A torre da catedral de Notre Dame, destruída durante os incêndios de 2019, será restaurada de acordo com o desenho original do século XIX, conforme informado pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Construída em 1860 para substituir a estrutura original que fora removida em 1792, a torre foi projetada por Eugène Viollet-le-Duc, que encontrou inspiração no estilo gótico da catedral.
Noticias de Arquitetura
Torre da Catedral de Notre Dame será reconstruída segundo o desenho original
Arquitetura para colorir: baixe gratuitamente o segundo livro produzido por Carmelina&Aurelio
O Taller de Arquitectura Carmelina&Aurelio, de Tuxtla Gutiérrez no México, lançou um livro com ilustrações de obras famosas da arquitetura para colorir. Devido ao sucesso da primeira edição, o estúdio acaba de publicar o segundo volume da série, com ilustrações de obras de Zaha Hadid, Kengo Kuma, Rozana Montiel, BIG e Eileen Gray. O livro digital em formato PFD está disponível gratuitamente no website do estúdio.
Bienal de Veneza transmite ao vivo exposição organizada por seus diretores artísticos
A Bienal de Veneza apresenta, pela primeira, vez uma exposição com curadoria conjunta dos diretores de seus seis setores artísticos – Arte, Arquitetura, Cinema, Dança, Música, Teatro. A exibição será transmitida ao vivo no dia 15 de julho de 2020, às 14h30 (horário italiano).
Prorrogadas as inscrições para o 7º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel
O Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel continuam a mapear a produção arquitetônica contemporânea, ao destacarem, pelo sétimo ano consecutivo, projetos significativos construídos no panorama atual brasileiro. A relação urbana e o comprometimento com o sítio de implantação e a sustentabilidade, bem como a inventividade projetual e construtiva são os critérios fundamentais que norteiam o 7º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel.
Casas brasileiras: 20 residências com varandas
Um dos elementos arquitetônicos que mais fortemente promove a relação do interior com o exterior é a varanda. Difícil é precisar sua origem, sendo vista em exemplos de arquitetura vernacular no oriente, no mundo árabe, na Europa e, com grande expressividade, no Brasil.
A história da arquitetura: Grécia antiga
Até onde os registros escritos alcançam, o que se sabe é que a “pré-história” é um período que vai de 35.000 à 3.000 anos a.C. no Oriente Médio e 2.000 a.C. na Europa Ocidental. Pelo que é possível observar, os construtores da antiguidade tinham uma profunda compreensão das necessidades humanas e como lidar com as condições ambientais através da arquitetura em sua forma mais primitiva. Nos primórdios, famílias e tribos viviam em cabanas construídas a base de ossos e peles de animais. Milhares de anos de passaram até que o homem passasse a construir estruturas mais robustas utilizando pedras e tijolos de barro, assumindo formas prismáticas e dotadas de aberturas para iluminação e ventilação natural.
Ao longo dos próximos meses, publicaremos aqui no ArchDaily uma série de pequenos artigos sobre a história da arquitetura e como ela evoluiu até assumir a forma como à conhecemos hoje. Nesta semana, regressamos a um dos períodos mais importantes e influentes da história da humanidade: a Grécia antiga; mais especificamente os períodos egeu, arcaico, clássico e helenístico.
David Adjaye projeta memorial em homenagem a Cherry Groce
O arquiteto David Adjaye projetou um memorial em Brixton, Reino Unido, para homenagear a vida de Cherry Groce, uma mãe baleada em sua própria casa pela Polícia Metropolitana em 1985. O novo memorial busca se tornar um ícone de esperança na busca por igualdade e justiça.
Arquitetura do leste europeu: o simbolismo das bibliotecas modernistas soviéticas
Este artigo faz parte da série colaborativa “Arquitetura do Leste Europeu: 50 Edifícios que Definiram uma Era”, desenvolvida em parceria entre o The Calvert Journal e o ArchDaily. Celebrando alguns dos principais ícones da arquitetura do leste europeu, publicaremos periodicamente uma lista com cinco projetos construídos no então Bloco de Leste.
O que levar em conta ao especificar uma esquadria?
