Com os hospitais nos Estados Unidos cada vez mais lotados devido à pandemia do COVID-19, a startup JUPE HEALTH está criando uma série de unidades móveis para lidar com a falta de leitos. Segundo a equipe, o projeto foi concebido como unidades de repouso e recuperação que podem ser rapidamente implantadas, mas também podem servir como UTIs móveis.
Cameron Sinclair: O mais recente de arquitetura e notícia
JUPE HEALTH projeta módulos móveis de terapia intensiva para atender a demanda causada pelo COVID-19
5 Iniciativas que mostram a ascensão da arquitetura open source
Na arquitetura, talvez a mudança mais marcante do século XX foi o repensamento radical do fornecimento de habitação que trouxe, movido por uma explosão populacional e pela devastação de duas guerras mundiais. Claro, a revalorização do desenho e construção de habitação do Modernismo foi uma parte desta trajetória, mas mesmo o Modernismo foi sustentado por um processo tradicional, que precisava de clientes, projetistas e empreiteiros. Entre estratégias mais radicais estão um pequeno número de empreendimentos alternativos, como as casas encomendadas pelo correio nos EUA e os projetos de casas DIY (sigla para Do It Yourself, algo como faça você mesmo) de Walter Segal no Reino Unido. Estas iniciativas procuram virar o processo tradicional de construção de cabeça para baixo, capacitando as pessoas a construírem suas próprias casas, proporcionando materiais e projetos o mais barato possível.
No século XXI, o espírito destes movimentos marginais está vivo e passa bem, mas os parâmetros mudaram um pouco: com o aumento do individualismo, e novas tecnologias provocando o "movimento do criador," o foco mudou de dar às pessoas os materiais para construir um projeto fixo para melhorar o acesso à propriedade intelectual, permitindo que mais pessoas aproveitem destes projetos baratos e efetivos. A década passada presenciou uma série de iniciativas destinadas a difundir projetos de arquitetura open source (código aberto) - continue a seguir para saber mais sobre cinco deles.
RE:BUILD: como construir um abrigo emergencial com andaimes e materiais locais
RE:BUILD é um sistema construtivo projetado e desenvolvido por Pilosio Building Peace com o objetivo de construir rapidamente acampamentos para refugiados e espaços de assistência em situações emergenciais. O sistema é compostos por estruturas modulares temporárias que podem se converter em uma casa, uma escola, um posto de saúde, um refeitório ou qualquer outro espaço necessário em caso de emergência.
Escolas para crianças refugiadas na Jordânia construídas com andaimes e areia
Utilizando o solo "sob seus pés" a organização Pilosio Building Peace, juntamente com os arquitetos Pouya Khazaeli e Cameron Sinclair, desenvolveu o projeto RE:BUILD, um sistema construtivo que permite edificar estruturas seguras e confortáveis em campos de refugiados. O sistema permite a construção de edificações temporárias de alta qualidade através do uso de painéis feitos a partir de andaimes e telas metálicas, que são, então, montados e preenchidos com cascalho, areia ou terra, criando ambientes internos bem isolados e de baixo custo.
A estrutura pode ser usada em hospitais, habitações e outros tipos de edificação, porém, apresentamos a seguir duas escolas construídas a partir desse sistema na Jordânia
Projete como se você se importasse: O legado de Architecture for Humanity
Na introdução do livro da Architecture for Humanity, Projete como se você se importasse (2006), Cameron Sinclair relata a história desde os primórdios da organização. Em tom meio irônico mas ao mesmo tempo sério, ele descreve o dia em que, trabalhando na Architecture for Humanity com apenas um telefone celular durante seu expediente na Gensler, foi contatado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que lhe disse que a Architecture for Humanity estava em uma lista de organizações que podem ser capazes de ajudar uma potencial crise de refugiados no Afeganistão.
"Espero que seja uma longa lista", diz Sinclair. "Não", foi a resposta.
"Gostávamos de pensar que era porque já havíamos nos tornado uma voz para o projeto humanitário - um elemento inesperado no movimento da arquitetura socialmente consciente", escreve Sinclair sobre o incidente. "A triste verdade é que, até 1999, quando nossa organização incipiente começou junto com várias outras, não havia recurso de projeto facilmente identificável para abrigos temporários contra desastres."
Agora, após seu fim repentino e nada cerimonioso, a Architecture for Humanity tornou a arquitetura um mundo muito diferente daquele que entrou há quase 16 anos.
