Sete mulheres e dois canos de Pole Dance se unem numa coreografia perfeitamente sincronizada por Michel Gondry, exibida num percurso através do bairro de Front-de-Seine, em Paris. A área pertence ao Distrito XV, junto ao rio Sena, e é caracterizada por reunir uma interessante mostra de arquitetura brutalista, resultado de um projeto urbano de 1970 que permitiu reabilitar uma antiga zona industrial que possui 20 torres de até 100 metros de altura.
Os edifícios foram projetados pelos arquitetos Henri Pottier e Raymond Jules Lopez, e são construídos sobre uma plataforma elevada que é animada por uma série de composições geométricas estendidas sobre o pavimento. O vídeo nos permite identificar vários destes edifícios e utiliza a notável configuração urbana para fabricar a coreografia.
O segundo episódio da série "Classic Japan" mostra o Centro de Conferências Internacionais de Kyoto, projetado em 1966 por Sachio Otani. Local onde foi assinado o protocolo de Kyoto em 1997, o centro de conferências de Otani se desdobra em direção ao lago Takaragaike através de uma série de caminhos de concreto que compensam o peso da obra brutalista. Filmado e editado por Vincent Hecht, arquiteto e cineasta francês que atualmente vive em Tóquio, a série foca na arquitetura japonesa produzida entre 1950 e 1980.
O estúdio polonês Zupagrafika lançou uma coleção de cinco modelos de papel que representam a arquitetura brutalista de Londres dos anos 1960 e 70. Espalhadas pelos bairros de Camden, Southwark e Tower Hamlet, o passeio pelas estruturas de concreto aparente (de papel) começa com as icônicas Balfron Tower e Space House, passa pelos edifícios Robin Hood Gardens e Aylesbury Estate, e termina com um clássico dos painéis pré-fabricados, o Ledbury Estate.
A série "Brutal London" é o modo singular que o Zupagrafika encontrou para catalogar a arquitetura moderna londrina que corre o risco de ser demolida.
O famoso edifício brutalista escocês, o Seminário St. Peter, abandonado há 25 anos, está sendo redescoberto através da tecnologia dos drones. O edifício, projetado originalmente por Gillespie, Kidd & Coia em 1966 e muito inspirado na obra de Le Corbusier, recebeu recentemente um novo sopro de vida. O escritório londrino Avanti Architects, juntamente com ERZ Landscape Architects e NORD Architects, de Glasgow, divulgou recentemente as primeiras imagens de seus planos para trazer de volta à vida o icônico edifício. Essa filmagem não apenas dá uma ideia de quão deteriorada está a estrutura em seu estado atual, mas também sugere a possibilidade do edifício se tornar no futuro um centro de artes.
Para celebrar o início de 2015, Xinran Ma, um arquiteto e ilustrador de Nova Iorque, criou esse cartão brutalista de boas festas. Baseando seu trabalho em mais de 50 clássicos da arquitetura moderna e brutalista, esse cartão apresenta elementos de edifícios icônicos, alterados e adaptados para criar uma espécie de tipografia.
Xinran diz que os edifícios que ilustra têm, todos, uma infeliz característica em comum: "são extremamente atraentes e inspiradores para mim", diz ele, mas "ironicamente foram sendo, de algum modo, gradualmente esquecidos." Como resultado, as ilustrações que ele produz não são apenas um hobby, mas em parte uma obrigação que sente "de defender, registrar e difundir os clássicos que, acredito, são imortais." Xinran compartilhou conosco 18 dessas ilustrações que pretendem difundir para o mundo esses edifícios. Dê uma olhada em cada um delas, a seguir.
No dia 29 de setembro, próxima segunda-feira, a professora e pesquisadora Ruth Verde Zein lançará seu livro "Brutalist Connections". O evento acontecerá na livraria Bookstore, localizada na Sede do Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil, às 19h.
As estruturas porticadas desta obra dão seguimento a idéias exploradas nos Ginásios de Itanhaém e Guarulhos, mas aqui com um porte e complexidade estrutural e formal muito mais amplo, onde o desenho do pórtico em elaboração e tridimensionalidade.
https://www.archdaily.com.br/br/626874/classicos-da-arquitetura-anhembi-tenis-clube-joao-batista-vilanova-artigas-e-carlos-cascaldiRuth Verde Zein
Em 23 de junho 2015, Vilanova Artigas completaria 100 anos. A data está no período compreendido entre a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, realizados no Brasil. Esses eventos naturalmente movimentarão o mercado da construção civil na agenda de governos, da sociedade civil e jogam luz sobre as condições de mobilidade urbana e promovem a reflexão sobre a dinâmica da vida nas cidades.
Artigas anteviu a arquitetura e o urbanismo como ferramentas indispensáveis para a transformação da realidade das cidades brasileiras. Propôs soluções na prática de seu processo criativo como arquiteto, como professor e intelectual. Seu legado vanguardista não só permanece atual, como está mais efervescente do que nunca.
Veja a seguir mais informações sobre o projeto Artigas 100 anos e sobre o Programa de Patronos.
Em 2015 será comemorado o centenário de Vilanova Artigas, figura central no ensino e prática da arquitetura moderna brasileira. Em homenagem aos cem anos do arquiteto, sua família está produzindo o filme “Artigas 100 anos”, que pretende transformar história da vida e obra do arquiteto numa cinebiografia.
A homenagem se dividirá em quatro vertentes: a cinebiografia, com o título provisório de “Vilanova Artigas: As Cidades como as Casas, as Casas com as Cidades”; o site oficial, com a disponibilização do acervo profissional e pessoal do arquiteto; o livro, que reunirá as obras mais relevantes e influenciadoras de Vilanovas; e a exposição, que será promovida pelo Itaú Cultural, que levará ao público o processo criativo do arquiteto.