“Da janela vê-se o Corcovado, o redentor, que lindo”. A letra de Tom Jobim, eternizada pela voz e pelo violão suave de João Gilberto, foi uma das músicas que apresentou ao mundo a ideia de um Rio de Janeiro paradisíaco e um Brasil promissor, cada vez mais urbano e com uma capital moderna sendo construída do zero. Quase 60 anos depois, Paulo Mendes da Rocha cita casualmente essa canção em uma entrevista e aponta que para ele, nessa cena, o elemento mais importante é a janela, e não o Corcovado ou o Cristo Redentor. Isso porque é ela que enquadra a vista e direciona o nosso olhar ao que importa. É uma frase que passa quase despercebida, mas que carrega enorme significado poético e artístico sobre o ofício da arquitetura.
Onde usar materiais reciclados na arquitetura e urbanismo? 8 aplicações possíveis
Como alternativas à produção de materiais na construção civil, caracterizada por altos gastos energéticos e altos índices de poluentes lançados na atmosfera, a reciclagem e o reuso de materiais e estruturas têm se tornado cada vez mais comuns na arquitetura. A principal diferença entre esses métodos é que, enquanto o primeiro emprega certo gasto energético no tratamento do material antes do seu reaproveitamento, o segundo não requer esse processo, reutilizando-o na forma em que foi descartado.
Wang Shu e a reciclagem de materiais na arquitetura chinesa contemporânea
Ao longo dos dois últimos séculos, a China passou por um vertiginoso processo de expansão demográfica e urbana, resultando na completa descaracterização de sua paisagem histórica, onde inúmeras pequenas cidades e vilarejos acabaram sendo varridos do mapa, substituídos por novas infra-estruturas urbanas e edifícios cada vez mais altos. À medida que a antiga paisagem chinesa vai desaparecendo sob o novo tecido urbano da China do século XXI, importantes elementos da cultura cívica e social também estão sendo esquecidos e negligenciados. Wang Shu, o primeiro arquiteto chinês a ser galardoado com o Prêmio Pritzker, tem lidado com esta delicada situação cotidianamente desde o início de sua carreira, desenvolvendo uma arquitetura que busca construir pontes entre o passado e o presente. Utilizando materiais reciclados e recuperados de antigas estruturas abandonadas ou destruídas, Wang Shu está resignificando a arquitetura tradicional chinesa no contexto de um país em rápido e incansável processo de desenvolvimento e expansão urbana. A seguir, discutiremos algumas das principais obras construídas por Wang Shu, como o Museu de arte contemporânea (2005) e o Museu Histórico de Ningbo (2008), e o Campus da Nova Academia de Arte de Hangzhou (2004).
Como projetar banheiros acessíveis segundo a NBR 9050
Sobretudo quando falamos de edificações públicas, é imprescindível que os espaços sejam pensados de forma que permitam o acesso de todos os indivíduos com autonomia, independente de suas dificuldades motoras. Entretanto, na hora de projetar, sabemos que “adequar” o projeto às normas pode se tornar uma enorme dor de cabeça, ainda mais quando cada centímetro importa para darmos conta do programa de necessidades pretendido.
Para normatizar essa questão, a NBR 9050, de 2015, estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados em projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
As 50 melhores casas de 2020 (até agora)
Já passamos da metade de 2020 e, como não poderia ser diferente, foram publicados centenas de projetos residenciais no ArchDaily que abrangem os mais distintos meios de viver o cotidiano. Num ano marcado pela pior crise sanitária que a humanidade passou no último século, a pandemia de Covid-19, a casa ganhou novos significados e valores, reiterando que por mais diverso que seja seu programa, seu fator principal sempre será abrigar os moradores.
Reciclando edifícios: 10 projetos de reabilitação em Portugal
Reabilitar um edifício não é tarefa simples. Além de exigir sensibilidade aguçada para identificar e reconhecer o valor histórico das pré-existências – e, assim, decidir o que perduará no tempo e o que será substituído por elementos novos, coerentes com o programa atual –, trata-se também de uma estratégia que extrapola os limites do desenho e entra em temas como sustentabilidade e economia de meios. Afinal, estamos falando de reciclar uma estrutura, ou partes dela, e isso tem consequências tanto formais quanto ambientais.
Realidades incômodas da habitação social na América Latina
Concluindo a série de artigos sobre o estudo da habitação social na América Latina, Nikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy e Ernesto Philibert-Petit apresentam uma reflexão sobre os altos preços da terra, grandes esquemas e desestabilização nacional. Confira, a seguir.
