O Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 é um convite para arquitetos de todo o mundo se reunirem em Copenhague para explorar e comunicar como a arquitetura influencia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) da ONU. A Seção Científica do Congresso Mundial da UIA foi encarregada de desenvolver a agenda Futuros Sustentáveis - Não Deixe Ninguém Para Trás. Por mais de dois anos, seu Comitê Científico Internacional vem analisando as várias maneiras pelas quais a arquitetura responde aos SDGs. O trabalho resultou na formulação de seis temas: adaptação climática, repensando os recursos, comunidades resilientes, saúde, inclusão e parcerias para a mudança. O ArchDaily está colaborando com a UIA para compartilhar artigos referentes aos seis temas e se preparar para a abertura do Congresso em 2 de julho de 2023.
Copenhague: O mais recente de arquitetura e notícia
Congresso Mundial de Arquitetos UIA 2023 anuncia 6 temas de sua agenda
Como Amsterdã usa a economia da rosquinha para criar estratégias equilibradas para pessoas e meio ambiente
Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.
Como a gastronomia ativa espaços comunitários em Copenhague
Através de sua nova culinária nórdica, a cena gastronômica em Copenhague vem crescendo em popularidade e se tornando um grande atrativo para habitantes e visitantes. A sua gastronomia enraizada e sazonal, bem como os seus conceitos tradicionais de convívio, tornam qualquer experiência gastronômica na cidade uma experiência holística, uma vez que está ligada aos produtos e, claro, ao ambiente. Uma refeição agradável, naquela que é uma das cidades mais alegres do mundo, requer um lugar, um projeto e planejamento específicos que alimentem atividades comunitárias e de lazer. Esses espaços deverão se tornar ainda mais cobiçados, já que Copenhague sediará o Congresso Mundial de Arquitetos UIA.
O futuro da mobilidade tem duas rodas: a arquitetura "bike-friendly" de Copenhague
Tecnólogos ambiciosos afirmam há décadas que os carros autônomos são o futuro. No entanto, nos últimos anos, a maior revolução veio dos veículos de duas rodas, não de quatro. Alimentados pela pandemia, aumento dos preços do petróleo, mudanças climáticas e o desejo de estilos de vida mais saudáveis, vivemos agora no meio de um renascimento da bicicleta. Mas para entender como chegamos até aqui, é fundamental olhar para trás. Quando o automóvel foi difundido no início dos anos 1900, rapidamente se tornou um símbolo de progresso com tudo o que ele implicava: velocidade, privatização e segregação. Adotando uma abordagem centrada no carro, os urbanistas tiveram que reorganizar cidades inteiras para separar o tráfego. Os carros ocuparam os espaços públicos que costumavam abrigar a vida dinâmica da cidade e estacionamentos, rodovias e postos de gasolina tornaram-se paisagens comuns. Os pedestres que antes dominavam as ruas foram conduzidos para as calçadas e as crianças relegadas a playgrounds cercados. Ironicamente, as cidades estavam sendo projetadas para carros em vez de seres humanos.
Paisagens costeiras do futuro: o pavilhão dinamarquês na Bienal de Veneza de 2023 tem curadoria de Josephine Michau
O Pavilhão da Dinamarca anunciou Josephine Michau como curadora da exposição Imaginários da Costa para representar a Dinamarca na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. A exposição destaca soluções de design baseadas na natureza para aliviar os desafios globais como a elevação do nível do mar e as enchentes. A equipe por trás da exposição representa uma colaboração entre o escritório de arquitetura paisagística Schønherr e pesquisadores, artistas, organizações comerciais dinamarquesas e instituições científicas. O assunto selecionado se alinha com o tema abrangente da bienal, Laboratório do Futuro, que vai de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, no Giardini, Arsenale e outros locais de Veneza.
