O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou formalmente na quarta-feira (29) a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Lista Representativa da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, por meio da Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco (Brasunesco). A lista é composta por bens culturais imateriais que são considerados representativos da diversidade cultural mundial e que necessitam ser protegidos e valorizados.
O Iphan coordenou o processo de candidatura em conjunto com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), as Secretarias de Estado de Cultura e Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Rede Minas e, principalmente, a Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo). O objetivo é garantir a preservação de conhecimentos e técnicas relacionadas à produção de queijo, desenvolvidas ao longo dos últimos três séculos por pequenos produtores rurais de Minas Gerais.
A inclusão dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal na seleta Lista Representativa da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade deve atender a determinados critérios, incluindo ser registrado como patrimônio imaterial pelo Iphan, ter um plano de salvaguarda elaborado e envolver os detentores do saber no processo. Além disso, a candidatura deve contribuir para a conscientização sobre a importância do patrimônio cultural imaterial, incentivando o diálogo e refletindo a criatividade humana.
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O que é patrimônio imaterial?A candidatura destaca o caráter familiar das propriedades envolvidas na produção do Queijo Minas Artesanal, bem como a preocupação dos produtores com o bem-estar animal e o papel do queijo na promoção de um modo de vida marcado pela boa vizinhança, tolerância, hospitalidade e forte sentido de pertencimento às comunidades rurais. Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal representam uma coleção de experiências, símbolos e significados que estabelecem a identidade deste patrimônio cultural imaterial, amplamente reconhecido pelos brasileiros.
A postulação está atualmente na etapa de submissão à Secretaria Executiva da Convenção da Unesco. Em 2024, terá início a etapa de avaliação da candidatura, na qual será analisado o mérito da proposta e emitido um parecer. A decisão final sobre a inclusão do bem na Lista Representativa será tomada durante a reunião do Comitê Intergovernamental da Convenção de 2003 da UNESCO, prevista para acontecer entre novembro e dezembro de 2024.
Via Iphan.