Estrutura criada a partir de BIM e parametrização. Foto de Chris Palomar, via Unsplash
A Economia Circular tem sido uma prática também aplicada no setor de arquitetura e construção. No entanto, ainda existem barreiras, sejam elas técnicas ou mesmo culturais, durante o processo de projeto das edificações. Para solucionar esse problema, algumas ferramentas podem ser utilizadas para facilitar o processo e possibilitar uma avaliação mais rápida e mais assertiva e analisar como diferentes estratégias de projeto podem trazer em ganhos ambientais, econômicos e sociais.
Tallwood house – Canadá.” Crédito: Cortesia de naturallywood.com
O setor da construção civil é um dos que mais contribuem para a questão das mudanças climáticas, exaustão dos recursos naturais e geração de resíduos. Nessa ótica, é necessário que a forma de pensar as cidades, as edificações e seus diversos elementos sofra alterações. Para isso, é preciso que se mude a forma de pensamento linear para um modelo circular, em que se aumente a eficiência do uso de recursos e diminua a geração de resíduos e poluentes, tornando a cidade e suas construções mais inclusivas, socialmente mais justas e sustentáveis.
Ao conceber um projeto de arquitetura e iniciar uma obra, muitos são os pontos considerados para garantir qualidade e custo-benefício. Entre os pontos chave ponderados, a técnica construtiva a ser adotada é na maioria dos casos o primeiro item a ser avaliado, tanto por questões de execução ao materializar o desenho proposto, quanto ao processo decorrente deste – tempo, custo integral, mão de obra, acabamentos e qualidade final.
Geralmente utilizado em telhados e revestimentos industriais, o policarbonato é um material que, graças à sua resistência, leveza, fácil instalação e permeabilidade ilumínica, tem ampliado seu espectro de usos tanto na arquitetura residencial como educacional.
A indústria da construção civil movimenta uma quantidade enorme de recursos, emprega milhões de pessoas e é um termômetro da situação econômica dos países. Se a economia vai mal, a construção civil encolhe, e vice-versa. Mineradoras, empreiteiras, fabricantes de materiais, arquitetos, engenheiros, governos, imobiliárias, etc. São muitos os agentes que participam direta e indiretamente desse meio. Mas esse também é considerado um dos setores mais atrasados e resistentes à adoção de novas tecnologias, replicando modos de fazer pouco eficientes com o passar dos anos e grandes taxas de desperdícios. Um estudo da McKinsey & Company mostrou que, diferentemente de outras indústrias, a produtividade do setor manteve-se estável nos últimos anos, mesmo com todo o aporte de tecnologia que ocorreu.
Com a intenção de maximizar os vãos disponíveis e diminuir custos de construção, pesquisadores do Departamento de Arquitetura da ETH de Zurique criaram uma laje de concreto que, com uma espessura de apenas 2cm, é estrutural e simultaneamente sustentável. Inspirado pela construção de abóbadas catalãs, este novo sistema de lajes substitui barras de aço reforçadas por nervuras verticais estreitas, reduzindo significativamente o peso da estrutura e garantindo a estabilidade para resistir às distribuições irregulares em sua superfície.
Ao contrário dos pisos de concreto tradicionais que são evidentemente planos, estas placas são projetadas para arquear e suportar cargas principais, reminiscente dos tetos abobadados encontrados em catedrais góticas. Sem a necessidade de reforços de aço e com menos concreto, a produção de CO2 é minimizada e os pisos de 2 cm resultantes são 70% mais leves do que suas contrapartes típicas de concreto.
https://www.archdaily.com.br/br/869387/tecnicas-construtivas-goticas-inspiram-o-desenvolvimento-de-lajes-leves-de-concreto-na-eth-zurichOsman Bari
A experimentação em arquitetura é o que impulsiona a disciplina para frente. Em um cenário ideal,na fase de planejamento de um projetosão realizadas cuidadosas investigações numa colaboração entre o arquiteto, o empreiteiro e o cliente para que a ideia inicial seja executada de forma tranquila e, finalmente, o produto final seja bem-sucedido. Mas não é incomum, mesmo para os arquitetos mais qualificados,cometer erros ao longo do processo,seja por conta de uma redução de orçamento, imprevistos, falta de supervisão, ou qualquer coisa neste sentido. De alguma forma, todos os projetos aqui caem na categoria de experiências que falharam, mas alguns também se tornaram potenciais modelos para revitalização de edifícios existentes, ao invés de resultar em demolição e reconstrução (o que seria menos sustentável). Continue a leitura para descobrir o que deu errado nestes notáveis desastres.
