A intersecção entre neurociência e arquitetura/design vem apresentando inovações no ato de projetar espaços. Recentemente, a relevância do design inclusivo e regenerativo ganhou destaque, abordando a necessidade de criar ambientes que acolham a diversidade humana, incluindo idosos e pessoas com neurodiversidade. Este enfoque não só amplia a acessibilidade como também promove a regeneração ambiental e o bem-estar dos usuários.
bem-estar: O mais recente de arquitetura e notícia
Design inclusivo e regenerativo: projetando ambientes para idosos e neurodiversos
Neuroestética: a influência do design na experiência humana
Atualmente a atenção à saúde mental e ao bem-estar, não apenas físico, mas também emocional e psíquico, tem se tornado um foco crescente em âmbitos clínicos, mas também em relação a inúmeros fatores cotidianos. A exemplo, a campanha Janeiro Branco que ressaltou essa urgência, convidando-nos a refletir sobre o bem-estar mental e emocional. Nesse cenário, a neuroestética e a neuroarquitetura emergem como campos que se colocam como aliados nessa busca. Elas não são apenas disciplinas acadêmicas; são abordagens práticas que buscam compreender como nosso ambiente físico afeta nosso estado psicológico. A neuroestética, especialmente, estuda a relação entre a percepção estética e os processos neurológicos, como destacado por Colin Ellard, psicólogo da Universidade de Waterloo e autor de "Places of the Heart: The Psychogeography of Everyday Life" (2015).
Neurogastronomia aplicada à arquitetura em prol do envelhecimento humano
A aplicação da neurociência à arquitetura, mais especificamente no âmbito da neurogastronomia, proporciona uma compreensão singular da interseção entre os domínios sensoriais humanos e o ambiente construído. Busca-se compreender o funcionamento do cérebro em função da alimentação, até agora focada unicamente na boca e no estômago. Quem come na verdade é o cérebro. Desse modo, este artigo tem como objetivo reunir os conceitos científicos relacionados à neurogastronomia aplicada à arquitetura, considerando a experiência gastronômica e os espaços arquitetônicos, com especial atenção ao envelhecimento ativo.
Neuroarquitetura residencial: projetando ambientes para o Ciclo de Setênios de Rudolf Steiner
A arquitetura residencial desempenha um papel vital na vida das pessoas, influenciando sua qualidade de vida e bem-estar. Para criar ambientes que sejam verdadeiramente adaptados às necessidades biopsicossociais de cada usuário, é essencial incorporar os princípios da neurociência aplicada à arquitetura. Nesse sentido, a Teoria dos Setênios de Rudolf Steiner oferece um quadro conceitual valioso para entender as diferentes fases da vida e suas implicações na concepção de espaços habitacionais. Este texto abordará as etapas do projeto arquitetônico, desde o briefing até a execução, destacando a relevância de conceitos da neurociência cognitiva e comportamental, como priming, framing, nudging, wayfinding, design salutogênico e design biofílico, à luz da Teoria dos Setênios.
Design responsivo, neuroarquitetura e biossensores: tecnologias emergentes na interseção de arquitetura e neurociência
A interação entre arquitetura e bem-estar humano é um campo que desperta cada vez mais interesse no mundo contemporâneo. A importância da arquitetura no cotidiano das pessoas vai muito além de sua função estética ou prática, influenciando diretamente na experiência e no bem-estar dos indivíduos que interagem com os espaços construídos. Este elo fundamental entre o espaço arquitetônico e o bem-estar humano tem sido cada vez mais explorado por pesquisadores e profissionais da área, que buscam compreender e otimizar os impactos dos ambientes construídos na saúde e na qualidade de vida das pessoas.
Refúgios de verão: 6 projetos de clubes e piscinas
Com a proximidade da chegada do verão no hemisfério sul — que promete ser um dos mais intensos já vistos, e em meio ao ano que já é considerado como um dos mais quente da história — a busca por locais que ofereçam momentos de relaxamento, frescor e diversão se intensifica. À medida em que as altas temperaturas do verão se aproximam, a relevância e procura por equipamentos como os clubes, com suas áreas de lazer ao ar livre, piscinas e espaços verdes, se destaca de maneira significativa. Esses locais se transformam em verdadeiros refúgios, oferecendo não apenas a possibilidade de escape do calor, mas também uma série de outras atividades e benefícios para seus usuários.
