Há poucos episódios tão importantes para a história da arquitetura e do urbanismo quanto foi a Revolução Industrial. Para acomodar a estrutura produtiva que transformou o capitalismo a partir do século XVIII, foi criado todo um sistema de espaços que compreendia, para além das fábricas, centros de processamento de matérias-primas, núcleos de geração e distribuição de energia, armazéns de estocagem e terminais de transporte. No que diz respeito às cidades, tal processo não apenas resultou na destinação de grandes porções do território para acolher as atividades industriais, mas numa transformação multissistêmica que abrangeria as formas de morar, ocupar e deslocar-se no meio urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/926578/arquitetura-des-industrial-8-projetos-que-ressignificam-o-espaco-da-maquinaIsabel Martin
Reabilitar um edifício não é tarefa simples. Além de exigir sensibilidade aguçada para identificar e reconhecer o valor histórico das pré-existências – e, assim, decidir o que perduará no tempo e o que será substituído por elementos novos, coerentes com o programa atual –, trata-se também de uma estratégia que extrapola os limites do desenho e entra em temas como sustentabilidade e economia de meios. Afinal, estamos falando de reciclar uma estrutura, ou partes dela, e isso tem consequências tanto formais quanto ambientais.
Operar em entornos urbanos faz com que, na maioria dos casos, precisemos tomar decisões a respeito das preexistências materiais. O aumento na densidade das cidades afetou diretamente na porcentagem de espaço livre remanescente para desenvolver construções novas e independentes, dando lugar a debates a respeito de qual posição devemos tomar frente ao patrimônio edificado que ficou obsoleto - por detrimento ou incapacidade de satisfazer as necessidades funcionais da população contemporânea. Em situações em que os edifícios estão demasiado deteriorados ou os novos projetos estão longe das possibilidades espaciais que um edifício antigo pode oferecer, preservando apenas a fachada - como um envelope exterior, quase como um elemento epidérmico - pode ser apresentado como uma solução parcial que permite preservar, em parte, o caráter urbano de uma obra se esta tiver algum valor público ou cultural. A controvérsia surge, evidentemente, da falta de relação ou de ligação entre o interior -transformado - e o exterior -preservado.
Cortesia de GOAA - Gusmão Otero Arquitetos Associados
Nós, arquitetas e arquitetos, nos propusemos a refletir sobre os espaços domésticos, protagonistas dos tempos de quarentena que estamos todos atravessando. Nossas reflexões buscam iluminar algumas melhorias viáveis para o bem-estar de pelo menos parte dos moradores da metrópole a partir de nossa própria vivência e se soma a outras tantas iniciativas que repensam a cidade e a moradia no contexto atual.
https://www.archdaily.com.br/br/938957/um-tempo-para-repensar-o-edificio-estrategias-para-coberturas-fachadas-e-terreos-durante-a-pandemiaBeatriz Dias, Clara Troia, Guido Otero e Ricardo Gusmão
Reaproveitar uma pré-existência, atribuindo-lhe novo uso ou simplesmente melhorando suas condições, poder ser uma estratégia inteligente em nosso contexto ambiental de acelerado consumo de recursos. Pensar em modos de recuperar um edifício é tarefa da arquitetura, mas a missão se complexifica quando a pré-existência é imbuída de altos valores e significados culturais e históricos, já que intervir – e alterar – o patrimônio arquitetônico significa redesenhar o passado e prescrever um futuro, que pode ou não conter novos modos de usar a estrutura.
BIM (Building Information Modeling) é uma sigla cada vez mais usual entre os arquitetos. A maioria dos escritórios e profissionais já vem migrando ou planeja mudar para esse sistema, que representa digitalmente as características físicas e funcionais de uma edificação, integrando diversas informações sobre todos os componentes presentes em um projeto. Através dos softwares BIM é possível criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, o que proporciona maior controle de custos, eficiência na obra. Também há possibilidade simular o edifício, entendendo seu comportamento antes do início da construção, e seu respectivo suporte ao projeto ao longo de suas fases, inclusive após construído ou na sua desmontagem e demolição.
Podemos inicialmente apreender o conceito de revitalização como uma prática projetual ou um processo socioespacial liderado estrategicamente por determinados grupos associados ao planejamento urbano contemporâneo. A estruturação da cidade contemporânea depende, de acordo com Meyer (2000), de grandes projetos urbanos estratégicos. O valor estratégico de tais projetos está subordinado, segundo a autora, à sua capacidade de provocar transformações significativas no espaço metropolitano, aumentando seu poder de atratividade e influência. Mais do que simplesmente melhorias urbanas pontuais e específicas, o planejamento urbano contemporâneo se revela, na intencionalidade de seus defensores, como um instrumento capaz de promover a agregação do território metropolitano e de organizar os fluxos que evitam a dispersão funcional e espacial.
