À medida que a Bienal de Arquitetura de Veneza apresenta sua 18ª edição intitulada O Laboratório do Futuro, ela se concentra na África como um lugar para testar e explorar possíveis soluções para o mundo. De acordo com a curadora Lesley Lokko, a Bienal explora conceitos arraigados como clima, direitos à terra, decolonização e cultura. Isso nos desafia a questionar como a história da África pode ser uma ferramenta radical para a imaginação e nos lembra da declaração de Stephen Covey: "Viva fora da sua imaginação, não apenas da sua história". O título da bienal é provavelmente a questão mais ambiciosa dos últimos anos e nos obriga a revisitar todas as fronteiras das sociedades históricas do continente, explorar a influência das fronteiras coloniais impostas sobre elas e examinar as identidades que surgiram disso. Devemos considerar como essas identidades podem ser instrumentos de criatividade e, mais importante, reconhecer que cada sociedade africana tem um ponto de vista específico. Esse ponto de vista anseia por colaboração intercultural como uma ferramenta poderosa para a imaginação.
Cape Verde: O mais recente de arquitetura e notícia
Colaboração entre culturas: uma ferramenta para imaginar o futuro da África
Conheça os 20 projetos finalistas do Prêmio Aga Khan de Arquitetura 2022
O Prêmio Aga Khan de Arquitetura (AKAA) anunciou 20 projetos finalistas para a edição de 2022. Concorrendo ao prêmio de US$ 1 milhão, um dos maiores da arquitetura, os 20 projetos localizados em 16 países diferentes foram selecionados pelo júri dentre 463 obras indicadas ao 15º Ciclo de Prêmios (2020-2022). O júri, do qual fazem parte Anne Lacaton, Francis Kéré, Nader Tehrani e Amale Andraos, se reunirá novamente este ano para visitar os projetos e escolher os vencedores.
Renascendo das Cinzas: estudante da Krakow University cria projeto para a Ilha do Fogo
A Bienal de Veneza de 2016 destacou que lidar com desastres naturais pode se tornar uma das maiores preocupações da arquitetura. Mas a natureza tem suas próprios modos de destruição e erupções vulcânicas estão entre os casos mais extremos. Na Ilha do Fogo, o Parque Natural do Fogo, projetado pelo escritório OTO – e eleito como Melhor Edifício do Ano de 2015 pelos leitores do ArchDaily – foi destruído por uma corrente de lava fundida pouco mais de um ano após sua inauguração em 2013. O edifício, que conciliava centro cultural e atividades administrativas, ajudou a ativar a economia na área mais remota da ilha. Depois do desastre, Adrian Kasperski, um estudante da Krakow University, dedicou sua dissertação de mestrado para reabilitar esta área, propondo a expansão das rodovias existentes e trilhas de escalada e desenvolvendo equipamentos para implementar alternativas oferecidas pelo turismo.