Jonathan Meades, do jornal The Guardian, elegeu os ícones do Brutalismo em uma provocante lista de A a Z que vai de Hans Asplund, que cunhou o termo "nybrutalism", à fascinação californiana nos anos 1960 com ornamentos em estilo Zapoteco. Veja a lista completa e descubra por que a cidade de Quebec, o arquiteto iugoslavo Janko Konstantinov e o dinamarquês Jørn Utzon estão na lista.
No dia 1º de Março, às 9h, acontecerá no Auditório do Centro de Educação da UFPE a palestra "Modernidade Madura, Conexões Brutalistas: Patrimônio e Legado nos Anos 1955-75", ministrada pela professora Ruth Verde Zein *.
O designer e fotógrafo paulistano Fernando Pires realizou ano passado uma série fotográfica no icônico Sesc Pompéia, uma das mais expressivas obras da arquiteta Lina Bo Bardi.
Partindo da obra arquitetônica - um projeto brutalista onde duas cores, o vermelho e o cinza do concreto, se unem com harmoniosamente – o fotógrafo faz uma releitura bastante pessoal em um ensaio que explora a simetria e busca transmitir a sensação de conforto visual.
O ensaio mostra profundo respeito pela obra da arquiteta, entretanto, através da linguagem da fotografia, cria narrativas outras que têm como base o próprio edifício do Sesc Pompéia.
Veja a seguir algumas das fotografias deste ensaio
A década de 1960 transborda seus limites temporais; estes anos estão mais vivos do que nunca. Apesar das notícias em contrário, a modernidade também segue viva, se bem tenha passado, ao longo do século, de vanguarda a tradição. E se bem consideradas, muitas das práticas correntes do cenário profissional arquitetônico e urbano atual tem suas raízes e fundamentos preferencialmente no patrimônio e legado dos otimistas, progressistas e variados anos 1955-75.
Uma plataforma habitável semienterrada, cuja cota superior estaria posicionada a meia altura em relação ao transeunte da Rua Colômbia, abriga boa parte do programa solicitado e pode ser entendida como uma continuação do piso urbano, qual praça semi-elevada e aberta, possibilitando franco acesso às arquibancadas do ginásio coberto; desde o clube, a praça é também mirante, terraço que devolve ao uso comum a área livre e aberta anteriormente existente e agora ocupada pelo ginásio, realizando assim o entendimento corbusiano do teto-jardim como instrumento de recuperação urbana do espaço privativamente ocupado da cidade.
X SEMINÁRIO DOCOMOMO BRASIL ARQUITETURA MODERNA E INTERNACIONAL: conexões brutalistas 1955-75
O DOCOMOMO é uma organização não-governamental, com representação em mais de quarenta países, fundada em 1988, na cidade de Eindhoven, Holanda. É uma instituição sem fins lucrativos, atualmente sediada na Fundació Mies van der Rohe, em Barcelona.
Dentro do amplo debate sobre o projeto de Feilden Clegg Bradley para redesenhar o Southbank Centre em Londres, uma questão que por vezes tem sido ignorada pela mídia de arquitetura é a proposta de relocar a pista de skate da galeria subterrânea do Queen Elizabeth Hall em um espaço nas proximidades da ponte Hungerford.
Como era de se esperar, essa decisão provocou uma petição que acabou coletando cerca de 40.000 assinaturas para salvar um dos pontos de skate mais famosos do Reino Unido. Nós já falamos sobre como skatistas podem ensinar arquitetos sobre a compreensão do espaço; entretanto, neste caso, eu gostaria de examinar como skatistas, enquanto uma entidade (sub)cultural, interagem com a cidade, e como a cidade pode atender suas necessidades. Apesar de muitos arquitetos já serem a favor da aceitação dos skatistas nos espaços públicos, espero explorar por que a comunidade em geral tende a vê-los como um problema a ser resolvido, e o que isso pode revelar sobre a proposta para o Southbank Centre.
Continue lendo para saber mais sobre a maneira peculiar como os skatistas experienciam a cidade.
A maior parte dos estacionamentos é gratuito - mas isso não significa que não têm um custo elevado. Um podcast recente da Freakonomics Radio examinou os estacionamentos nas cidades americanas, investigando o "custo de estacionamentos não pagos pelos motoristas" - um custo pago não só pelo governo, mas pelo meio ambiente - devido ao congestionamento e poluição causados pelas pessoas que procuram uma vaga. Por exemplo, em uma área de quinze quarteirões em Los Angeles, a distância percorrida pelos motoristas procurando por vagas é equivalente a uma viagem atravessando o EUA por dia.
Uma solução potencial discutida em um projeto de San Francisco chamado SF Park, faz uso de sensores para medir a demanda por estacionamento em certas áreas da cidade e ajustar o preço de acordo com a demanda. Em teoria, isto criaria um pequeno número de espaços vazios em cada quarterão e reduziria drasticamente o tempo que muitos motoristas gastam procurando por vagas.
Apesar da ideia ser uma inteligenteabordagem ao problema de estacionamentos nas ruas, esta conversa sobre oferta, demanda e valores mais parece uma solução elaborada por um economista. O que os projetistas podem fazer para ajudar nesta situação?
Talvez, a partir da perspectiva do projetista, o verdadeiro problema dos estacionamentos nas ruas é que eles são sempre vistos como conjuntos a um edifício ou a uma região da cidade. Houve uma série de tentativas de arquitetos - algumas bem sucedidas outras tragicamente falhas - de tornar os estacionamentos um destino em si, ao invés de serem rupturas no tecido das cidades. Poderiam estas ideias apontar para outra direção?
Saiba mais sobre 3 exemplos de estacionamentos como eram no passado, e uma possibilidade futura, após o intervalo...