Quando pensamos em concreto, a cor cinza geralmente nos vem à cabeça. O traço tradicional do concreto, que leva cimento, brita, areia e água pode apresentar variações por conta dos seus elementos compositivos, mas sempre varia entre o cinza claro e o escuro. No entanto, um recurso que vem sendo cada vez mais utilizado é o de agregar pigmentos a essa mistura, para se alcançar cores variadas na aparência final da obra, já que tornam todo o concreto, por dentro e por fora, colorido. Essas tonalidades decorrem da adição de óxidos: as cores amarelo, vermelho e suas derivações (marrons) são obtidas com a adição do óxido de ferro, enquanto que o óxido de cromo e de cobalto criam o efeito de cor verde e azul, respectivamente. Para o concreto preto, geralmente inclui-se óxido de ferro preto e óxido de carbono, combinados com cimento pozolânico .
As possibilidades do Concreto Pigmentado: 20 edifícios impregnados de cor
Arquitetura subterrânea: mimese e eficiência térmica
A arquitetura como resultado da ação humana sobre a paisagem, confronta-se sempre com o desafio de construir relações entre o espaço construído e o contexto natural específico. Quando tratamos de edifícios enterrados, este vínculo se torna ainda mais evidente além de um fator fundamental para o sucesso do projeto. Neste contexto, a decisão de intervir na paisagem natural, seja enterrando ou aterrando, geralmente trás uma série de benefícios para um projeto de arquitetura, entre os quais podemos destacar a integração com o contexto e outros benefícios técnicos, como por exemplo, uma melhor eficiência termodinâmica.
Urbanização do Jardim Vicentina / Vigliecca & Associados
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Arquitetos: Vigliecca & Associados
- Ano: 2010
Andaimes: de equipamento auxiliar a protagonista na arquitetura
Fala-se pouco sobre a contribuição dos andaimes na história da construção. Estas estruturas geralmente foram tratadas como meros equipamentos e, por isso, seus registros são bastante escassos. Sem elas, no entanto, seria quase inviável construir a maioria dos edifícios que conhecemos. Os andaimes permitem atingir e deslocar materiais a pontos difíceis em uma construção, proporcionando segurança e algum conforto aos trabalhadores. Mas além do seu papel de estrutura de apoio para as construções, temos visto que os andaimes também podem servir para estruturas móveis, temporárias e mesmo permanentes. Conheça um pouco da história e das suas possibilidades a seguir.
Os melhores projetos de arquitetura de 2020
Em nome de toda a equipe do ArchDaily, gostaríamos de agradecer seu apoio – a participação de vocês, leitoras e leitores, ajudou a tornar 2020 um ano melhor. Podemos dizer com satisfação que este ano, mais que em qualquer outro, alcançamos profissionais da arquitetura de todas as partes do mundo, contribuindo com ferramentas e inspiração para a criação de espaços melhores.
Com mais de 5.500 obras diferentes publicadas ao longo do ano, nossa equipe de curadores tem o prazer de compartilhar esta seleção dos 100 projetos mais acessados de 2020. Esta lista representa o que há de melhor no conteúdo criado e compartilhado pela comunidade do ArchDaily nos últimos 11 meses.
Vantagens e características da alvenaria estrutural
O Monadnock Building, em Chicago, teve sua construção iniciada em 1891 e segue em uso. O edifício evidencia uma fachada sóbria sem grandes ornamentos e uma altura muito expressiva - à época - de 16 pavimentos. É considerado o primeiro arranha-céu construído em alvenaria estrutural, com tijolos cerâmicos e uma base de granito. Para suportar toda a carga da edificação, as paredes estruturais no térreo têm 1,8 metros de espessura, enquanto na parte superior, 46 centímetros. Cento e trinta anos depois, este sistema construtivo continua em voga e permite erigir edifícios mais altos, com paredes muito mais delgadas, atingindo racionalidade e economia na obra. Mas do que se trata a alvenaria estrutural, como utilizá-la nos projetos de arquitetura e em quais edificações este sistema é mais indicado?
A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis
Mobiliários infantils são aqueles - fixos ou móveis - desenhados pensando nas crianças, seja de acordo com os seus princípios ergonômicos e anatômicos, ou de forma a assessorá-las da forma mais adequada. Seguindo essa linha, podemos identificar dois tipos de móveis: (1) aqueles que facilitam a relação entre o cuidador e a criança e (2) os que permitem que a criança os utilize de forma independente.
A grande diferença entre esses dois tipos é que os primeiros possuem dimensões que se adaptam à ergonomia do adulto e o segundo são projetados para atender às necessidades ergonômicas da criança, em cada etapa de seu desenvolvimento. Como o crescimento das crianças ocorre de forma relativamente rápida, é comum que os móveis deste segundo grupo sejam multifuncionais ou mesmo extensíveis.
