A maior parte de nós passa um tempo considerável nas cidades, assim, temos nos dedicado a fazer com que nossa vida nela seja a mais eficiente possível. Um exemplo claro disso é a grande quantidade de aplicativos com mapas que nos ajudam a encontrar o caminho mais rápido ou curto para ir do ponto A ao B. Porém, se traçássemos nossas rotas de outra forma, poderíamos ser mais felizes?
É disso que trata este interessante TED Talk, onde o pesquisador Daniele Quercia apresenta seus "Mapas Felizes".
Imagine uma plataforma onde as pessoas possam apresentar propostas de lei para melhorar suas cidades, outros cidadãos votam por essas iniciativas, a quantidade de votos serve como um "barômetro" para as autoridades e os políticos, então, acatam a estas ideias e as propõem nas câmaras municipais.
Esta plataforma, chamada "Nossas Cidades", já existe no Brasil e está se expandindo por outros países da América do Sul.
Desde o ano de 2010, os arquitetos dinamarqueses do Schønherrdesenvolveram uma série de intervenções urbanas em grande escala durante a época do Festival de Aarhus, o maior festival cultural da Dinamarca. Esses projetos temporários transformaram as ruas e parques em espaços públicos extraordinários, mudando a topografia natural da cidade para atrair e reunir os cidadãos.
Apresentamos aqui seus 4 últimos projetos: "The Forest" (2010), "The City Park" (2012), "The Plaza" (2014) 3 "Bishops Square", que será finalizado em 2016.
Recuperar quatro hectares de espaço desocupado sob a rodovia elevada Gardiner Expressway, em Toronto, é o principal objetivo de “Under Gardiner”, um projeto urbano que tem previsão de ser construído em meados deste ano.
A iniciativa segue a tendência de projetos emblemáticos realizados em outras cidades do mundo - como o icônico High LIne em Nova Iorque, o Baana em Helsinki, e a Plantée Promenade em Paris - que reconhecem o potencial dos espaços vagos e os convertem em novos lugares de encontro para a comunidade.
Mês passado, publicamos a primeira parte de uma seleção de cinco vídeos sobre mobilidade urbana e direito à cidade que pode ser vista aqui.
Desta vez, compartilhamos com vocês outros cinco vídeos que mostram como era a mobilidade há mais de 50 anos em diferentes cidades do mundo, como hoje em dia os habitantes podem se envolver na construção de suas cidades e quais são as práticas que nos servem como referências.
Faixas de pedestres no nível das calçadas ou passarelas elevadas?
A decisão tomadas pelas autoridades das cidades podem ser respaldadas por uma pesquisa feita pelo Instituto de Políticas para o Transporte e Desenvolvimento do México (ITDP), na qual justifica a melhor opção de acordo com dois fatores: o primeiro corresponde a relação entre a velocidade e segurança viária, e o segundo, a acessibilidade e o desenho urbano.
De acordo com estes fatores, o ITDP afirma que o melhor cruzamento para pedestres é aquele que está no nível das ruas porque prioriza a rota dos mesmos e porque são feitos na escala humana. Diferentemente disso, as passarelas são vistas como uma opção que surgiu através do paradigma de priorizar o trânsito dos veículos e, de acordo com dados gerados pelo estudo, não aumentam a segurança dos pedestres.
Além disso, a localização das passarelas não favorece os pedestres, que devem percorrer distâncias mais longas e fazer um esforço maior. Outro fator relevante é que nem todas as passarelas estão desenhadas para as pessoas com mobilidade reduzida e construí-las requer um maior investimento econômico segundo o Instituto. Levando em conta estes dados, o ITDP faz suas recomendações de como se devem desenhar os cruzamentos pedonais no nível da calçada.
O arquiteto e planejador urbano, Jeff Speck, dedica-se a elaborar propostas que têm um objetivo em comum: fazer das cidades lugares mais sustentáveis.
A partir desse enfoque, a maioria de suas ideias convergem na necessidade de que as cidades devem primar pela mobilidade sustentável, tal como aborda em seu livro “Walkable Cities”, em que, dentre outros temas, apresenta oito técnicas para que as cidades sejam mais transitáveis.
