Yvonne Farrell e Shelley McNamara fundaram a Grafton Architects em 1978, depois de se conhecerem na Escola de Arquitetura da University College Dublin. A prática, nomeada com a rua onde o primeiro escritório da dupla estava localizado, foi premiada com o prestigiado Prêmio Pritzker 2020 deste ano. O trabalho construído de Grafton reflete a busca contínua em excelência arquitetônica, em edifícios que variam de moradias de pequena escala a grandes edifícios públicos.
Noticias de Arquitetura
Renzo Piano divulga seu primeiro projeto residencial nos EUA
Recém concluído, Eighty Seven Park em Miami é o primeiro edifício residencial de Renzo Piano nos EUA. O vencedor do Prêmio Pritzker, conhecido por suas obras culturais em todo o mundo, propôs em Miami uma arquitetura que cria a ilusão flutuar acima do oceano e do parque.
Petição busca salvar a Escola de Arquitetura de Taliesin de Frank Lloyd Wright
Em janeiro deste ano, a Escola de Arquitetura de Taliesin anunciou seu fechamento, após 88 anos de atividades. A escola e a fundação Frank Lloyd Wright emitiram declarações sobre o fato, assim como os alunos manifestaram sua opinião. Recentemente, uma petição organizada por Simon DeAguero busca evitar que a escola seja fechada. As notícias do fechamento vêm na esteira de uma batalha judicial que se arrastou por anos e teve conclusão em 2017, quando a escola recebeu aprovação para manter suas credenciais como instituição de ensino superior.
Se o plano A é mitigar as mudanças climáticas, qual é o plano B?
Cem anos de inundações. Calor antártico recorde. Incêndios florestais e seca. As histórias se repetem com regularidade entorpecente. E, embora as particularidades sejam diferentes, todas apontam para a mesma conclusão sombria, somos incapazes de lidar com as mudanças climáticas. Com as emissões de carbono aumentando, o que antes era descartado como pior cenário, agora parece o melhor que podemos esperar.
Se o Plano A deveria impedir, ou pelo menos mitigar, os impactos mais graves das mudanças climáticas, qual é o Plano B?
Guia da arquitetura moderna de Santiago: 20 obras emblemáticas na capital chilena
O movimento moderno foi um ator-chave na construção cultural do Chile no século XX. Embora seus primeiros trabalhos surjam na esfera privada, seus princípios urbanos e paisagísticos foram adotados pelo projeto modernizador do Estado benfeitor que começou a ser construído após os conflitos sociais que explodiram nos anos vinte do século passado.
Em pleno processo de industrialização do país, a produção habitacional do Estado incorporou conceitos como habitabilidade, acesso universal à habitação e higiene, que foram testados precocemente na reconstrução de cidades como Chillán após o terremoto de 1939. Além disso, em um país familiarizado com terremotos, era necessário ajustar os conceitos de movimento moderno às exigências estruturais nacionais, ou seja, redimensionar seções de concreto armado, o que lhes dava uma expressão visual mais pesada do que no Brasil ou na Argentina.
Desde a ousadia de Sergio Larraín García-Moreno e Jorge Arteaga no edifício Oberpaur - o primeiro do movimento moderno - às visões urbanas do BVCH nas Villa Portales ou os primeiros exercícios de altura nos setores da classe média alta, o movimento moderno deixou sua marca em nossa sociedade e nossas cidades. No entanto, apenas um dos trabalhos aqui apresentados é declarado monumento histórico.
Nesta edição de guias de arquitetura, apresentamos vinte trabalhos organizados cronologicamente que refletem a evolução do movimento moderno em Santiago, Chile. Isto é complementado por fotografias exclusivas deste artigo, tiradas por María González e Manuel Albornoz.
Usina solar flutuante é testada no reservatório Billings em São Paulo
O projeto piloto da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade de São Paulo começou a operar no dia 28 de fevereiro de 2020 no reservatório Billings, junto à usina elevatória de Pedreira. Foram investidos R$ 450 mil em equipamentos e o empreendimento de 100 kilowatts passa a ocupar uma área de mil metros quadrados.
