A indústria da construção civil movimenta recursos econômicos consideráveis em todo o mundo, gera inúmeros empregos e muita receita. Ao mesmo tempo, também implica em impactos negativos que vão desde o consumo dos recursos naturais, até a elevada geração de resíduos, seja durante a etapa construtiva e nas demolições. Para se ter uma ideia, no Brasil estima-se que 61% do total de resíduos gerados sejam representados pelos Resíduos de Construção e Demolição e 28% pelos resíduos domiciliares [1].
adtopic-reuso: O mais recente de arquitetura e notícia
Do lixo ao luxo: produtos de revestimentos feitos a partir de resíduos
Upcycling Wood: Madeiras recuperadas transformadas em objetos valiosos e úteis
A necessidade de reduzir substancialmente nosso impacto no planeta deve se traduzir em uma mudança significativa em nosso estilo de vida e hábitos. Uma delas é consumir com responsabilidade e considerar que o desperdício não existe, mas que todo o material pode ser transformado em algo útil novamente seguindo um sistema ecológico circular.
Em seu livro Upcycling Wood, Reutilización creativa de la madera, o arquiteto e artista Bruno Sève escreve e edita um guia sobre os usos e possibilidades da madeira recuperada, como uma estrutura para a reutilização responsável; de pequena escala, como móveis ou telas de artistas, a escala média, com uso em interiores e fachadas. Este livro visa sensibilizar os profissionais e cidadãos em geral, através da análise do ciclo de vida, exemplos de usos e processos de acabamento, levando a uma estrutura ecológica e responsável. O livro é ilustrado por numerosas equipes de design e arquitetura que seguem as diretrizes do design ecológico com madeiras recuperadas.
Maio no ArchDaily: Reúso
“O prédio mais verde é aquele que já está construído.” (Carl Elefante, FAIA)
A população urbana mundial dobrará até 2050, e as cidades precisam encontrar formas sustentáveis de acomodar esse movimento de massa. Muitas vezes vemos projetos sendo construídos o mais rápido possível para apoiar o crescimento. No entanto, o crescimento rápido geralmente leva a cidades e prédios sem originalidade.
Uma solução mais inteligente e sustentável é aumentar a densidade dos centros existentes, bem como recuperar as estruturas existentes através de reformas e reaproveitamentos. Mas transformar algo antigo em algo novo é um processo desafiador - requer uma visão ousada e um compromisso rigoroso com o projeto.
Como reciclar o poliestireno expandido (EPS) para convertê-lo em tintas
O Poliestireno expandido -também conhecido como isopor- é um material plástico amplamente utilizado na indústria da construção, principalmente para isolamento térmico (e em alguns casos, acústica) das envoltórias das edificações.
Mas é possível reciclá-lo e aplicá-lo novamente em outros processos construtivos? Sabe-se que o EPS pode se tornar matéria-prima para a fabricação de novos produtos plásticos, quando triturados e compactados. No entanto, a reciclagem pode voltar a ter impacto na construção de projetos arquitetônicos e urbanos, ao ser convertido em tintas e revestimentos.
Por que o reuso de edifícios existentes pode (e deve) ser o principal foco dos arquitetos
Certificados e prêmios de sustentabilidade são outorgados todos os dias à novos edifícios que prometem um futuro livre de carbono e impacto zero. Entretanto, a maioria dos esforços que empreendemos para construir edifícios cada vez mais "sustentáveis", acaba no dia de suas inaugurações. O custo energético global da arquitetura tem muito mais a ver com a vida útil de um edifício do que com a sua construção. Embora pareça não haver saída para este atual modelo de sucesso, cabe a nós arquitetos, repensar o significado de arquitetura sustentável nos dias de hoje. Talvez devemos parar de aplaudir e exaltar cegamente os novos edifícios e voltar a nossa atenção para os edifícios que já existem. Este artigo foi originalmente publicado no <em
Durante a primeira conferencia mundial do meio ambiente, realizada na cidade do Rio de Janeiro e chamada de Eco-1992, três alarmantes fatos vieram à tona: a temperatura da Terra está aumentando continuamente; a utilização de combustíveis fósseis é a principal causa deste fenômeno; precisamos, com urgência, adaptar o nosso ambiente construído considerando esta nova realidade. Naquele ano, publiquei um ensaio no Journal of Architectural Education intitulado “Architecture for a Contingent Environment”, sugerindo que arquitetos, naturalistas e preservacionistas deveriam se unir para discutir e enfrentar essa nova realidade.