Como a neuroarquitetura pode influenciar a percepção de segurança em espaços urbanos e edifícios
A interseção entre arquitetura e neurociência, conhecida como neuroarquitetura, emerge como um campo inovador, trazendo à tona a influência significativa do design, seja de espaços urbanos ou de edifícios, na percepção humana, incluindo o aspecto de segurança. Esta área de estudo ganha relevância em um contexto em que a arquitetura urbana não é apenas uma questão estética ou funcional, mas também um elemento crucial na criação de ambientes que promovam bem-estar e segurança.
Projetar o cuidado: a importância da humanização nos espaços de saúde
Corredores silenciosos e intermináveis, salas brancas e frias, uma atmosfera impessoal e distante: essa é uma imagem fortemente enraizada na nossa concepção cultural de ambientes hospitalares. A alvura desses espaços, que tenta reforçar uma ideia de esterilidade e limpeza tão necessárias, também pode ser capaz de criar uma sensação de desconforto e ansiedade para os pacientes e suas famílias.
A importância da humanização dos projetos de hospitais, clínicas e consultórios é um tema cada vez mais discutido e relevante na área da saúde, e que vai muito além da estética desses edifícios. Ela considera a necessidade de criar ambientes acolhedores que promovam o bem-estar dos pacientes, familiares e profissionais, reconhecendo que a arquitetura pode desempenhar um papel fundamental na recuperação e no conforto dessas pessoas em momentos de vulnerabilidade.
Projetando para a felicidade: explorando a conexão entre arquitetura e saúde mental
Embora não sejam totalmente dependentes uma da outra, a relação entre arquitetura e bem-estar mental é um tópico importante, já que designers e arquitetos podem contribuir na criação de um ambiente mais agradável para todos. Desde estratégias para melhorar a saúde mental em espaços de trabalho compartilhados até as maneiras pelas quais a arquitetura pode contribuir para prevenir o declínio cognitivo, entender o impacto potencial das neurociências ambientais e como elas se aplicam à arquitetura é uma habilidade essencial para nossa profissão.
Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi
O que é arquitetura? São projetos grandiosos com estruturas complexas, desafiando as leis da física? São edifícios simples e cotidianos que, quando reunidos, criam o tecido urbano? Em meados do século XVIII, Laugier introduziu o conceito de cabana primitiva, uma estrutura, essencialmente uma casa, projetada e construída para atender às necessidades básicas do ser humano primitivo: abrigá-lo das intempéries da natureza. Qualquer estrutura que atenda a esses requisitos seria considerada uma arquitetura autêntica. Porém, desde então, nossas necessidades evoluíram e estão muito mais elaboradas, principalmente quando se trata de nossas casas. Elas precisam oferecer abrigo, segurança, conforto térmico e espaços amplos. As nossas casas devem ser econômicas, sustentáveis e ter acesso à Internet, entre muitos outros pré-requisitos. Então, como seria a casa ideal do ser humano contemporâneo e, portanto, a "verdadeira" arquitetura?
The Science of a Happy Home Report, relatório realizado por Resi primeiro em 2020 e novamente no pós-pandemia de 2023, procurou descobrir exatamente quais elementos as pessoas acreditavam constituir o definitivo lar feliz. Os resultados foram seis qualidades proeminentes: uma casa que é adaptável para atender às nossas necessidades em constante mudança, uma casa que nos permite conectar e construir relacionamentos, uma casa que reflete a nossa personalidade e valores, uma casa nutritiva que fornece as condições que precisamos para prosperar (ou seja, qualidade do ar), uma casa que nos ajuda a relaxar e uma casa que oferece segurança e nos faz sentir seguros. Essas necessidades, no entanto, não estão sendo atendidas na maioria dos lares do Reino Unido, e é aí que entra a Resi.
Neuroarquitetura e a jornada final do paciente: o espaço do hospice
O hospice é uma forma especializada de cuidados paliativos que busca proporcionar conforto e qualidade de vida aos pacientes que estão enfrentando doenças graves e terminais. Esses ambientes desempenham um papel crucial na jornada final do paciente, e a interação entre neurociência e arquitetura pode ser uma ferramenta poderosa para torná-los ainda mais acolhedores. Nesse tipo de lugar, a neurociência aplicada à arquitetura pode ser empregada para criar espaços que promovam o bem-estar emocional e físico dos pacientes.