MVRDV e Airbus apresentam projeto inovador que pretende transformar a mobilidade urbana de nossas cidades
Em parceria com a Airbus, a Bauhaus Luftfahrt, a ETH Zurich e a Systra, o MVRDV está desenvolvendo um projeto piloto para a Urban Air Mobility (UAM), uma iniciativa voltada a criação de um sistema de transporte aéreo seguro e eficiente que pretende transformar para sempre o mercado de transporte de bens e pessoas em nosso planeta. Como a culminação de uma extensa pesquisa, a Urban Air Mobility é uma iniciativa que pretende dar forma a um novo conceito de mobilidade urbana.
Patrícia Anahory e César Cardoso inauguram participação de Cabo Verde na Bienal de Veneza
Entre agosto e novembro deste ano, acontecerá em Veneza a 17ª edição do mais prestigiado evento da arquitetura mundial, La Biennale di Venezia, que tem curadoria geral do arquiteto e professor libanês Hashim Sarkis, decano da Escola de Arquitetura e Urbanismo do MIT. Esta é também a primeira vez que o evento conta com a participação de Cabo Verde, que será representado pela arquiteta Patrícia Anahory e o artista visual César Schofield Cardoso.
Projetando ícones: a nova arquitetura Albanesa
A arquitetura da Albânia está associada ao mar e à herança cultural do país. Limitada por Montenegro, Kosovo, Macedônia do Norte e Grécia, a república abrange o Mar Adriático e o Mar Jônico, enquanto se conecta ao Mediterrâneo. Com o tempo, a Albânia sofreu uma confluência de diferentes civilizações e culturas, cada uma moldando o atual ambiente construído.
Por que o Grafton Architects ganhou o Prêmio Pritzker 2020?
Laureadas com o Prêmio Pritzker 2020, as arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara são conhecidas por sua abordagem projetual incisiva, ainda que delicada. Neste vídeo exclusivo para o ArchDaily, Martha Thorne, diretora executiva do Prêmio Pritzker de Arquitetura e Decana da IE School of Architecture and Design, compartilha algumas das razões que fizeram as fundadoras do Grafton Architects receberem o maior reconhecimento do nosso campo profissional.
Entendendo o Grafton Architects, das Diretoras da Bienal de Veneza 2018
"Quando você lê Amor em tempos de Cólera você começa a perceber o realismo mágico da América do Sul." Yvonne Farrell, Shelley McNamara e eu estávamos aninhados num canto do átrio raso do Centro Barbican falando sobre o assunto de suas mais recentes honrarias, o prêmio inaugural do Royal Institute of British Architects, concedido na noite anterior. Naquela mesma noite, as duas arquitetas irlandesas, que fundaram sua prática em Dublin nos anos 1970, também deram uma palestra sobre a Universidade de Engenharia e Tecnologia (UTEC) -seu "Machu Picchu moderno" em Lima- para um público repleto em London Portland Place.
Embora este projeto tenha colocado um foco em seu trabalho, elas foram reveladas hoje como diretoras da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018 - o mais importante evento arquitetônico do calendário cultural.
Por fora das metrópoles: decifrando a exposição “Countryside, The Future” de Rem Koolhaas
Ao entrar no Museu Guggenheim, os visitantes se vêem cercados por um banquete de cores vivas e fontes incompatíveis. Passando pelo gigantesco trator verde na entrada, eles se movem pelo térreo, cheio de adesivos, como uma lancheira ou a tampa de um laptop. Um pilar grosso que entra no átrio interno tornou-se uma coluna de publicidade extravagante. Um fardo de feno, um drone e algum outro objeto (impossível de identificar) levitam bem alto. Um recorte de papelão de Joseph Stalin sobre rodas de robôs desce a rampa, assustando os visitantes. Grandes letras reflexivas dizem: "Zona rural, o futuro".
O arquiteto Rem Koolhaas, fundador do Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA) e Samir Bantal, diretor do think tank interno do OMA, AMO, criaram esse ambiente totalmente confuso para exibir anos de pesquisa sobre o espaço além dos limites da cidade do século XXI.
Quão eficiente é o Bambu para aplicações estruturais?