Moradias Infantis / Rosenbaum® + Aleph Zero
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Arquitetos: Aleph Zero, Rosenbaum
- Área: 23344 m²
- Ano: 2017
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Fabricantes: Esquadrias, Estrutura em MLC, Paisagismo /
Paisagens desumanizadas: arquiteturas construídas para as máquinas
Centros de processamento de dados, linhas de produção automatizadas, torres de telefonia e depósitos são algumas das principais tipologias utilitárias que povoam o nosso ambiente construído, infra-estruturas cada vez mais importantes para o desenvolvimento da vida cotidiana. Ainda que estejam longe de tangenciar o interesse da maioria dos arquitetos e arquitetas, estas tipologias estão se fazendo cada dia mais presentes em nossas vidas e, consequentemente, no discurso arquitetônico — levantando questões sobre como podemos dar um novo significado à estas estruturas que sustentam as engrenagens da nossa atual sociedade.
Requalificação da Colina do Senhor do Bonfim / Sotero Arquitetos
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Arquitetos: Sotero Arquitetos
- Área: 36050 m²
- Ano: 2019
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Fabricantes: Aubicon, Ecopark, Fabrimetal, Latina Iluminação, Trimble, +2
Quando foram inventadas as janelas de vidro?
Você já se fez essa pergunta? Pode parecer estranho imaginar, à primeira vista, que nem sempre tivemos janelas em nossas construções, nem tão pouco elas eram vedadas por um material transparente capaz de permitir a entrada de iluminação natural em recintos escuros ou de fazer uma barreira contra o frio: o vidro.
Permeabilidade e leveza nas fachadas metálicas perfuradas
O escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro (DS+R) chamou atenção mundial em 2002 com o Blur Building, para a Expo Suíça daquele ano. O volume era formado através de 35.000 bicos de alta pressão que expeliam a água do lago sobre o qual se localizava, criando uma enorme nuvem artificial. Sua forma, limites, cores e translucidez se alteravam com o sol e a força do vento e produziam uma experiência imersiva aos usuários, adentrando um volume completamente permeável. Dez anos depois, Carla Juaçaba e Bia Lessa projetaram o Humanidade2012 para a exposição Rio +20, em que diversos volumes programáticos foram dispostos em uma enorme estrutura de andaimes. Com mais vazios do que cheios, suas extremidades se desmaterializavam no céu e durante a noite os volumes pareciam flutuar. Segundo as arquitetas, “a própria movimentação das pessoas no edifício transformava os visitantes em objetos de exposição visto de longe.” Os dois projetos temporários, mesmo com diferenças de escala e contexto, se unem no êxito ao trabalhar com as noções de translucidez, leveza, dissolução de limites e o movimento.
Pontes e passarelas para conectar espaços: 15 projetos de arquitetura na América Latina
Pontes e passarelas são elementos de circulação horizontal que permitem estabelecer uma ligação física entre os espaços interiores ou exteriores de um projeto para resolver a sua articulação e poupar, em alguns casos, os desníveis existentes entre eles. Essas estruturas suspensas potencializam as conexões visuais entre os diferentes níveis e permitem criar percursos mais dinâmicos.
Resort Makenna / Drucker Arquitetura
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Arquitetos: Drucker Arquitetura
- Ano: 2010
Projeto de escolas: a arquitetura como ferramenta educacional
Dentro do conjunto de debates no campo da arquitetura, a relação entre o desenvolvimento projetual e a educação – especialmente infantil – tem ganhado destaque. A relação entre o campo da arquitetura junto à sociologia e filosofia, por exemplo, é notória. Muitas vezes, ao desenvolver um projeto, discussões entre estes campos são imbuídas projetualmente como instrumento potencializante das relações entre espaço e usuário. Quando pensamos especificamente na tipologia educacional dedicada a crianças, tomamos mecanismos que vão muito além de questões físicas de ergonomia, mas pensamos na arquitetura como ferramenta educacional.
Clássicos da Arquitetura: Casa do Claudio / Claudio Bernardes
Descrição enviada pela equipe de projeto. Claudio Bernardes projetou e construiu essa casa para sua família. É um projeto concebido em função das condições naturais da ilha que o abrigaria e da paixão de Claudio pelo lugar. É uma casa montada em peças de madeira numeradas que vieram flutuando, puxadas por uma traineira, até a Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis.
Claudio pensou sua casa como um grande espaço aberto, com ventilação e iluminação naturais, onde apenas os quartos se fechassem propondo um estilo despojado e fluido. O embasamento é feito em pedra a partir do qual a casa se desenvolve em dois pisos de madeira. O beiral de três metros permite que a grande cobertura de palha transpasse a casa, alongando o pé-direito e ampliando as dimensões da área interna, protegendo-a das chuvas e dos ventos.