Por duzentos anos, a cidade de Nova York tem sido a maior metrópole dos Estados Unidos e continua a superar suas concorrentes. A cidade é uma das mais antigas e prósperas do país. Sua região metropolitana produz bens e serviços que equivalem em termos monetários à metade do que o Brasil produz. A sua estrutura urbana, capacidade produtiva e elevada renda per capita evidenciam sua posição privilegiada no mundo, e uma das chaves para entender a sua ascensão está no início da sua história e ao longo do seu processo de desenvolvimento. Em 1624, as terras da ilha de Manhattan foram compradas do povo indígena Lenape pelo holandês Peter Minuit, da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que fundou a chamada Nova Amsterdã. A ilha é uma extensa área plana de 59 km² situada em meio à foz do Rio Hudson e do Rio do Leste. A baía permitia atracar grandes navios e era também um local mais fácil de se defender.
Thiago Jardim
A ascensão e queda da densidade urbana de Nova York
Qual o papel dos mercados na política urbana?
A relação entre o mercado e o Estado tem sido tradicionalmente entendida como um esquema de três camadas. O Estado garante os direitos de propriedade e outras pré-condições dos mercados. Os mercados operam dentro desta estrutura e oferecem resultados eficientes. O Estado corrige as falhas do mercado por meio de instituições complementares como, em alguns casos, políticas de bem-estar social. A gestão das cidades não é diferente e questões como o desenvolvimento econômico, acessibilidade a bens e serviços, mobilidade, sustentabilidade, liberdade e bem-estar, dependem da relação entre os mercados e o Estado.
Londres: a história econômica de uma cidade resiliente
A existência de centros urbanos como centros de comércio e cultura é milenar. À medida que se desenvolviam as tecnologias de construção, abastecimento de água e transporte, especialmente as embarcações que transportavam grandes volumes de mercadorias e pessoas, as pequenas aldeias se transformavam em centros urbanos.
Em 500 A.C já havia um milhão de habitantes em Roma. Mas foi apenas depois de 1760, após a Revolução Industrial na Inglaterra, que o protagonismo das cidades começa a tomar o seu lugar. Desde então as cidades passaram por grandes desafios e, até o momento, absolutamente nada foi capaz de dissipar as pessoas e desconstruir os grandes centros urbanos.