Para quem você projeta uma cidade? Dificilmente sua resposta terá em mente um bebê ou uma criança de até seis anos de idade, período que define a primeira infância. No entanto, são diversas as diretrizes e ações que podem ser tomadas para incluir esse público no planejamento urbano. Afinal, é nesse momento que começam as primeiras relações de um cidadão com a urbanidade e é fundamental que haja o melhor acolhimento possível.
Arquitetura e Cidade para Crianças: O mais recente de arquitetura e notícia
Como desenvolver bairros amigáveis à primeira infância?
Arquitetura para crianças: como conceber espaços que estimulam e protegem
Os modos de abordar o tema infantil ao redor da arquitetura são infinitos: desde projetar em outra escala que não a padrão pensada para adultos até campos mais lúdicos como o projeto de brinquedos e artefatos. O olhar arquitetônico para a infância aposta na construção de uma qualidade espacial que, além de representar espaços mais seguros no ponto de vista urbano, também são um investimento para um melhor futuro da sociedade, visto que a arquitetura pode desempenhar papel fundamental no desenvolvimento infantil.
Arquitetura e Cidade para Crianças: projeto estimula a relação afetiva das crianças com a vida urbana
A sensibilização dos adultos para uma cidade mais humana é um motivador para as arquitetas e urbanistas Amanda Tiedt e Fabíola Cordeiro. Depois de fundarem o Coletivo Sinergia Urbana para trabalhar com intervenções urbanas e instalações efêmeras, a dupla sentiu falta de um projeto que sensibilizasse as crianças a participar da vida urbana de forma ativa e se sentissem parte do seu bairro e da sua cidade. A pesquisa de referências e projetos com esta temática iniciou em outubro de 2016, logo após lerem sobre o projeto Arquitectura para Niños que existe na Espanha, e sobre a HABITAT III que aconteceu em Quito (Equador) e definiu a nova agenda urbana mundial, que entre outras coisas, prioriza a qualidade de vida urbana e segurança das crianças.