A iniciativa "Soil Sisters" explora como o projeto arquitetônico e o uso de materiais sustentáveis podem contribuir para a nutrição do solo e sua resiliência. Em parceria com a SOM (Skidmore, Owings & Merrill), seus esforços conjuntos resultaram em uma exposição com o objetivo de redefinir nossa compreensão em relação as "práticas ambientalmente conscientes". Intitulada "Soil Sisters: A Ceiling, A Chair and Table, A Wall and a Threshold" (Um Teto, Uma Cadeira e Mesa, Uma Parede e um Limiar), a exposição mostra seu compromisso em redefinir a saúde do solo como um objetivo intersetorial, enfatizando a materialidade e a cor no ambiente construído.
Construção com terra: O mais recente de arquitetura e notícia
WallMakers explora o desperdício e a escassez de materiais na Trienal de Arquitetura de Sharjah 2023
A Trienal de Arquitetura de Sharjah foi inaugurada em 11 de novembro de 2023, com o tema "A Beleza da Impermanência: Uma Arquitetura de Adaptabilidade". Sob a curadoria de Tosin Oshinowo, o foco do programa foi fortemente direcionado ao Sul Global, explorando modelos alternativos que a região pode oferecer no futuro. Um dos destaques da Trienal foi o pavilhão nomeado "Corredor de 3 Minutos" projetado pela WallMakers, que explora nosso desperdício em escala global, investigando metodologias de reutilização de materiais.
Misturando cores naturais da argila e pigmentação artificial em paredes de taipa
A terra compactada é um dos métodos mais antigos de construção de paredes e ainda possui um grande potencial na construção moderna com terra. Um aspecto desse potencial são suas cores e camadas, que se tornam visíveis à medida que as fôrmas são removidas. Como um processo que envolve a compressão camada por camada de cascalho, areia, silte e argila, sua aparência resultante é uma estratificação horizontal de tons de terra, conteúdo material e procedimentos de cura. Essa aparência colorida das paredes de terra compactada pode ser controlada e explorada por meio de padrões, textura, pigmentação e cores naturais da argila, oferecendo uma oportunidade para ampliar seus limites na arquitetura.
Pioneirismo no renascimento da arquitetura de terra: Egito, França e Índia
Os esforços arqueológicos destinados a explorar as civilizações do passado revelaram uma semelhança em todo o mundo, uma forma de arquitetura desenvolvida de forma independente em todos os continentes. As evidências mostram que as comunidades neolíticas usavam solos férteis e argila aluvial para construir habitações humildes, criando o primeiro material de construção durável e sólido da humanidade. A arquitetura de terra nasceu muito cedo na história da humanidade, e as técnicas sofreram um declínio gradual à medida que os estilos de vida mudaram, as cidades cresceram e os materiais industrializados floresceram. A arquitetura de terra tem lugar no mundo do século XXI?
A ciência por trás da resiliência da arquitetura feita com terra
A arquitetura feita com terra passou no teste do tempo: resiste a desastres naturais como furacões e terremotos devido às propriedades estruturais da terra. É uma história antiga que continua a ser contada através de estruturas que resistiram ao tempo. As técnicas indígenas de construção com terra foram pioneiras em muitas civilizações antigas de todo o mundo. As comunidades originalmente construíram abrigos de terra, o material mais acessível a elas, e ensinavam suas técnicas de construção de geração em geração. A arquitetura feita com terra evoluiu buscando compreender cuidadosamente a geografia e as especificidades do lugar onde está inserida. Com práticas aperfeiçoadas ao longo das gerações, é fascinante vê-la mantendo-se resiliente em meio às adversidades.