"As Cidades Invisíveis" de Italo Calvino ilustradas por Karina Puente
A arquiteta Karina Puente, de Lima, tem um projeto pessoal: ilustrar cada uma das "As Cidades Invisíveis" do romance de 1972 de Italo Calvino. Sua coleção inicial, que publicamos em 2016, apresentou as cidades do capítulo As Cidades e a Memória. Esta última série ilustrações, desenhada principalmente com nanquim sobre papel, reúne uma outra seqüência de lugares imaginados - cada um referenciando uma cidade imaginada no livro.
O livro As Cidades Invisíveis, que imagina conversas fictícias entre o explorador veneziano Marco Polo e o antigo governante mongol Kublai Khan, têm sido instrumentais na formulação de abordagens do discurso urbano e da forma da cidade. De acordo com Puente, "cada ilustração tem um processo conceitual, alguns dos quais levam mais tempo do que outros". Geralmente "eu pesquiso, penso, e reflito sobre cada cidade por três semanas antes de fazer esboços." Os desenhos finais e recortes levam cerca de uma semana para produzir.
IAB São Paulo disponibiliza acervo completo do Jornal Arquiteto
O Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento São Paulo disponibilizou online as 74 edições do Jornal Arquiteto, publicação relevante do campo da arquitetura e urbanismo editada pelo próprio IABsp em parceria com o Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo (SASP) entre os anos 1972 e 1980. O jornal teve tirangens em todo o país e tinha como objetivo ser um “porta-voz de todos arquitetos”.
Arquitetura futurista dos anos 70: imagens de um mundo moderno que mais parece ficção científica
O manifesto futurista, assinado em 1909 pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti, seria o pontapé inicial para formalizar os ideais e assentar as bases de um movimento vanguardista que atrairia a escritores, músicos, artistas e arquitetos (dentre os quais se encontrava, por exemplo, Antonio Sant'Elia). Após a publicação do manifesto, o futurismo se consolida como uma corrente de ruptura e abre o caminho para que outras vanguardas artísticas entrem na cena no alvorecer do século XX.
Embora este movimento experimentasse um declínio considerável no período pós-guerra, ele seria notavelmente reinventado no contexto da Era Espacial, onde a expectativa da conquista do espaço, a fé na tecnologia, o esplendor industrial, a cultura incipiente do automóvel, o florescimento econômico e cultural e o fascínio por novos materiais, permitiriam um novo panorama onde diferentes gerações de arquitetos reinterpretariam a estética futurista durante várias décadas (principalmente as décadas de 60 e 70). A vanguarda, a engenharia e a arte se combinariam e, potencializadas pelos avanços tecnológicos, dariam origem a uma arquitetura com um ar de ficção científica.
Arquitetura do leste europeu: superestruturas científicas
Este artigo faz parte da série colaborativa “Arquitetura do Leste Europeu: 50 Edifícios que Definiram uma Era”, desenvolvida em parceria entre o The Calvert Journal e o ArchDaily. Celebrando alguns dos principais ícones da arquitetura do leste europeu, publicaremos periodicamente uma lista com cinco projetos construídos no então Bloco de Leste.
Circulação para trabalho explica concentração de casos de Covid-19
Desde o início da pandemia no Brasil muito tem se debatido acerca dos impactos nos diferentes territórios e segmentos sociais. Algo fundamental tanto para encontrar os melhores meios de prevenir a difusão da doença como de proteger aqueles que estão mais vulneráveis. Entretanto, a forma como as informações e os dados têm sido divulgados não auxilia na análise dos impactos territoriais e da difusão espacial da pandemia, dificultando também o seu devido enfrentamento.
Na cidade de São Paulo, a escala de análise da pandemia ainda são os distritos, que correspondem a porções enormes do território e com população maior do que muitas cidades de porte médio. Essa visão simplificadora ignora as heterogeneidades e desigualdades territoriais existentes na cidade. Conforme apontamos anteriormente, infelizmente a dimensão territorial não é considerada de forma adequada, prevalecendo uma leitura simplificada e, até mesmo, estigmatizada, como por exemplo quando se afirma “onde tem favela tem pandemia”.