Residência Comunitária Filmlageret / Spacon & X
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Arquitetos: Spacon & X
- Área: 3100 m²
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Fabricantes: AutoDesk, Contiga, Enscape, OL gulve, St Skoleinventar, +4
O que torna uma cidade excepcional? 10 cidades em foco em 2022
As cidades evoluem ao longo de décadas ou séculos, cada momento de mudança se constrói em transições sociais e arquitetônicas ainda maiores. As metrópoles do mundo inteiro estão constantemente sujeitas a forças sociais, políticas, econômicas ou ambientais que alteram sua identidade fundamental — um caráter que deve ser dinâmico. À medida que as cidades se desenvolvem em tamanho e impacto, os avanços na compreensão das cidades e do urbanismo se tornam mais complexos.
As cidades são formadas a partir de uma sequência de narrativas, características, relações e valores socioespaciais que refletem a identidade do lugar. A subsistência da cidade também depende de seu povo e de uma relação mútua com ele. Junto com suas comunidades e suas circunstâncias, as cidades se transformam para refletir as necessidades e os valores de seus moradores.
Henning Larsen projeta igreja com cúpulas de madeira em Copenhague
Henning Larsen divulgou as primeiras imagens da Igreja de Ørestad, a primeira igreja a ser construída em Copenhague nos últimos 30 anos. Um monumento moderno construído em madeira, que reflete a paisagem aberta de Ørestad e abraça a identidade da comunidade local. A intenção foi criar um espaço sereno, desvinculado do agito da cidade, onde a calma e a simplicidade dos espaços interiores ofereçam aos moradores um alívio do seu quotidiano. A construção está prevista para começar em 2024, e a igreja será consagrada em 2026.
Instalações Ferring Pharmaceuticals / Foster + Partners
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Arquitetos: Foster + Partners
- Ano: 2022
Como Copenhague foi projetada para encantar
De acordo com o World Happiness Report, a Dinamarca lidera a pesquisa dos países mais felizes há anos. Copenhague, capital da Dinamarca, é conhecida por seus edifícios coloridos à beira-mar e sua arquitetura contemporânea radical, ambos refletindo o espírito alegre da cidade. A metrópole marítima é o estudo de caso favorito de um designer urbano com infraestrutura neutra em carbono, facilidade para pedestres e bicicletas, além de uma próspera esfera pública. Os designers dinamarqueses decifraram o código para construir cidades mais felizes, deixando muitos modelos a serem aprendidos.
Placemaking através do lúdico: projetando para o prazer urbano
As cidades humanas giram em torno das relações entre pessoas e lugares. As comunidades prosperam com recursos compartilhados, espaços públicos e uma visão coletiva para sua localidade. Para nutrir cidades felizes e saudáveis, arquitetos e o público em geral aplicam métodos de placemaking ao ambiente urbano. Placemaking - a criação de lugares significativos - depende fortemente da participação comunitária para produzir efetivamente espaços públicos atraentes.
Viena, Copenhague e Zurique são eleitas as melhores cidades para se viver em 2022
Viena, na Áustria, liderou o ranking de habitabilidade global 2022 feito pelo The Economist Intelligence Unit (EIU) recuperando a posição obtida em 2019 e 2018, principalmente por sua estabilidade e boa infraestrutura, apoiada por bons cuidados de saúde e muitas oportunidades de cultura e entretenimento. As cidades da Europa ocidental e do Canadá dominaram as primeiras posições, com Copenhague, na Dinamarca, em segundo lugar e Zurique, na Suíça, e Calgary, no Canadá, empatadas em terceiro lugar. Adicionando 33 novas cidades à pesquisa, um terço das quais na China, e elevando o total para 172 cidades, a classificação excluiu este ano Kyiv, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Dividido em 5 categorias: estabilidade, sistema de saúde, educação, cultura, meio ambiente e infraestrutura, o índice foi muito influenciado pela pandemia de covid-19. À medida que as restrições diminuíram em grande parte do mundo, os rankings de habitabilidade começaram a se assemelhar “aos anteriores à pandemia”, mas a pontuação média global permaneceu abaixo do período pré-pandemia. Embora a pandemia de covid-19 tenha recuado, uma nova ameaça à habitabilidade surgiu quando a Rússia invadiu a Ucrânia este ano.
