No momento em que escrevo este artigo, o Brasil está na mais grave crise humanitária de sua história — não apenas uma “crise sanitária”, como se costuma comentar. A pandemia da COVID-19 matou, até 30 de abril de 2021, 411.854 de pessoas e, apenas nos últimos dias, a média móvel de mortes começou novamente a arrefecer — tendo chegado ao máximo de 3.125 em abril.
Epidemiologistas, microbiologistas, infectologistas etc. observam que o impacto da pandemia nas cidades brasileiras é fortemente idiossincrático: cada qual tem condições peculiares a considerar, antes de podermos ousar generalizações. Por outro lado, estima-se uma alta subnotificação (até um décimo dos casos reais), que, inclusive, varia entre cidades. Contudo, feitas as reservas, o que podemos observar no quadro geral?
O sofá é um elemento presente nos mais distintos programas. Marcado pelo conforto e aconchego que proporciona, sua cor, forma e textura ajudam a imprimir a personalidade de um ambiente, além de ajudar na estruturação do espaço. Buscamos em nosso arquivo vinte exemplos de como este componente pode agregar ainda mais valor a um projeto a partir de distintas soluções.
https://www.archdaily.com.br/br/963555/o-sofa-como-elemento-compositivo-na-arquitetura-em-20-exemplosEquipe ArchDaily Brasil
Arquitetura e automação são dois conceitos que na era moderna de projeto e avanços tecnológicos andam de mãos dadas - ou não? Por um lado, há um leve temor de que "robôs substituam os arquitetos", tornando a profissão mais automatizada e menos criativa. Por outro lado, a tecnologia tornou a prática da arquitetura mais eficiente, em termos de processo e custo. Até onde a tecnologia nos levará? Nosso trabalho será substituído pela tecnologia? A resposta curta é, provavelmente não.
No artigo do Commom Edge desta semana, Duo Dickinson faz uma análise de seu percurso como arquiteto, das salas de aula à prática profissional e finalmente, a volta à escola de arquitetura como professor. Explorando a fundo as transformações na prática da arquitetura ao longo destes anos, Dickinson afirma que “ninguém mais acredita que as nossas escolas de arquitetura estejam hoje preparadas para educar os profissionais que a arquitetura precisará daqui a dez anos”. Nesta jornada, o autor explica como o ensino da arquitetura evoluiu ao longo do tempo, apontando possíveis direções para garantir que o ensino da arquitetura permanece relevante no futuro.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) realiza estudo inédito para criar perfil do profissional de arquitetura e urbanismo que atua no estado do Rio de Janeiro. A pesquisa se propõe, sobretudo, levantar informações dos profissionais que atuam fora da capital e daqueles trabalham no funcionalismo público. A iniciativa visa ainda captar contribuições para o planejamento estratégico da autarquia para o triênio 2021-2023.
O Havaí se tornou um lugar que define o paraíso. De praias imaculadas e um clima quente a paisagens naturais e vulcões ativos, as ilhas são o lar de paisagens e cultura incríveis. Com estilos de construção indígenas e modernos, a arquitetura do estado está intimamente ligada ao meio ambiente. Reinterpretando técnicas e tradições de construção histórica, a arquitetura havaiana contemporânea equilibra o desejo de honrar o passado enquanto celebra novas experiências e a cultura moderna. Isso levou à formação de espaços incríveis para habitar.
O Liceu Pasteur é uma instituição pública de direito privado que faz parte da rede de instituições francesas no exterior, presente em 135 países. Em São Paulo, está sediado na rua Mairinque, no bairro Vila Mariana, desde 1923, em um edifício de autoria do Escritório Técnico Ramos de Azevedo, tombado pelo órgão municipal do patrimônio da cidade de São Paulo.
Talvez um dos mais emblemáticos espaços relacionados à profissão do arquiteto, o canteiro de obras é onde se materializa o projeto, onde a técnica é posta em prática, pondo à prova o projeto e o projetista. Amplamente praticado como espaço de trabalho alienante, o canteiro de obras já foi espaço de aprendizado de ofícios, de repassar conhecimento. Hoje, com a evolução das técnicas construtivas, processos milenares correm o risco de cair no esquecimento. É dentro deste contexto que o Castelo de Guédelon, localizado próximo ao vilarejo de Treigny, na França, está inserido.
