — que passa em frente à ESSCVP.
A proposta do escritório extrapola o programa de uma mera escola e consiste em um campus que catalisará novas dinâmicas entre a ESSCVP e o contexto. O projeto pretende se tornar uma referência na transformação dos bairros ávidos de revitalização e integração e isso será possível através de uma estratégia urbanística simples: o envolvimento da escola com a população local.
O projeto oferece espaços que aumentarão significativamente a capacidade e recursos, garantindo sua polivalência através de diversos métodos de ensino e aprendizagens e que serão introduzidos e aplicados na própria comunidade.
![Escritório liderado por brasileira projeta escola para Cruz Vermelha Portuguesa - Imagem 6 de 11](https://images.adsttc.com/media/images/63b3/30b4/06cb/2001/70dd/f6a8/medium_jpg/escritorio-liderado-por-brasileira-projeta-escola-para-cruz-vermelha-portuguesa_2.jpg?1672687803)
A escola será transformada para se adequar às necessidades atuais de uma escola de nível internacional, para isso, busca obter a certificação nZEB (nearly-zero energy building). Trata-se de um edifício eficiente, seja do ponto de vista de projeto, seja da construção, que quase não precisará de energia da rede pública de abastecimento funcionar plenamente.
![Escritório liderado por brasileira projeta escola para Cruz Vermelha Portuguesa - Imagem 10 de 11](https://images.adsttc.com/media/images/63b3/30ae/987c/9501/706c/2c81/newsletter/escritorio-liderado-por-brasileira-projeta-escola-para-cruz-vermelha-portuguesa_5.jpg?1672687801)
Estão previstas quatro etapas de obras, e o escritório procura realizá-las sem interromper seu funcionamento. A primeira fase consiste na estruturação da base do edifício e transformação da rua em praça; a segunda fase receberá o reforço estrutural e os elementos pré-fabricados; na terceira fase acontecerá a intervenção na escola existente; e na quarta e última fase será finalizado o edifício e construída uma praça com ligação direta com o bairro.
O projeto será aberto ao público através da criação de uma clínica profissionalizante no nível da rua, construída para atender a comunidade dos bairros adjacentes. Aliado ao projeto ao desenvolvimento do Corredor Verde, o novo campus proposto definirá uma nova dinâmica gerando um novo ciclo para o Vale de Alcântara.