Neuroarquitetura e esportes: uma análise do Estádio de Braga de Eduardo Souto de Moura
Os estádios de futebol são muito mais do que meros locais para a prática esportiva; são verdadeiros ícones culturais que abrigam a paixão de torcedores e a história dos clubes que representam. No entanto, o impacto desses espaços vai além das arquibancadas e do gramado. Envolve também os bastidores, onde uma equipe dedicada de profissionais trabalha incansavelmente para garantir que os jogos aconteçam sem problemas. É fundamental reconhecer que o ambiente construído desses estádios desempenha um papel crítico na qualidade de vida e no bem-estar mental desses trabalhadores.
Neuroarquitetura em projetos corporativos: como o ambiente construído pode reduzir o burnout?
A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Especialmente durante e após a pandemia, ou seja, período atual, os índices de burnout estão aumentando. No entanto, pouco está sendo discutido sobre o tema. Tendo em vista o papel da concepção do espaço construído na vida dos colaboradores, como a neuroarquitetura pode auxiliar a qualidade de vida, mitigando o burnout?
Neuroarquitetura e autismo: diretrizes para projetos saudáveis e acolhedores
O entendimento contemporâneo da neuroarquitetura desencadeou um novo foco no design inclusivo, com ênfase na criação de ambientes que respeitem e respondam às necessidades específicas das pessoas. Nesse contexto, a abordagem do design arquitetônico para pessoas no espectro do autismo ganhou destaque.
Resultado do concurso para um centro de reabilitação de dependentes químicos na Cracolândia
Um Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos na região da Cracolândia em São Paulo. Este foi o tema do primeiro concurso de projeto organizado pelo Labideias, aberto a estudantes e recém-formados em arquitetura e urbanismo com até dois anos de formação.
A arquitetura pode desempenhar um papel crítico ao questionar as possibilidades existentes. Ela pode ser uma voz que busca propor, através do espaço construído, abordagens mais humanizadas, criativas e inclusivas. Com essa tese, a organização convidou os participantes a desenvolverem uma proposta que atendesse às necessidades de uma população marginalizada e cada vez mais perseguida. Conheça, a seguir, os vencedores e menções honrosas do #001 Concurso Labideias.
Arquitetura para prevenção do declínio cognitivo: contribuições do espaço para o envelhecimento saudável
O declínio cognitivo é uma preocupação crescente de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em meio a uma população que está envelhecendo, estratégias que ajudem a prevenir ou mitigar a deterioração cognitiva se tornam cada vez mais relevantes para apoiar o envelhecimento saudável e a manutenção da independência por mais tempo. Estudos no campo da neurociência aplicada à arquitetura (neuroarquitetura) vêm mostrando que o ambiente físico, tanto interno como externo, público ou privado, desempenha um papel fundamental nesse aspecto [1]. Nesse sentido, arquitetos e urbanistas podem direcionar seus projetos para criar soluções que contribuam significativamente para esse objetivo.
Como projetar ginásios e arenas esportivas?
Bem-estar, combate ao sedentarismo, saúde mental e, até mesmo, inclusão social. Ao ser palco de práticas esportivas e culturais, os ginásios possuem um relevante papel para a sociedade. Pensar este espaço de forma adequada para receber esportistas e a comunidade de forma confortável, ao mesmo tempo que se busca por um diálogo com o entorno e uma identidade própria, é papel do arquiteto por trás do projeto.
Autoconhecimento mediado pelo espaço: neuroarquitetura a serviço do "mindfulness"
A “atenção plena”, também conhecida como mindfulness, é a prática de se concentrar completamente no presente. Nessa prática meditativa, as preocupações com passado e futuro dão lugar à uma consciência avançada do agora, que inclui o despertar do autoconhecimento mediado pela percepção de sentimentos, sensações e ambiente.
Nesse contexto de despertar para o autoconhecimento, o poder do ambiente construído de servir como local de refúgio não pode ser descartado. Apesar do convívio social ser tão importante para a manutenção da saúde da espécie humana, privacidade e espaços de refúgio também são necessários.