Há anos, o setor da construção civil vem enfrentando uma escassez de mão de obra especializada, algo que tem impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas automatizados de construção. A recente crise sanitária apenas exacerbou essa tendência, fazendo com que muitas empresas de automação—que antes se dedicavam principalmente à fabricação de automóveis—voltassem sua atenção à indústria da construção civil. Neste contexto, espera-se que a automatização dos meios de produção na engenharia e na arquitetura cresça até um 30% ao longo dos próximos anos. No artigo a seguir procuramos explorar as atuais capacidades desta tecnologia e as futuras possibilidades que ela ainda poderá trazer para os processos de construção, além de como tem sido integrada na atual prática e as possíveis mudanças que ela poderá nos trazer no futuro.
Em meio à paisagem montanhosa de Blumenau, cidade localizada no estado de Santa Catarina, na região Sul do Brasil, encontra-se uma pérola da arquitetura moderna religiosa assinada por Gottfried Böhm, que faleceu recentemente com 101 anos: a Igreja São Paulo Apóstolo, construída entre os anos de 1953 e 1963.
Treze anos atrás, o então prefeito de Maceió, Cicero Almeida, inaugurou duas grandes obras na cidade, os viadutos Washington Luiz e João Lyra. A expectativa, na época, era de que ambos trouxessem uma possível solução para os problemas de mobilidade urbana na capital a partir de uma maior fluidez do tráfego na região. Porém, com o passar do tempo, o que se pôde observar foi um aumento da frota de veículos na cidade que trouxe de volta o fantasma dos congestionamentos nos horários de pico, e as obras que prometiam solucionar a mobilidade da cidade já não eram mais suficientes.
https://www.archdaily.com.br/br/963959/parem-de-construir-viadutos-para-resolver-problemas-de-mobilidadeRuan Victor Amaral
Safdie Architects divulgou as imagens de 'ORCA Toronto', um empreendimento urbano de uso misto com um parque integrado no coração de Toronto. O projeto cobre 6,5 hectares (65.000 m²) a oeste da Torre CN, 4,5 hectares (45.000 m²) dos quais são dedicados ao parque urbano acessível ao público, enquanto 2 hectares (20.000 m²) são para residências, comércio e instalações de mobilidade. O projeto proposto reconecta o centro da cidade à orla, prometendo se tornar um marco que anima as partes subutilizadas.
O Prêmio Europeu de Intervenção no Patrimônio Arquitetônico (AHI), organizado pelo Colégio de Arquitetos da Catalunha (COAC) e pela Associação de Arquitetos para a Defesa da Intervenção no Patrimônio Arquitetônico (AADIPA), acaba de anunciar os vencedores da sua última edição, em ocasião da Bienal Internacional de Intervenção no Patrimônio Arquitetônico de 2021.
É inquestionável que os ambientes influenciam diretamente no comportamento e nas emoções de seus usuários. Estima-se que os seres humanos passem cerca de 90% de seu tempo de vida em espaços internos, por isso é tão importante que eles favoreçam positivamente nossa capacidade cerebral. Um termo específico para relacionar os estímulos que o cérebro recebe dependendo do ambiente em que está é neuroarquitetura. Diversos estudos têm sido publicados sobre esse tema, a maioria sobre o impacto em ambientes de trabalho. Este artigo pretende abordar sobre esse conceito, enfatizando sua importância no projeto de espaços destinados a crianças na primeira infância.
Alguns pesquisadores definem que o início do Antropoceno se deu com a Revolução Industrial, outros com a explosão da bomba nuclear ou até no advento da agricultura. Isso ainda não é um consenso científico. Mas a noção de que as atividades humanas vêm gerando alterações com repercussão planetária, seja na temperatura da Terra, nos biomas e ecossistemas, é algo cada vez mais disseminado. O antropoceno seria uma nova era geológica marcada pelo impacto da ação humana no planeta Terra. Isso é particularmente perturbador se considerarmos que se toda a história da Terra fosse condensada em 24 horas, os humanos só apareceriam nos últimos 20 segundos. Seja na extração massiva de recursos naturais, liberação de carbono dos veículos e indústrias, é sabido que boa parte da culpa é da construção civil, sobretudo na produção de resíduos sólidos, por conta de desperdícios e demolições. No Brasil, por exemplo, os Resíduos da Construção Civil podem representar entre 50% e 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos [1]. Muitos acabarão descartados irregularmente ou utilizados como aterros soterrados por tempo indeterminado.