Architecture For Humanity fecha sua sede em San Francisco
Segundo publicado pelo SFGate, no dia 01 de janeiro a organização Architecture for Humanity demitiu todos os seus funcionários e fechou as portas de sua sede em San Francisco. Embora não tenha sido divulgado nenhum comunicado oficial da organização, a notícia alcançou uma grande abrangência, com os fundadores Cameron Sinclair e Kate Stohr emitindo uma declaração dizendo que estão "profundamente entristecidos" com as notícias, e incitando que outras sedes da organização em todo o mundo "continuem fazendo seu tão necessário trabalho."
Quem protege os direitos de propriedade intelectual de uma obra arquitetônica?
Quando uma obra arquitetônica é objeto de propriedade intelectual? Quem são os titulares dos direitos autorais sobre a obra? Em que consistem, exatamente, esses direitos? Essas questões vêm frequentemente acompanhadas de muitos dilemas e representam um dos debates em aberto da disciplina, considerando não apenas a inovação e criatividade exigida em cada projeto, mas também a crise da concepção do arquiteto como criador/produtor de obras.
Nesse sentido, o espanhol Vicente Castillo Guillén estimulou, num recente artigo, o debate a respeito dos direitos de propriedade intelectual sobre as obras arquitetônicas, já que, segundo seu critério, a disciplina "apresenta grandes desequilíbrios internos e não dispõe de estruturas claras para articular com certeza econômica e segurança legal tal inovação, compensando economicamente o mérito."
Junte-se à discussão, a seguir.
Críticas e comentários sobre o Prêmio Pritzker de Shigeru Ban
Ontem convidamos alguns críticos ilustres e colegas de Ban a refletir sobre a conquista do Prêmio Pritzker pelo arquiteto japonês. Curadores, arquitetos, e escritores elogiaram a abordagem e convicção de Ban, descrevendo o que seu trabalho significa para a comunidade arquitetônica. Leia a seguir comentários do co-fundador da Architecture for Humanity Cameron Sinclair, curadores do MoMA Barry Bergdoll e Pedro Gadanho, colegas de classe da Cooper Union, Nanako Umemoto e Jesse Reiser, de Reiser + Umemototo, Ruy Ohtake, entre outros.
Fundadores do "Architecture for Humanity" renunciam para se dedicar a outros trabalhos
"É ótimo ver algo que você criou evoluir até se tornar uma instituição. Estamos animados com o futuro da organização e esperamos continuar ajudando de todas as formas possíveis. "Kate Stohr, cofundador.
Os fundadores do Architecture for Humanity, Kate Stohr e Cameron Sinclair, renunciaram após 15 anos liderando a organização sem fins lucrativos de San Francisco para focar em outras iniciativas. Ao sair, deixaram um plano estratégico de cinco anos, reiterando os objetivos da organização e áreas que necessitam de melhorias. Matt Charney, Presidente do Architecture for Humanity, está confiante de que "a visão de Kate e Cameron e os anos de dedicação deixam a organização em uma sólida posição". Para expandir as operações, os diretores iniciaram a busca por um novo diretor executivo.
Fronteiras do Pensamento: Entrevista a Cameron Sinclair
A figura de Cameron Sinclair rompe com a convencional aspiração do arquiteto tradicional de construir super edifícios ícones.Desde que era um estudante até hoje o criador de Architecture for Humanity trabalha em mais de 25 países.
HelloWood 2012: Arquitetura Social na Hungria
"Fronteiras do Pensamento" com Cameron Siclair e Enrique Peñalosa / Porto Alegre e São Paulo
O Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural múltiplo que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. Através de uma série anual de conferências, o Fronteiras abre espaço para o debate sobre a identidade do século XXI, apresentando pensadores, cientistas e líderes que estão, cada um a seu modo, na vanguarda em suas áreas de pesquisa e pensamento.
Organizado a partir de um curso de altos estudos, dirigido ao grande público, o seminário direciona seu foco para a análise da contemporaneidade e perspectivas para o futuro, tendo como valores básicos o pluralismo das abordagens e o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados. Originários de regiões díspares, com visões distintas e muitas vezes conflitantes, os conferencistas dirigem suas análises para a compreensão deste século, formando, no conjunto de palestras ao longo do ano, uma linha plural e interdisciplinar de pensamento. Desta forma, o projeto busca avaliar tendências, aceitando a provocação destes que são, hoje, os maiores pensadores em atuação. Entrando em seu sexto ano de existência, somam-se mais de 100 conferências realizadas para milhares de espectadores.