
A obra de Álvaro Siza é revisitada pela lente de Pedro Cardigo, que regressa às origens a preto e branco das primeiras publicações de arquitetura, evocando
“o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes reunidos sob a luz” - como diria Le Corbusier. Passo a passo, ambos procuram essa luz em silêncio, revelando pacientemente o (in)esperado, o enquadramento nunca antes visto, a visão precisa do arquiteto e o registo emocional do fotógrafo, ou vice-versa. A descoberta de L'Architecture d'Aujourd'Hui, no início dos anos 50, teve um impacto profundo em Siza, desencadeando num instante a concepção das suas obras seminais, como fotografias