O texto a seguir faz parte do jornal Homeland: News from Portugal, publicação que representa Portugal na 14ª Bienal de Veneza de 2014.
O colapso de 2007 do sistema financeiro ocidental, desencadeada pelo colapso das hipotecas subprime nos Estados Unidos e o resultante estouro da bolha imobiliária teve uma profunda influência na paisagem urbana portuguesa. A crise atual, inextricavelmente alimentada pelo aumento especulativo no valor da propriedade, leis brandas de planejamento e o fácil acesso ao crédito de empréstimo para habitação prepara o palco para uma reflexão propositiva em relação ao conceito do Coletivo. A dimensão visível da ruptura financeira, demonstrada pelas inúmeras construções inacabadas e desenvolvimentos imobiliários que simbolizam as feridas abertas na urbanidade, será objeto sob escrutínio. Eles são uma parte de um problema maior e mais invisível, a enorme quantidade de edifícios vagos e propriedades não utilizadas de propriedade de bancos e fundos imobiliários.