Jonathan C. Molloy

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Pode a arquitetura nos tornar mais criativos? Parte III: Ambientes acadêmicos

August Kekulé descobriu a estrutura do anel de benzeno depois de ter um sonho com um Ouroboros, uma famosa serpente mitológica retratada mordendo a própria cauda. Francis Crick descobriu o sistema de replicação complementar do DNA quando se lembrou do processo de reprodução de esculturas através de uma cópia em gesso, utilizada como molde. Johannes Keppler atribui suas leis do movimento planetário a uma inspiração pela religião: o sol, as estrelas e o espaço negro ao redor delas representam Pai, Filho e Espirito Santo respectivamente

Qual é o sentido? De acordo com Arthur Koestler, "todos os eventos decisivos na história do pensamento científico podem ser descritos como 'fertilização cruzada' mental entre disciplinas diferentes." Grandes descobertas surgem não do trabalho eremita  isolado, sem interferência, mas de trabalhos incansáveis, esclarecidos por colisões involuntárias com um assunto não familiar. Para Kekulé foi mitologia antiga, para Crick, escultura, e para Keppler, religião.

Criatividade e inovação, portanto, prosperam onde disciplinas se chocam. E isso é verdadeiro não apenas para a ciência, mas para todos os assuntos. Todos temos algo a aprender com o outro, e que lugar melhor para incentivar esse enriquecimento mútuo do que a escola?

Continue lendo para saber mais sobre como arquitetura interdisciplinar pode alimentar criatividade e colaboração nas escolas.

Pode a arquitetura nos tornar mais criativos? Parte II: Ambientes de trabalho

Pode a arquitetura nos tornar mais criativos? Parte II: Ambientes de trabalho - Imagem de Destaque
Novo campus da Google projetada por NBBJ (cortesia de nbbj)

Jane Jacobs reverenciava o West Village. Era um bairro movimentado, animado pela sua diversidade social, espacial e funcional. Tinha diferentes tipos de construção e funções, o que significava que as pessoas estavam sempre em lugares para diferentes fins, tinha quadras pequenas, que apresentam maior variedade de tráfego de pedestres. Tinha muitas construções antigas com baixa renda que "permitiam usos individualizados e criativos", e, mais importante, tinha todos os tipos diferentes de pessoas. Como resultado, os moradores de West Village poderiam estabelecer relações casuais e informais com pessoas que elas não poderiam ter tido a oportunidade de conhecer de outra forma.

Sem estas características necessárias, Jacobs previu "não há convivência pública, nenhum fundamento de confiança do público, sem ligações cruzadas com as pessoas necessárias - e nenhuma prática na aplicação das técnicas mais comuns da vida pública da cidades".

Simplesmente mudando algumas palavras, não é difícil imaginar Jacobs descrevendo escritórios em vez de cidades. Os edifícios possuem diferentes espaços internos, como escritórios individuais ou espaços de encontro, mesas são casas, calçadas são corredores ou espaços de circulação, etc

Se o escritório é uma cidade pequena microcósmica, então o subúrbio é o escritório cubículo-espalhado, e o Google pode ser o West Village. E "a análise estatística espacial e de interação interpessoal, é o planejamento urbano do escritório."

Para descobrir o que ambientes de trabalho criativos podem aprender a partir da composição das cidades, continue lendo após o intervalo...

Pode a arquitetura nos tornar mais criativos?

O que o MIT Building 20, as ágoras (praças públicas da Grécia antiga), as casas de chá britânicas do século 18 e os cafés parisienses do início do século 20 têm em comum?

Eles foram os mais criativos espaços do mundo.

As pessoas que se reuniram ali iriam interagir. Pessoas como Sócrates,  Chomsky ou Edison, trocando idéias, argumentando sobre a moral e discutindo tecnologias. Eles participaram de um discurso informal conduzidos pelo envolvimento passional.

E esses lugares, embora por razões diferentes, promoveram interação por unir as pessoas e dar-lhes um lugar para conversar. Como Jonah Lehrer disse, "os espaços mais criativos são aqueles que nos unem. É o atrito humano que gera as faíscas."

A questão, então, é: como a arquitetura contemporânea alimenta o mesmo tipo de criatividade?

Para saber mais sobre a arquitetura e seu papel na criatividade e aprendizado, continue lendo após o intervalo.

5 Robôs Revolucionando o Futuro da Arquitetura

Os robôs nos fascinam. A sua capacidade de se mover e agir de forma autônoma é visual e intelectualmente sedutora. Nós escrevemos sobre eles, colocamo-os em filmes, e assistimo-os elevar tarefas domésticas, como girar uma maçaneta à um ato de genialidade tecnológica. Durante anos, eles têm sido empregados pelos fabricantes industriais, mas até recentemente, nunca muito seriamente considerados pelos arquitetos. Claro, alguns arquitetos poderiam deixar sua imaginação vagar, como Archigram fez para o "Walking City", mas não muitos realmente pensaram em fazer arquitetura com robôs. Agora, em nossa era da digitalização, virtualização e automação, a relação entre arquitetos e robôs parece estar florescendo.

Abaixo, veja cinco novos robôs que fazem arquitetura.

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