O Pavilhão de Chipre na Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia anunciou o tema de sua mostra: os primeiros assentamentos Neolíticos de Khirokitia. A exposição usa essas comunidades como ponto de partida para discutir desafios de sustentabilidade social em um contexto humanístico e cultural. A mostra tem curadoria de Petros Lapithis, Lia Lapithi, Nikos Kouroussis e Ioanna Ioannou Xiari.
A exposição busca criar espaços temporais e introduzir princípios de participação social e igualitária. Parte do pressuposto de que a sustentabilidade social pode ser alcançada por meio da colaboração e da conscientização compartilhada, enquanto se concentra no desenvolvimento e preservação da qualidade de vida das pessoas dentro de uma sociedade, que são as principais preocupações da sustentabilidade social. A mostra enfatiza fortemente a proteção do bem-estar mental e físico de todos, promove a coesão social e educa aqueles que podem então contribuir para a sociedade como um todo e estabelecer relacionamentos dentro dela.
Khirokitia foi uma das culturas mais inventivas da era pré-histórica. Ela contribuiu para o deslocamento da civilização do Oriente Médio em direção ao continente europeu. A partir de 7500 a.C., assentamentos neolíticos em Chipre já eram autônomos, auto-suficientes e um modelo de sustentabilidade societal na política, economia e meio ambiente. A jornada dos primeiros viajantes neolíticos do continente até as margens de Chipre é prova do sucesso do grupo em navegar pelo desconhecido.
O pavilhão examina esse sucesso e explora como a humanidade pode aplicá-lo às nossas futuras explorações como viajantes, cientistas e navegadores espaciais. A comunidade de arquitetura de hoje será responsável por descobrir projetos de ponta para a criação de Marte. Além disso, a exposição investiga como a estrutura rudimentar da era neolítica poderia servir como modelo para o desenho arquitetônico no futuro. A exposição ativa conversas sobre o uso de informações, tecnologia e decisões baseadas na comunidade em arquiteturas futuras.
Com curadoria de Lesley Lokko, o tema da Bienal de Veneza deste ano é "Laboratório do Futuro". Muitos outros países escolheram estudar sua própria ancestralidade, usando-a como modelo para tomada de decisões futuras. O Pavilhão de Taiwan mostra a inteligência imbuída no lugar, explorando como as pessoas ao longo da história de Taiwan usaram sua intuição para moldar seu ambiente. O Pavilhão Romeno examinará inovações tecnológicas passadas como fonte de inspiração para criar ambientes urbanos mais agradáveis e resilientes. Por sua vez, os países nórdicos, representando Finlândia, Noruega e Suécia, exibirão um arquivo de livros sobre arquitetura e design, conhecimento tradicional de construção e decolonialidade na cultura indígena Sámi.