Reserve um segundo para imaginar um edifício ou um espaço. Provavelmente, você está imaginando superfícies retangulares planas e linhas retas. Sejam paredes, vigas ou janelas, a maioria dos elementos arquitetônicos vem em formas ortogonais padrão e altamente práticas. No entanto, a pandemia lançou luz sobre designs que não são apenas funcionais, mas também melhoram nosso humor e bem-estar. Nesse sentido, o poder das superfícies curvas e fluidas é incomparável, o que explica por que elas estão voltando como uma tendência de design moderno. Adotar belas formas inspiradas na natureza, como curvas orgânicas, energizam os ambientes e fazem os usuários se sentirem bem. Na verdade, os neurocientistas mostraram que essa afeição está programada no cérebro; em um estudo de 2013, descobriram que os participantes eram mais propensos a considerar um espaço bonito se fosse curvilíneo em vez de retilíneo. Em suma, os humanos adoram curvas.
Os melhores projetos de arquitetura de 2021
Os mais de 5000 novos projetos publicados ao longo de 2021 fazem do ArchDaily a maior bilioteca online de arquitetura do mundo. A equipe curatorial do ArchDaily pesquisa, contata escritórios, prepara e apresenta projetos construídos em todo o mundo diariamente com o objetivo de oferecer inspiração, conhecimento e ferramentas aos nossos leitores que contribuem na criação de melhores ambientes construídos.
Como reformar sem estourar o orçamento?
Quando falamos em reformar, e talvez isso já não seja mais nenhuma surpresa pra ninguém, a primeira coisa que nos dizem é que a obra “vai custar o dobro do que a gente quer e demorar o dobro do que a gente gostaria”. Uma reforma, independentemente de sua escala ou natureza, costuma doer tanto na cabeça quanto no bolso, especialmente depois que a poeira começa a subir. Ainda assim, mesmo cientes de todos os desafios, muitas vezes não há como evitar aquela tão terrível e aguardada reforma.
Mas nem toda reforma deve nos levar à falência ou à loucura, e buscar soluções mais econômicas nem sempre significa abrir mão da qualidade. Desde gerir a própria obra, a meter a mão na massa ou restaurar os móveis que você já tem em casa, aqui vão algumas dicas para não estourar o orçamento com o seu projeto de reforma.
Nossas cidades são construídas para os jovens?
As cidades em que vivemos hoje foram construídas com base em princípios concebidos há décadas, com a perspectiva de garantir que sejam habitáveis por todos. Ao longo da história, as cidades têm sido catalisadoras do crescimento econômico, servindo como pontos focais para negócios e migração. No entanto, na última década, especialmente durante os últimos dois anos, o mundo testemunhou reconfigurações drásticas na forma como as sociedades funcionam, vivem e se deslocam.
O tecido urbano de hoje destaca dois padrões demográficos: rápida urbanização e grandes populações jovens. As cidades, embora crescendo em escala, na verdade se tornaram mais jovens, com quase quatro bilhões da população mundial com menos de 30 anos vivendo em áreas urbanas, e em 2030, UN-Habitat espera que 60% da população urbana tenha menos de 18. Então, quando o assunto é planejamento urbano e futuro das cidades, fica evidente que os jovens devem fazer parte da conversa.
Câmara Municipal Qinchang Village / Studio 10
Rumo a um futuro sustentável: materiais e sistemas construtivos locais na arquitetura chinesa contemporânea
Ao longo dos últimos anos testemunhamos um interesse crescente por técnicas tradicionais e processos artesanais de construção, assim como no papel cada vez mais significativo dos materiais locais na arquitetura contemporânea. Conscientes do impacto ambiental e também econômico da industria da construção civil no mundo hoje, arquitetos e urbanistas estão mudando o rumo de nossa disciplina ao adotar novas estratégias e abordagens em seus projetos e processos com o principal objetivo de “atender às demandas da nossa sociedade sem, no entanto, comprometer ou esgotar os recursos naturais que atualmente encontram-se à nossa disposição”.
Ratã: projetos contemporâneos que usam este material tradicional do sudeste asiático
Ao longo dos últimos anos, muitos arquitetos e arquitetas têm expressado seu compromisso para com o desenvolvimento de uma arquitetura mais ética e sustentável, apropriando-se amplamente de materiais locais e técnicas tradicionais de construção. Neste âmbito, muitos deles foram buscar inspiração em sistemas construtivos vernáculos e na própria cultura e identidade local, ressignificando antigas soluções em contextos contemporâneos.
Em nossa constante busca por materiais locais e ecológicos, onde quer que estivermos, sempre vamos nos deparar com um dos materiais mais conhecidos, sustentáveis e recorrentemente utilizados por diferentes povos e culturas ao redor do mundo: o ratã. Atualmente estima-se que quase setecentas milhões de pessoas fazem uso constante do ratã em suas atividades diárias, sendo que em muitos países do sudoeste asiático este material é até considerado um importante elemento da própria cultura e identidade local. Neste artigo, procuramos analisar as formas como arquitetos e arquitetas têm explorado este versátil material em seus projetos de arquitetura contemporânea.
As megacidades do futuro também podem se tornar inteligentes?
Cidades estão tão profundamente enraizadas na história da humanidade que dificilmente nos perguntamos por que vivemos nelas ou qual a razão de nos agruparmos em assentamentos urbanos. Ciro Pirondi, arquiteto brasileiro, aponta que vivemos em cidades porque gostamos de ter alguém para conversar, enquanto Paulo Mendes da Rocha classifica a cidade como “a suprema obra da arquitetura”. A cidade é o mundo que o homem constrói para si próprio. Tratam-se de imensas construções coletivas, palimpsestos, colagens de camadas de histórias, realizações, conquistas e perdas.