Dessa maneira, busca evitar a expansão urbana e mudar a mentalidade, passando de uma cultura centrada nos automóveis a uma que privilegie as caminhadas e o uso da bicicleta como meio de transporte. Seguindo essa ideia, produziu uma série de quatro vídeos onde mostra como pode-se redesenhar as ruas para dar mais espaço aos ciclistas.
A seguir mostramos cada uma das quatro propostas em vídeos.
A Diretora Geral da Unesco, Irina Bokova, anunciou recentemente que Barcelona (Espanha), Medellín (Colômbia) e Montevidéu (Uruguai) fazem agora parte da lista de 47 cidades do mundo que conformam a Rede de Cidades Criativas. Ao passo que Barcelona e a capital uruguaia se qualificam como Cidades Literárias, a cidade colombiana se enquadra na categoria Música.
A Rede de Cidades Criativas foi criada em 2004 pela Unesco e busca estimular a "cooperação internacional com e entre cidades comprometidas a investir na criatividade como motor do desenvolvimento urbano sustentável, da inclusão social e da vitalidade cultural."
Em 1970 vários bairros de Akron, nos estado de Ohio (EUA), foram divididos pela construção da rodovia Ohio State Route 59, mais conhecida na cidade como Innerbelt. Na época, decidiu-se construí-la estimando a circulação diária de 120 mil veículos, todavia, hoje a cifra não passa de 18 mil.
Por este motivo, as autoridades municipais determinaram que um trecho da rodovia próximo ao centro será definitivamente fechado para automóveis a partir deste ano.
Embora não haja planos definidos para o futuro espaço livre de automóveis, uma intervenção urbana realizada em outubro do ano passado transformou o local em um grande refeitório ao ar livre onde mais de 500 pessoas se reuniram para almoçar, demonstrando o potencial do local como ponto de encontro dos habitantes.
Mais da metade da população mundial vive hoje nas cidades e a tendência é que este número aumente nos próximos anos. Tal mudança traz consigo implicações dramáticas que afetam os sistemas de permeabilidade de água no solo, polinização, redução de ruído, purificação do ar e regulações de temperatura, entre outros. Um novo estudo publicado por The Ecological Society of America, baseado em uma pesquisa conduzida pela University of Exeter e pela Hokkaido University, se aprofunda nos modos como a ocupação urbana do solo interfere nos sistemas ecológicos, e como podemos respeitar essas funções essenciais. O principal foco é uma comparação das táticas dicotômicas do espraiamento das cidades dos EUA versus o urbanismo denso e bem definido da Europa.
Saiba mais sobre o estudo e as soluções que ele oferece, a seguir.
Algumas cidades da Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, China e Filipinas colocaram em prática uma estratégia simples, porém eficaz, para purificar a água de seus canais: ilhas flutuantes artificiais construídas para melhorar a qualidade de água e também regenerar o habitat natural e enriquecer a fauna e flora local.
Os idealizadores da proposta são os escoceses Galen Fulford, Michael Shaw e Lisa Shaw, que fundaram em 2008 a companhia Biomatrix Water alguns anos após desenvolverem o projeto Ecovillage International que tinha como objetivo garantir o acesso à água potável em países do hemisfério sul.
A urbanização vem se desenvolvendo num ritmo acelerado, considerado como um processo sem precedentes na história. A esse respeito as Nações Unidas (ONU) alertou em 2013 que essa velocidade é uma ameaça para o desenvolvimento sustentável, colocando em risco a capacidade das cidades em satisfazer as demandas de recursos e serviços da população. Globalmente, estima-se que em 2030 chegar-se-á nos 8,5 bilhões de pessoas, dos quais 60% viverão em centros urbanos.
Por essa razão ONU coordenou a elaboração da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, aprovada na semana passada na Cúpula do organismo, e que conta com 17 objetivos focados em orientar como devem ser os programas ambientais, de bem-estar, econômicos e sociais ao longo dos próximos 15 anos.
A partir desse documento, a engenheira e professora de Meio Ambiente Urbano e Ecologia Humana da Universidade Nacional da Austrália, Xuemei Bai, dedicada a investigar sobre análise e desenvolvimento urbano, resiliência, sustentabilidade e uso do solo, elaborou 10 ideias para se ter cidades mais habitáveis em 2030.