Ponte Hercílio Luz. Image Cortesia de Prefeitura Municipal de Florianópolis / Divulgação
A Prefeitura Municipal de Florianópolis e o Governo do Estado de Santa Catarina pretendem inaugurar até o final do ano a primeira fase do projeto de requalificação urbanística da famosa Ponte Hercílio Luz e seus arredores. Chamado Ponte Viva: Hercílio Luz Para as Pessoas, o projeto compreende não apenas a restruturação do emblemático cartão postal como infraestrutura viária, mas também seu uso para outras finalidades, como esporte, lazer e cultura.
A proposta do concurso era criar um Jardim de Infância que pudesse atender o maior número possível de crianças, com idades entre 2 e 5 anos, em um bairro carente de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, a partir de uma iniciativa beneficente promovida pelo Teto e Archsharing.
Vista aérea do Complexo Deodoro, em São Luís (MA). Foto: Meireles Jr.. Cortesia de Iphan
Um espaço público de qualidade, priorizando os pedestres, com urbanismo ordenado, e possibilitando às pessoas vontade de permanecer, usufruir e conviver. Essa foi a premissa que conduziu a primeira etapa das obras de requalificação urbana da Rua Grande, em São Luís, capita do estado do Maranhão, a partir da reestruturação de todo o Complexo Deodoro, que agora permite aos visitantes e moradores uma nova dimensão e percepção das Praças Deodoro e Panteon e das alamedas Silva Maia e Gomes de Castro.
É sempre muito delicado intervir em edificações históricas. Na arquitetura, seja por operações de restauro ou de requalificação espacial, projetos de intervenção são muitas vezes necessários para dar uma “vida nova” a edificações abandonadas ou descaracterizadas, alterando ou qualificando seu uso.
Junto ao desafio de preservar as construções já existentes, tentando não modificar bruscamente o desenho original das mesmas, há ainda o desafio por implantar edifícios ou elementos anexo capazes de atender as necessidades intrínsecas de cada caso, de forma a não “ferir” e/ou descaracterizar as edificações originais.
A humanidade sempre aprecia grandes obras de arte que resistem ao passar dos anos. Este mês, por exemplo, completam-se o 50º aniversário do psicodélico Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles e o 20º aniversário do distópico Ok Computer do Radiohead. Estes marcos psicologicamente satisfatórios geraram uma grande apreciação e nostalgia. Da mesma forma, também adoramos elogiar a longevidade da arquitetura. O AIA, por exemplo, concede anualmente um "Prêmio de vinte e cinco anos" para reconhecer projetos que "resistiram ao teste do tempo" e "exemplificam um significado duradouro da arquitetura". Mas reconhecer um projeto por ano parece pouco. Abaixo, portanto, estão 13 clássicos modernos que, embora não tenham sido bem quistos de início, passaram a ser adorados:
O que o ganhador do prêmio Pritzker, Frank Gehry, recebeu após projetar o Stata Center, um complexo acadêmico para o MIT? Um cheque muito gordo e um processo judicial maior ainda, alegando negligência e quebra de contrato devido a vazamentos, mofo, rachaduras e problemas de drenagem. Às vezes, os desenhos mais inspiradores podem dar errado. E quando isso acontece, alguns clientes entram com processos judiciais. Veja, a seguir, nove curiosos exemplos.
O CENTRO DE CURITIBA 10 ANOS APÓS O PRIMEIRO SEMINÁRIO: REQUALIFICAÇÃO, MOBILIDADE, HABITAÇÃO
A situação atual dos centros tradicionais das cidades brasileiras expressa resultados de ações dos diversos agentes que atuam naqueles espaços, sendo eles de natureza técnica, política, econômica, cultural e social. Nos anos 70 do século XX, a expansão urbana foi responsável por transformações territoriais que alteraram suas características originais, promovendo o esvaziamento populacional e paralelamente a diluição física e funcional do centro, que já não supria as necessidades de uma população em franco crescimento.
Com os rápidos avanços da tecnologia de imagem, os drones nos permitem experienciar nossas cidades e paisagens de pontos de vista e perspectivas inimagináveis. Em sua série de vídeos, o canal Mingomatic, do YouTube, utiliza drones para registrar de cima cenas de algumas cidades dos EUA, oferecendo vislumbres de skylines, oceanos, rodovias e grandes extensões de terra. Assista aos 10 vídeos a seguir e conheça estas cidades a partir de um ponto de vista pouco usual.
https://www.archdaily.com.br/br/870807/conheca-10-cidades-vistas-de-cima-com-estes-videos-registrados-com-dronesOsman Bari