O Pavilhão de Barcelona foi utilizado oficialmente apenas uma vez e foi no dia 27 de maio de 1929, quando o rei da Espanha, Alfonso XIII, participou de uma cerimônia para a sua abertura. O seu papel, de acordo com uma declaração oficial do presidente Paul von Hindenburg, era "apresentar o espírito da nova Alemanha: simplicidade e clareza de meios e intenções, tudo é aberto, nada está oculto". Como a primeira participação oficial da Alemanha em um evento internacional desde o fim catastrófico da Primeira Guerra Mundial, foi um dia de enorme importância simbólica, com a presença de diplomatas, aristocratas e outras personalidades. Dentro de alguns anos, a paz entraria em colapso, tanto em Barcelona quanto em Berlim mas, por um momento, em maio, a modernidade foi recebida com otimismo.
O Pavilhão de Barcelona tinha a intenção de incorporar esse momento. Livre de ornamento externo, a edificação foi feita com materiais luxuosos. Paredes foram formadas com placas finas de pedra semi-preciosa luminosa, de mármore polido verde para ônix dourada. Segundo o relato influente de Philip Johnson, elas não limitavam fisicamente espaço mas sim, sugeriam um movimento fluído, e não dividiam, conectavam; trazendo o interior para o exterior, continuando para além da linha da cobertura ao jardim. Enquanto as colunas forneciam uma espécie de grade cartesiana de pontos que amarravam o telhado, as paredes foram posicionadas livremente. No pátio há uma escultura de bronze, de braços no ar em um gesto que poderia ser uma dança ou uma expressão de dor, refletida na piscina. Com as paredes assimétricas, a pedra de luxo, a luz brilhante, o pódio em que a edificação foi assentada; O pavilhão foi, ao mesmo tempo um edifício hiper-modernista e uma ruína clássica.