Os padrões para classificar arquitetura boa ou ruim são funcionalidade e beleza, ou o que comumente chamamos de praticidade e estética. Entretanto, a praticidade pode nos direcionar rapidamente para o funcionalismo, a única opção viável, ou para um projeto de estruturas escultóricas. O arquiteto Le Corbusier disse certa vez: "Se você cria uma casa com pedra, madeira e concreto, isso é apenas um edifício; se você toca meu coração, isso é arquitetura". No entanto, talvez a legibilidade da arquitetura possa servir como critério para uma boa arquitetura: ler a arquitetura como um livro com palavras e frases completas que resistam a uma consideração cuidadosa.
Atelier Deshaus: O mais recente de arquitetura e notícia
Lendo a arquitetura como um livro
O conceito de arquitetura no contexto estético chinês
A estética ocidental baseia-se na análise matemática da estrutura formal de um objeto, usando leis clássicas de beleza, como equilíbrio, simetria e a proporção áurea. A estética oriental difere nisso, pois enfatiza a experiência intuitiva, como o espaço em branco na pintura tradicional chinesa, através da comunicação emocional com o imaginário para produzir uma certa concepção. O contraste entre a realidade e o vazio permite que a imaginação e os sentimentos do espectador floresçam.
Avenida Xangai Binjiang: um exemplo de preservação do patrimônio em cidades de rápido crescimento
Fred Kent, fundador da organização sem fins lucrativos Project for Public Spaces, declarou em certa ocasião que “Quando se planejam cidades com ênfase no trânsito e veículos automotores, o resultado é uma cidade repleta de carros e congestionamentos. Quando se planeja cidades para pessoas, por outro lado, o que se obtêm é uma cidade agradável de se viver e repleta de espaços públicos.” Isso tudo pode até parecer bastante óbvio, entretanto, nossa sociedade está passando hoje por uma mudança de paradigma, com mais e mais cidades abrindo mão de seus espaços e infraestruturas para veículos e privilegiando pedestres e espaços públicos.
Casa de Chá em Li Garden / Atelier Deshaus
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Arquitetos: Atelier Deshaus
- Área: 12 m²
Atelier Deshaus transforma a orla de Xangai com três projetos culturais
Em um cenário criativo que já está repleto de talento e inovação, as obras do Atelier Deshaus se destacam na China. Seus projetos, muitas vezes revitalizações de espaços existentes, não seguem regras particulares de estilo estabelecidas por outros ou por eles mesmos. No entanto, eles estão unidos por uma visão sutil e enigmática da experiência do espaço nos ambientes urbanos em constante mudança no país.
Centro de Artes Artron / Atelier Deshaus
Escritórios de arquitetura de Xangai, pelas lentes de Marc Goodwin
Através de suas fotografias de arquitetura, Marc Goodwin nos apresenta o universo interior dos mais importantes escritórios de arquitetura do mundo. Seu trabalho permite observar como funcionam os diversos escritórios fotografados ao redor do mundo, começando pelos mais famosos escritórios da Escandinávia, passando pequenas e grandes empresas em Londres, os numerosos ateliês de arquitetura de Pequim, um seleto grupo de escritórios em Seul e finalmente, um compêndio de escritórios na capital francesa. Xangai é a próxima cidade a ser adicionada à sua coleção, permitindo-nos ver mais de perto a exuberante cultura arquitetônica da maior cidade da China.
16 arquitetos discutem o "boom" de museus na China
Atualmente à mostra no Aedes Architecture Forum Berlin, "ZÀI XĪNG TǓ MÙ: Sixteen Chinese Museums, Fifteen Chinese Architects" oferece um olhar aprofundado em relação ao recente boom de museus na China e seus efeitos na paisagem sócio-política e cultura do país.
Como parte das exposição, o cineasta Moritz Dirks se reuniu com 16 renomados arquitetos chineses, entre eles Wang Shu, Dang Qun do MAD Architects e Zhu Pei do Studio Pei-Zhu, para discutir os desafios de criar espaços culturais que se relacionem tanto com contextos globais e digitais do mundo contemporâneo, quanto com a forte herança e identidade cultural chinesas.
Assista, a seguir, às 16 entrevistas.
ArchDaily Brasil seleciona 20 impressionantes museus do século XXI
Em homenagem ao Dia Internacional do Museu, nossa equipe de editores compilou uma lista com vinte dos museus mais interessantes e emblemáticos do mundo. De obras brasileiras, como o MuBE, de Paulo Mendes da Rocha, o Museu do Pão, do Brasil Arquitetura e a Fundação Iberê Camargo, de Álvaro Siza, a museus internacionais, como o Museu Histórico de Ningbo, de Wang Shu e o Perez Art Museum, de Herzog & de Meuron, convidamos nossos leitores a conhecer o que há de mais representativo no projeto de museus no Brasil e no mundo.