URB revelou planos para desenvolver a cidade mais sustentável da África, um empreendimento que pode acolher 150.000 habitantes. Conhecida como The Parks, a cidade planeja produzir 100% de sua energia, água e alimentos no local por meio de biodomos, geradores ar-água movidos a energia solar e produção de biogás. O projeto de 1.700 hectares contará com centros residenciais, médicos, ecoturísticos e educacionais a fim de se tornar um contribuinte significativo para a crescente economia verde e tecnológica na África do Sul.
Biodesign: O mais recente de arquitetura e notícia
URB revela projeto para a maior cidade sustentável da África
10 Startups que estão criando materiais de construção inovadores e sustentáveis
A indústria da construção é uma das maiores poluidoras do mundo, com algumas pesquisas dizendo que 38% de todas as emissões de CO2 estão ligadas a ela. Como resposta, arquitetos, designers e pesquisadores estão tomando medidas para reduzir sua pegada de carbono durante e após a construção. Muitas iniciativas atuais se mostram interessadas em analisar materiais de construção para encontrar soluções de baixo carbono e reduzir os impactos da profissão.
Um dos campos de pesquisa mais proeminentes diz respeito à biofabricação, um tipo de processo que envolve o uso de organismos biológicos para a confecção de materiais. Ao se compreender as habilidades de organismos como algas de fungos, materiais amplamente utilizados poderão ser substituídos por alternativas de carbono neutro ou até carbono negativo. Outras iniciativas buscam, ainda, novas maneiras de usar recursos inexplorados, mas prontamente disponíveis, como areia do deserto, terra ou resíduos de demolições.
A cidade como organismo
A natureza tem sido continuamente considerada uma musa inspiradora para os arquitetos. Cores e formas do mundo natural encontram-se embutidas em construções artificiais. Os edifícios também são moldados por padrões de vento e sol, topografia e vegetação. Enquanto a arquitetura é alimentada pelos efeitos da natureza, os edifícios têm sido propostos como objetos inertes que permanecem estáticos num mundo em evolução biológica. As “selvas” de concreto antropocêntricas são desprovidas de vida, separando os humanos dos ambientes naturais e causando desequilíbrios que se manifestaram em forma de pandemias. Mas, como seriam as cidades se não houvesse fronteiras entre humanos e ecossistemas?
Bio-urbanismo: cidades do futuro inspiradas na natureza
Se pensarmos em uma cidade como um organismo vivo, o que podemos aprender da natureza sobre como gerenciar um sistema tão complexo? Podemos aplicar ideias da biologia para construir cidades melhores e mais sustentáveis? E se sim - quais poderiam ser essas ideias?
O emocionante campo do bio-urbanismo tenta responder a essas perguntas explorando a interseção entre as cidades e o mundo natural ao nosso redor.
Bioengenharia e o futuro da arquitetura
Poderia um abrigo emergencial também proporcionar alimentos aos seus usuários? Conseguiremos produzir mobiliários comestíveis? Será possível mesclar mobiliário e agricultura em um único dispositivo?
São questões como estas destacam o estúdio de biodesign Terreform ONE (Open Network Ecology) de outros coletivos e estúdios. Em vez de encarar o design como meio de encontrar a solução para um problema, suas estruturas e mobiliários buscam abordar muitas questões que afetam o planeta de uma única vez. Precisa-se de uma estrutura para refugiados e, ao mesmo tempo, encontrar uma fonte de proteínas para eles? Por que não construir uma casa que seja também um local de cultivo de grilos?