A dupla de cineastas Bêka & Lemoine acaba de lançar seu mais recente filme, OSLAVIA. The cave of the past future, realizado especialmente para a exposição Casa Balla - From the house to the universe and back, em cartaz no MAXXI Museu de Roma. O filme consiste em um passeio pelo interior da residência e ateliê onde viveu o pintor futurista Giacomo Balla. O apartamento onde o artista residiu e trabalhou de 1929 até o fim de sua vida será aberto ao público pela primeira vez durante o período da mostra.
Nos últimos anos, assistimos a um maior reconhecimento do esforço coletivo que é a arquitetura e a crescente valorização das diferentes profissões que participam no processo de projeto. Dentro de cada edifício extraordinário, a engenharia estrutural desempenha um papel essencial na materialização da ideia arquitetônica. O artigo destaca as contribuições passadas e presentes da engenharia para o ambiente construído, personalidades que ficaram à sombra dos arquitetos apresentando suas intenções de projeto e a colaboração entre engenheiros e arquitetos hoje.
Foram prorrogadas, até o dia 09 de setembro, as inscrições para o 8º Prêmio de ArquiteturaInstituto Tomie Ohtake AkzoNobel, que podem ser feitas gratuitamente, online, no site do prêmio.
A iniciativa – voltada a arquitetos brasileiros ou estrangeiros que vivam no Brasil há pelo menos dois anos e que apresentem projetos construídos durante os últimos dez anos – continua a mapear a produção arquitetônica contemporânea, destacando projetos significativos no panorama atual brasileiro. O comprometimento com o sítio de implantação e a sustentabilidade, bem como a inventividade projetual e construtiva, são aspectos fundamentais no processo de avaliação.
O Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha (IAAC) lançou uma bolsa de estudos para estudantes brasileiros de até 28 anos de idade. Criada em parceria com a empresa brasileira Quanta Consultoria e a Plataforma Redes do IAAC, a Bolsa Jaime Lerner, que homageia o influente urbanista falecido em maio deste ano, cobre todas as despesas do Mestrado Online em Cidades (MOeC): O Urbanismo Próximo, no ano letivo de 2021-22.
Após uma pausa de um ano, imposta pela pandemia de coronavírus, o Open House Porto (OHP) regressa numa versão adaptada que pretende celebrar a relação dos cidadãos com o espaço público. Entre os dias 3 e 4 de julho, o público poderá visitar e conhecer 16 espaços de Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e, pela primeira vez, Maia, que estreia no evento.
Um novo e inusitado edifício está sendo construído no campus da Universidade de Indiana em Bloomington para acolher parte do programa compartilhado da Eskenazi School of Art, Architecture + Design. O projeto original, desenvolvido por Mies van der Rohe no ano de 1952 para acolher uma casa de fraternidade no mesmo campus da IU, foi recentemente redescoberto e trazido de volta à vida. Incorporando as mesmas soluções estruturais e de fachada utilizada pelo arquiteto no projeto para a Farnsworth House, construída alguns anos antes, a proposta de Mies para a Universidade de Indiana ficou engavetada por mais seis décadas para então ressurgir em 2013.
À primeira vista, construir uma piscina na orla costeira pode parecer uma decisão pouco coerente. Afinal, por que alguém escolheria se banhar ali com a imensidão do mar ou do rio a poucos passos de distância? No entanto, apesar da nossa primeira impressão, em muitos casos essas obras acabam se tornando infraestruturas realmente significativas para pessoas com mobilidade reduzida, crianças ou outras pessoas para as quais o mar ou o rio pode trazer algum tipo de insegurança. Nesta perspetiva, as piscinas costeiras apresentam-se como dispositivos de conexão entre as pessoas e a paisagem, possibilitando a utilização dos territórios marítimos e fluviais para que mais pessoas possam desfrutar da água com segurança.
Países com clima predominantemente tropical ou equatorial, como o Brasil, permitem que as casas possuam uma relação mais fluida entre interior e exterior, não havendo necessidade, em grande parte do território nacional, de soluções arquitetônicas que limitem a conexão entre estes espaços para manter o ambiente aquecido. Em locais marcados por temperaturas mais quentes, soluções que buscam a integração entre espaços internos e externos podem ser bem-vindas, pois promovem maior ventilação e iluminação naturais para o ambiente residencial, além do seu característico apelo estético.
Um projeto de escala relevante, raramente é obra de um único homem. Desde os primórdios levantamentos de celeiros em aldeias, realizados nos séculos 18 e 19 até a força-tarefa padrão hoje em dia, uma edificação requer muitas mãos a bordo, trazendo diferentes contribuições e conhecimentos para moldá-la e executá-la.