A Madeira engenheirada tem sido aclamada como uma solução para o notório problema de sustentabilidade na arquitetura - que os edifícios representam quase 40% do uso global de energia são agora um fato já conhecido. Mas a madeira não é o único material renovável do mundo, e arquitetos e engenheiros têm buscado outras possíveis substituições ao aço e concreto. Uma dessas possibilidades que surgiu recentemente é o bambu laminado ou engenheirado, um material altamente sustentável e estruturalmente impressionante. A seguir, investigamos como o bambu laminado é fabricado, quais são suas principais qualidades e como ele se compara à madeira.
Glenn Murcutt sobre os incêndios na Austrália, mudanças climáticas e sustentabilidade na arquitetura
Design: O ED Podcast é uma visão interna do campo da arquitetura, contada a partir da perspectiva de indivíduos que lideram o setor. Esta série motivacional fornece uma visão única da criação de uma carreira de arquiteto bem-sucedida, desde um começo humilde até o reconhecimento mundial.
Vencedor do prêmio Pritzker, Glenn Murcutt se junta ao podcast para discutir os recentes incêndios na Austrália, a importância da compreensão espacial sobre o design orientado a formas e como ele estabeleceu seu escritório premiado.
Os impactos e as consequências do crescimento urbano nas áreas não urbanizadas
A terceira lei de Newton é conhecida como lei da ação e reação, ou seja, determina que para toda ação há sempre uma reação igual e oposta. Transpor este conceito da física para o urbanismo pode ser útil para avaliarmos as consequências do desenfreado crescimento urbano nas paisagens rurais do nosso planeta. Até 2050, estima-se que a população urbana receberá um incremento de aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas, representando dois terços da população mundial. Esse fluxo superabundante de pessoas para as cidades está provocando um aumento igualmente dramático do fluxo dos recursos naturais para as áreas urbanizadas. Algumas destas implicações, como a exorbitante extração de recursos minerais, podem ser vistas no estudo The Quarry Series do designer gráfico e fotógrafo alemão Tom Hegen, cujas imagens foram utilizadas para ilustrar este artigo.
A impressão 3D pode ser considerada artesanal?
O artesanal está de volta. Uma reivindicação dos ofícios frente à produção industrial em massa que caracterizou o século XX, refletida em uma nova sensibilidade às matérias-primas, na recuperação de técnicas locais e na defesa dos pequenos comércios. Materiais como a terra e a cerâmica, os têxteis e a madeira têm sido revalorizados por designers, artistas e arquitetos ao redor do mundo, em busca de seu próprio estilo e da representação da nostalgia coletiva.
Materiais aparentes: moda ou necessidade?
Já teve que convencer seus amigos ou familiares de que uma parede de tijolos aparentes pode ser mais interessante do que uma superfície rebocada e pintada de branco? Ou o que instalações à vista podem trazer muitas vantagens no momento da manutenção? Estas são situações recorrentes na vida profissional de arquitetos e escritórios.
Diller Scofidio + Renfro é selecionado para renovar teatro de Frank Lloyd Wright em Dallas
O escritório Diller Scofidio + Renfro foi selecionado para reformar o Kalita Humphreys Theatre em Dallas, projetado por Frank Lloyd Wright e inaugurado em 1959. O projeto de reforma incluirá também um masterplan para a área de 9 acres em torno do teatro, trazendo novos equipamentos e conexões com a cidade.
Nossos leitores decidem quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2020
Como o(s) vencedor(es) do Prêmio Pritzker 2020 serão anunciados nesta terça-feira, 3 de março, perguntamos aos nossos leitores quem deveria ganhar o prêmio mais importante no campo da arquitetura.
O que levar em conta ao especificar um piso cerâmico?
A humanidade já domina a fabricação de cerâmica há cerca de 15 mil anos. Até hoje, trata-se de um material amplamente utilizado em áreas como construção civil, artesanatos e até em indústrias altamente tecnológicas. Por serem opções duráveis, baratas e com uma variedade imensa de dimensões, padrões e acabamentos, os azulejos cerâmicos são revestimentos extremamente populares. Versáteis, podem ser usados em superfícies horizontais ou verticais, internas ou externas, molhadas ou secas. Sua produção se dá a partir da mistura de argila e matérias-primas inorgânicas, após seca e queimada em temperaturas elevadas (superiores a 1.000 °C), as peças adquirem superfícies impermeáveis, fáceis de limpar e com diferentes possibilidades de acabamentos e cores.