A Arábia Saudita anunciou sua participação na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, com uma exposição intitulada IRTH إرث, legado em árabe, que explora as qualidades de certos materiais em relação à paisagem saudita. Na edição deste ano, o Pavilhão Saudita será representado pelo arquiteto AlBara Saimaldahar e comissariado pela dupla Basma e Noura Bouzo, marcando a terceira participação do Pavilhão Saudita na Exposição Internacional de Arquitetura. O Pavilhão estará em exibição no Arsenale – Sale d’Armi 2023.
O Pavilhão Nacional da Arábia Saudita explorará as qualidades tangíveis e intangíveis dos materiais em relação à arquitetura saudita, em com o tema deste ano, "O Laboratório do Futuro". Ele fornecerá uma jornada interativa que usa a ideia da terra como ponto de partida para exploração e experimentação de materiais orgânicos. “IRTH” é um projeto de várias partes que incentivará os espectadores a experimentar a visão da curadoria por vários ângulos, permitindo-lhes interagir com a arquitetura local da Arábia Saudita e compreender seus componentes fundamentais. O projeto pretende mostrar o design empírico como uma janela para o essencial, onde os visitantes podem fazer uma jornada sensorial crua que os encoraja a alcançar seus próprios julgamentos independentes e não influenciados.
Irth é uma transliteração da palavra árabe que pode significar "legado" ou "posse preciosa", que encapsula a intenção de nossa visão da curadoria para o Pavilhão. Os materiais dentro de um contexto arquitetônico têm narrativas embutidas neles, contando-nos sobre os habitantes de uma nação e como eles responderam ao mundo ao seu redor. Da mesma forma, reconhecemos que um legado dinâmico está em jogo - construído por esforços coletivos e contínuos de instituições e profissionais de base.
--Basma e Noura Bouzo
Dentro do Pavilhão, a equipe saudita adotou uma estratégia dupla para incluir a ideologia e a exploração do tema geral da Bienal de Arquitetura 2023, "Laboratório do Futuro", após considerar cuidadosamente o tema. O primeiro enfoca a metodologia, com o arquiteto AlBara Saimaldahar discutindo a utilização de componentes de construção fundamentais em combinação com técnicas de ponta para produzir a forma do Pavilhão e oferecer uma experiência de interpretação do IRTH. A segunda estratégia centra-se na substância da exposição, que será uma exposição sobre a materialidade da arquitetura saudita no seu presente e futuro.
Os visitantes são convidados a participar da investigação do material e construir um legado para as gerações futuras visitando o Pavilhão Saudita. Além de encorajar os espectadores a pensar sobre como as investigações do passado e do presente podem fornecer soluções para os enigmas do futuro, procura capturar os componentes antropológicos, vernaculares e históricos da arquitetura.
Sob o tema de Lesley Lokko, “O Laboratório do Futuro”, muitos países tomaram a mesma iniciativa de explorar a paisagem, os materiais e a história a nossa volta para informar a tomada de decisões futuras na arquitetura. O Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos “Aridamente Abundante” examinará paisagens como dunas, wadis (ravinas) e planaltos desérticos. Esse ambiente será utilizado para simular diferentes soluções arquitetônicas e futuros modos de construção. O Pavilhão de Taiwan, “Aparatos Diacrônicos de Taiwan”, mostrará como os habitantes locais ao longo da história de Taiwan usaram sua intuição para moldar seu ambiente, descompactando a inteligência incorporada do terreno natural. Finalmente, o Pavilhão da Hungria apresentará a coleção do Museu de Etnografia, permitindo aos visitantes mergulhar nas antigas tradições e costumes húngaros e criar uma comunidade mundial.