Já somos majoritariamente urbanos desde 2007. E a porcentagem deve chegar a 70% de pessoas vivendo em cidades em 2050. Nos próximos anos, megacidades com mais de 10 milhões de habitantes deverão se multiplicar, principalmente na Ásia e na África, muitas delas em países em desenvolvimento. Tal projeção levanta o alerta em relação à sustentabilidade e às mudanças climáticas que as cidades catalisam. E, claro, sobre como possibilitar a qualidade de vida a seus habitantes e de que forma eles poderão prosperar e se desenvolver em contextos que, muitas vezes, não são os ideais. Como esses assentamentos urbanos receberão este aporte da população? Enquanto seus centros antigos demandarão transformações e atualizações, suas periferias exigirão o projeto de novas residências e equipamentos públicos, além de infraestruturas adequadas. Como esse processo pode ajudar os centros urbanos a se tornarem inteligentes, utilizando de forma criativa e eficiente a tecnologia já disponível a favor de seus habitantes?
Cidade Flutuante Qianhai / People's Architecture Office
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Arquitetos: People's Architecture Office
- Ano: 2020
Biblioteca em Ruínas / ATELIER XI
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Arquitetos: ATELIER XI
- Área: 66 m²
- Ano: 2020
A arquitetura chinesa pelos olhos dos engenheiros estruturais
Por definição, “estrutura” é um termo bastante abrangente e amplamente utilizado em diferentes disciplinas. Na arquitetura, por sua vez, a expressão “estrutura” pode ser utilizada tanto para referir-se a uma obra construída quanto para descrever o conjunto de elementos portantes que compõe um edifício, responsáveis por distribuir e transmitir suas as cargas até o solo.
Dia Mundial da Bicicleta: 22 projetos inspiradores envolvendo ciclismo
A bicicleta não é mais utilizada apenas para esportes ou atividades recreativas. Cada vez mais, as pessoas optam por ela como principal meio de transporte.
A arquitetura cumpre um papel fundamental no incentivo do uso da bicicleta, já que uma cidade equipada com ciclovias seguras, bicicletário e áreas livres para lazer inspira as pessoas a deixarem seus automóveis.
Uma nova camada de espaços públicos: explorando as coberturas dos edifícios
A medida que os ambientes urbanos se tornam cada vez mais densos, é preciso aproveitar ao máximo cada centímetro quadrado de área disponível. Pensando nisso, arquitetos e arquitetas do mundo todo recentemente descobriram o enorme potencial das coberturas existentes dos edifícios urbanos, na maioria das vezes, espaços subutilizados e de difícil acesso. Além do mais, coberturas e telhados chegam a somar juntas até 25% da área de superfície total disponível em uma cidade. Podendo ser utilizadas tanto como áreas verdes e cultiváveis quanto como espaços públicos e acessíveis, estes jardins suspensos estão sendo pouco a pouco incorporados à infraestutura urbana de várias cidades ao redor do mundo. Neste contexto, este artigo procura analisar em profundidade o real potencial desta estratégia para a criação de uma nova camada de espaços públicos acessíveis em cidades densamente ocupadas.
Museu de Arte Shenzhen Pingshan / Vector Architects
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Arquitetos: Vector Architects
- Área: 47269 m²
- Ano: 2019
Arquitetura de interiores e a busca pelo bem-estar: projetando espaços de ensino
A pandemia, que a mais de um ano nos acompanha, marcou uma profunda ruptura nas rotinas diárias de milhões de pessoas ao redor do mundo. Obrigados ao confinamento doméstico prolongado e em muitos casos, a uma mudança definitiva para o modo de trabalho remoto, a separação entre o espaço da vida cotidiana e o escritório improvisado tornou-se extremamente turva. Neste contexto, alguns dos tópicos mais discutidos ao longo deste último ano foram a criação espaços de trabalho flexíveis em ambientes domésticos e se os próprios edifícios de escritórios são um modelo ultrapassado e que já não mais servem ao nosso atual modo de vida. Embora tenhamos discutidos amplamente uma série de assuntos relacionados à pandemia, no entanto, pouco tem se falado sobre o impacto da corrente situação no dia a dia das nossas crianças, especialmente daquelas em idade escolar.
Arquiteturas e máscaras: a representação do tempo nas imagens
Fabricado entre 1924 e 1928, o Avions Voisin C7 apresentava uma construção inovadora para a época. O uso intenso de vidro, uma carroceria de alumínio e os ângulos agudos remetiam às formas de uma aeronave. Este era o automóvel que Le Corbusier gostava de estacionar em frente às suas obras – para o arquiteto, o automóvel era a tradução definitiva da modernidade e da técnica combinadas em um único objeto. Ele acreditava firmemente que a arquitetura tinha muitas lições a aprender com a máquina.
Com 3 marchas e 30 cavalos de força, dificilmente alguém utilizaria esse carro atualmente, e a indústria automobilística já sofreu inúmeras inovações desde a época. A arquitetura de Corbusier, no entanto, não parece tão datada aos olhos: são os automóveis registrados junto a um edifício recém construído que mais evidenciam o quão antiga é a foto. Localizar subsídios que denunciem o período da fotografia é um método eficiente, e para a arquitetura isso é ainda mais evidente. Seja um eletrodoméstico, um monitor de computador ou um detalhe específico, há elementos que tornam esse trabalho mais fácil.
Requalificação de espaços públicos: promovendo conexões humanas nas cidades
O espaço público deve ser uma prioridade na agenda de planejamento urbano de todas as cidades e, dado o contexto mundial atual, representam elementos fundamentais de cidades e bairros. Praças e parques, necessidades inegáveis do tecido urbano, tornaram-se, hoje, mais vitais do que nunca.