Qual a cidade do mundo tem o sistema de metrô com mais quilômetros? Qual o metrô que transporta mais passageiros ao ano? Quanto custa viajar nos melhores sistemas de metrô do mundo?
Essas são algumas perguntas que o site americano Business Insider, que se dedica a cobrir, principalmente, notícias de economia e tecnologia, responde numa publicação em que menciona quais as principais características de onze sistemas de metrô de diferentes cidades reconhecidos como os melhores a nível mundial.
É possível dar um futuro à indústria no coração da cidade central de Barcelona?
Através do projeto "The New Urban Fabrik", desenvolvido por encomenda da Prefeitura de Barcelona, os arquitetos e urbanistas Eduard Balcells e Honorata Grzesikowska buscam assumir a extensa zona industrial de Torrent Estadella.
O objetivo é gerar novos tipos de manufatura urbana para a área, reconectando-a aos bairros vizinhos por avenidas verdes que recuperam o antigo sistema de "rieres" (rios secos que enchem quando chove), o desenvolvimento de uma nova chave urbanística que permita a aparição de novas tipologias de edifícios industriais de gabarito mais compacto e urbano, e, por outro lado, estratégias de gestão, governo e promoção industrial para facilitar a relação entre os clientes e cidadãos com as indústrias locais.
Há mais de 100 anos os daneses desfrutam de uma cultura ciclista que durante as últimas décadas conferiu-lhes o título de líderes no assunto. Por isso, não é estranho que um dos índices mais respeitados sobre a taxa do uso da bicicleta, a qualidade da infraestrutura ciclista e outros temas relacionados seja elaborado por um escritório local, o Copenhagenize Design Company.
Esta empresa se dedica a assessorar os governos, elaborar planos territoriais e a criar soluções de desenho urbano que têm um objetivo comum: promover o uso da bicicleta como meio de transporte.
Em 2011, este escritório desenvolveu o Ranking Copenhagenize, um estudo de uso interno que escolheu quais são as 20 cidades mais amigáveis do mundo segundo 13 categorias. Dois anos depois, fez-se uma nova edição que, foi de fato publicada, e liderada por Amsterdam, cidade destronada na versão 2015, que apresentaremos neste artigo.
No século XIX, as mulheres começaram a usar a bicicleta como meio de transporte de modo muito mais intenso, e com isso passaram a superar os preconceitos impostos pelos outros quanto ao seu uso.
Assim nasceu uma relação que tornou possível uma libertação dos papéis estabelecidos pela sociedade na época, permitindo democratizar a mobilidade pela cidade e ampliar o escopo de atividades nas quais as mulheres poderiam se envolver e também organizar.
Neste artigo apresentamos três mulheres que desempenharam papéis pioneiros nos EUA quanto à reivindicação das bicicletas.
Semana passada a Prefeitura de São Paulo anunciou um projeto que prevê descontos de até 12% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de edificações ditas “sustentáveis”. A alteração na lei vigente será encaminhada à Câmara dos Vereadores e, segundo o prefeito Fernendo Haddad, não deve enfrentar dificuldade para ser aprovada.
A partir do próximo domingo, 18 de outubro, a Avenida Paulista passará a ser aberta para lazer semanalmente, das 9h as 17h, tendo o tráfego de veículos interrompido quase toda sua extensão. A medida foi aprovada hoje pela Prefeitura de São Paulo e anunciada ainda pela manhã pelo Prefeito Fernando Haddad.
Embora a proposta tenha inicialmente gerado controvérsias, sobretudo devido o bloqueio dos acessos aos hospitais localizados na região, os dois testes realizados pela Prefeitura este ano – o primeiro no dia 28 de junho, quando foi inaugurada a ciclovia no canteiro central da via, e o segundo no dia 23 de agosto, marcando a abertura da ciclovia da Av. Bernardino de Campos – provaram que a abertura da Av. Paulista para pedestres e ciclistas, e consequente fechamento para automóveis, não tem grandes impactos no trânsito da região, com o acesso aos hospitais garantido por ruas transversais. A Prefeitura também esclareceu que o acesso dos moradores locais às suas residências será garantido.