Uma das maiores condicionantes da construção civil é o orçamento; grandes ideias e propostas inovadoras podem simplesmente encontrar a barreira econômica e nela ficar, sem nunca sair efetivamente do papel. Com o objetivo de ajudar arquitetos, engenheiros e construtores a melhor organizar os orçamentos de obras, Antônio Fascio, formado em sistemas de informação, fundou a OrçaFascio.
https://www.archdaily.com.br/br/922287/startup-cria-software-que-calcula-quanto-voce-vai-gastar-em-uma-obraEquipe ArchDaily Brasil
A SEMANAU – SEMANA DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UFERSA é um evento promovido pelo primeiro curso público de Arquitetura e Urbanismo do semiárido, na Ufersa Campus Pau dos Ferros, com a coordenação dos docentes do curso Tamms Morais e Gabriel Leopoldino, cujo objetivo principal está alocado na aproximação dos discentes de uma Universidade Pública do interior do Estado do Rio Grande do Norte com profissionais, estudantes e pesquisadores da Arquitetura e Urbanismo e áreas correlatas.
Os revestimentos em granilite são produzidos através da base cimentícia (areia, água e cimento) com grânulos de pedras naturais diversas, e podem ser aplicados em qualquer tipo de superfície horizontal ou vertical. A técnica, produzida a partir de um processo totalmente artesanal, foi amplamente aplicada nos edifícios modernos espalhados por todo o mundo e tem como sua principais vantagens sua durabilidade, resistência (à água e abrasão) e fácil manutenção sendo comumente aplicado em pisos de casas e halls de prédios residenciais e comerciais.
Atualmente, apresenta-se como uma forte tendência da arquitetura contemporânea. É possível confirmar isso observando as diversas marcas que tem apresentado produtos para casa e decoração fabricados a partir da técnica ou que, pelo menos, fazem referências à ela.
jeffsmallwood on Visual hunt / CC BY-NC-SA. Image via Visual Hunt
O Laboratório de Experimentação com Bambu da UNESP - Bauru compartilhou conosco o trabalho desenvolvido pelo arquiteto Roberval Bráz Padovan que pesquisou sobre as conexões construtivas em bambu. Além da análise de diversas possibilidade de conexões construtivas, Roberval apresenta no final a proposta de um componente para treliça espacial. A dissertação foi apresentada em 2010 na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP - Bauru, com orientação do Prof. Dr. Marco Antônio dos Reis Pereira e co-orientada por Prof.ª Dr.ª Paula da Cruz Landim. Veja abaixo o resumo do auto.
https://www.archdaily.com.br/br/918110/o-bambu-na-arquitetura-design-de-conexoes-estruturaisPedro Vada
Uma inovação tecnológica está revolucionando uma das profissões mais antigas do mundo. A realidade aumentada mal chegou e vem transformando a maneira como se fazia construção civil nos últimos séculos. A mudança não é apenas ao projetar e modelar, mas também ao construir. A realidade aumentada beneficia engenheiros, designers, arquitetos, gerentes de projetos, provedores de serviços - e toda a equipe de construção.
Diferente da realidade virtual, que cria um ambiente totalmente novo e independente do mundo real, a realidade aumentada inclui elementos virtuais que interagem com o que já existe. Assim é possível unir projetos arquitetônicos virtuais à realidade do canteiro de obras - aumentando a eficiência e precisão, reduzindo a ocorrência de erros e economizando tempo, dinheiro e recursos.
