As autoridades de Bolonha anunciaram planos para reparar a torre inclinada Garisenda, uma estrutura medieval localizada no centro da cidade italiana. Recentemente, a área ao redor da torre foi isolada devido a preocupações com seu colapso, pois monitoramentos identificaram deslocamentos na direção da inclinação. A torre de 47 metros de altura inclina-se a um ângulo de quatro graus, semelhante ao de sua contraparte mais famosa, a Torre de Pisa. A Torre Garisenda é um marco de Bolonha, ao lado de sua vizinha, a Torre Asinelli, que tem o dobro da altura, também se inclina, embora em um ângulo menor, e geralmente está aberta para turistas.
Arquitetura Medieval: O mais recente de arquitetura e notícia
Torre inclinada do século XII, em Bolonha, passará por restauro após risco de colapso
A história da torre medieval restaurada em Cluj-Napoca, na Romênia
O horizonte de Cluj-Napoca, cidade localizada na região da Transilvânia na Romênia, é definido por um mosaico de prédios históricos e modernos, dando à cidade uma aparência única e diversa. Entre os principais marcos visíveis, destaca-se a Torre dos Bombeiros, ou "Turnul Pompierilor" em romeno, por sua mistura de estilos, desde trabalhos medievais feitos em pedra até detalhes barrocos e intervenções contemporâneas. Mesmo sendo um monumento relativamente pequeno, com uma área no térreo de pouco menos de 50 metros quadrados, a torre contém camadas de história que narram a evolução de seu bairro e da cidade, desde seus primórdios durante a Idade Média até os dias atuais. Abandonada nos últimos anos, uma nova intervenção de Vlad Sebastian Rusu e Octav Silviu Olănescu tem como objetivo restaurar a posição da torre como um marco da história local e um espaço atraente para moradores e visitantes. Este artigo explora a história por trás da Torre dos Bombeiros, tanto narrativa quanto visualmente, através da lente de Cosmin Dragomir.
Dicionário Razoado da Arquitetura Francesa: Prefácio [Parte II/II] / Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc
As convicções isoladas, fortes como sejam, não podem fazer uma revolução nas artes. Se hoje em dia nós procuramos reatar aqueles fios quebrados, apanhar num passado que nos pertence em propriedade os elementos de uma arte contemporânea, que não seja em prol do gosto de tal ou tal artista ou de uma confraria; nós não estamos ao contrário mais que dos instrumentos dóceis dos gostos e das ideias de nosso tempo, e é assim por isso que temos fé em nossos estudos e que a descoragem não nos alcançará. Não somos nós que redirecionamos as artes da nossa época, é nossa época que nos arrasta..... Para onde? Quem sabe! É preciso ao menos que nós preenchamos do nosso melhor a tarefa que nos é imposta pelas tendências do tempo em que vivemos. Esses esforços, é verdade, não podem ser mais que limitados, já que a vida do homem não é bastante longa para permitir ao arquiteto abraçar um conjunto de trabalhos ao mesmo tempo intelectuais e materiais; o arquiteto não é nem pode ser mais que uma parte de um todo: ele começa aquilo que outros conquistaram, ou termina aquilo que outros começaram; ele não saberia então trabalhar em isolamento, já que sua obra não lhe pertence em propriedade, como o quadro ao pintor, o poema ao poeta. O arquiteto que pretenda impor sozinho uma arte a toda sua época fará um ato de insigne tolice.
Dicionário Razoado da Arquitetura Francesa: Prefácio [Parte I/II] / Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc
Quando começamos a estudar a arquitetura da idade média, não existiam obras que pudessem nos mostrar a via a seguir. Recordamos que então um grande número de mestres em arquitetura não admitiam com reservas a existência desses monumentos que cobrem o solo da Europa, e da França particularmente. A penas nos foi permitido o estudo de algum edifício da renascença francesa e italiana; quanto àqueles que foram construídos depois do Baixo Império até o século XV, não falávamos mais que para citar-lhes como produtos da ignorância e da barbárie. Se nos sentíssemos repletos por uma sorte de admiração misteriosa por nossas igrejas e nossos fortes franceses da idade média, não ousávamos admitir qualquer vínculo que nos parecesse uma sorte de depravação do gosto, de inclinação pouco confessável. E não obstante, por instinto, estávamos atraídos àqueles grandes monumentos cujos tesouros nos pareciam reservados àqueles que queriam dedicar-se a sua busca.
Construção / Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc
A construção é uma ciência; é também uma arte, ou seja, é necessário ao construtor o saber, a experiência e um sentimento natural. Nasce-se construtor; a ciência que se adquire não pode mais que desenvolver as sementes depositadas no cérebro dos homens destinados a dar um emprego útil, uma forma durável à matéria bruta. Assim ocorre com os povos como com os indivíduos: alguns são construtores desde o berço, outros não se tornarão jamais; o progresso da civilização acrescenta pouco a essa faculdade natural. A arquitetura e a construção devem ser ensinadas ou praticadas simultaneamente: a construção é o meio; a arquitetura, o resultado; e no entanto, há obras de arquitetura que não podem ser consideradas como construções, e há certas construções que não se saberia como incluir entre as obras de arquitetura. Alguns animais constroem, uns células, outros ninhos, montículos, galerias, tipos de cabanas, redes de fio: essas são de fato construções, isso não é arquitetura.