Materiais, produtos e sistemas construtivos estão em constante evolução e seguem novas tecnologias, descobertas e tendências de mercado. A questão é: nós, como arquitetos, estamos evoluindo com eles? Lemos sobre robôs trabalhando em canteiros de obras, materiais responsivos e inteligentes e o contínuo aumento da impressão 3D, mas será que tudo isso se torna ruído branco quando se inicia um novo projeto? Mais importante ainda, esses novos sistemas poderiam continuar progredindo sem levar em conta a qualidade de vida das pessoas, com sensibilidade e eficácia?
Como devemos usar os materiais - tanto em suas formas tradicionais quanto em suas futuras concepções - para que nossos projetos estejam contribuindo de maneira relevante para como estamos habitando nosso planeta?
Para evoluir, precisamos saber como. Então vale a pena começar uma discussão sobre esses assuntos.
A maioria dos materiais que usamos na construção de nossos projetos tem formas e dimensões que visam facilitar seu armazenamento, transporte e instalação, sendo constituídos, em sua maioria, por modulações ortogonais. Esses ângulos retos nem sempre se encaixam na irregularidade de nossos projetos, nem coincidem exatamente quando encontram materiais de formas orgânicas ou outros elementos específicos, como dutos, pilares ou móveis.
Esta ferramenta simples permite copiar, duplicar e medir contornos complexos para que os materiais se adaptem perfeitamente a outros elementos. Seus 'dentes' móveis devem ser pressionados contra o perfil para obter um modelo de sua forma, gerando moldes que permitirão cortar e ajustar o material original com precisão. Assim, a ferramenta pode até ser útil para replicar o reparar detalhes exclusivos em restaurações ou reformas.
Este é o momento no qual nos projetamos ao futuro para definir as metas e focos de nossa carreira ao longo do ano que começa. Com o objetivo de ajudar os arquitetos que consultam o ArchDaily diariamente, realizamos a seguinte lista com as ideias que mais ecoaram durante 2018 e que, portanto, serão os temas que devem seguir desenvolvendo-se durante 2019.
Apenas no ano passado, mais de 130 milhões de usuários descobriram no ArchDaily novas referências, materiais e ferramentas que permitem aprimorar o desenvolvimento da arquitetura e melhorar a qualidade de vida de nossas cidades e entornos construídos. Quando nossos usuários começam a coincidir em suas buscas de informação ou demonstram maior interesse por um tema em relação a outros, estes tópicos passam a ser uma tendência.
https://www.archdaily.com.br/br/910567/as-tendencias-da-arquitetura-em-2019Pola Mora
Fundindo a realidade aumentada com o espaço físico, a empresa Fologram busca facilitar a construção de projetos complexos - por exemplo, projetos paramétricos que exigem uma série de medições, verificações e cuidados específicos - através de instruções digitais que se sobrepõem virtualmente ao espaço de trabalho, dirigindo os pedreiros passo a passo durante o processo de construção.
'Centros de pesquisa e grandes empresas vêm trabalhando com robôs industriais para automatizar essas difíceis tarefas de construção. No entanto, os robôs não se adaptam bem a ambientes imprevisíveis, e mesmo os algoritmos de visão mais sofisticados não conseguem igualar a intuição e a habilidade de um pedreiro treinado ", comentam seus criadores.
Arte e Tecnologia: grandes aliadas, com Edson Pavoni – a sensibilidade artística como aliada na criação empresas e projetos que toquem, transformem e ajudem as pessoas a dar significado ao mundo à sua volta. Como a arte e tecnologia, unidas à emoção, podem mudar nosso ambiente?
A Tegra, incorporadora do Grupo Brookfield, traz Eduardo Borém para a Casa Tegra. Formado em desenho industrial pela Universidade de Brasília e sócio do escritório Borém e Borém design e interiores, o designer sempre envolvido em projetos multidisciplinares e criativos em decoração, mobiliário, música, fotografia, texto, poesia e artes visuais. Eduardo traz para a Casa Tegra um papo sobre o papel do design na ressignificação de ambientes e objetos, explicando como unir técnica, funcionalidade e estética com emoção.
A Casa Tegra está localizada na rua Oscar Freire, 1009, em São Paulo, e foi criada com o objetivo de