Cinema BIG BIO Nordhavn / Arkitema
As melhores cidades do mundo para viver em 2022: conheça o top 20
O ranking das melhores cidades do mundo para se viver em 2022 produzido pela Global Finance acaba de ser divulgado. Realizado a partir de oito parâmetros diferentes que calculam e comparam a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas urbanas, como economia, cultura, população, meio ambiente etc., a edição deste ano também levou em consideração o número de mortes por Covid-19 para cada mil habitantes nos diferentes países. Com dados do Global City Power index, Johns Hopkins University, Statista e Macrotrends, a lista busca oferecer uma visão completa, unindo métricas tradicionais a novos fatores.
O primeiro lugar ficou com Londres, no Reino Unido, uma cidade que, embora não tenha obtido classificações altas em suas métricas de Covid-19, ainda lidera a lista devido às pontuações em cultura, acessibilidade e crescimento populacional. Tóquio ficou com a segunda posição, mostrando pontuação baixa no parâmetro população, decaindo em número de habitantes na última década. Xangai vem em seguida, na terceira posição, devido aos números relativamente baixos de mortes por Covid-19 e ao forte crescimento populacional. Singapura e Melbourne ficaram em 4º e 5º lugares.
Conheça diferentes escritórios de arquitetura ao redor do mundo pelas lentes de Marc Goodwin
Avançando com sua maratona de sessões fotográficas, o fotógrafo de arquitetura Marc Goodwin está montando um Atlas de Atmosferas Arquitetônicas, um projeto que busca documentar diversos estúdios de arquitetura e design de todo o mundo. Desde 2016, Goodwin viaja "por toda parte para capturar as atmosferas dos estúdios de arquitetura", e após um hiato de dois anos devido à pandemia, o fotógrafo retomou o projeto com uma exploração dos escritórios de arquitetura de Berlim, registrando o ambiente de trabalho de firmas famosas, como Hesse, LAVA, JWA e FAR frohn&rojas.
Arquitetura dos museus: a evolução dos espaços de curadoria
Ao redor do mundo, os museus funcionam como símbolos culturais - espaços de significado que frequentemente se tornam símbolos da paisagem arquitetônica de uma cidade. Exemplos históricos como o Museum de Fundatie, na Holanda, e o Museu do Louvre, na França continuam a atrair milhões de visitantes, com as intervenções arquitetônicas contemporâneas sobre eles redefinindo suas contribuições espaciais a seus contextos locais.
Unesco elege Copenhague como Capital Mundial da Arquitetura para 2023
Após o Rio de Janeiro em 2020, Copenhague é nomeada pela Unesco como Capital Mundial da Arquitetura para 2023 e sediará o Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos no mesmo ano. Em sua segunda edição, a iniciativa busca destacar o papel da arquitetura e do planejamento urbano na construção de um futuro sustentável e no enfrentamento dos desafios globais. Designada trienalmente, a cidade eleita Capital Mundial da Arquitetura se torna um fórum internacional de debate em torno de questões relacionadas ao meio ambiente urbano.
Uma nova camada de espaços públicos: explorando as coberturas dos edifícios
A medida que os ambientes urbanos se tornam cada vez mais densos, é preciso aproveitar ao máximo cada centímetro quadrado de área disponível. Pensando nisso, arquitetos e arquitetas do mundo todo recentemente descobriram o enorme potencial das coberturas existentes dos edifícios urbanos, na maioria das vezes, espaços subutilizados e de difícil acesso. Além do mais, coberturas e telhados chegam a somar juntas até 25% da área de superfície total disponível em uma cidade. Podendo ser utilizadas tanto como áreas verdes e cultiváveis quanto como espaços públicos e acessíveis, estes jardins suspensos estão sendo pouco a pouco incorporados à infraestutura urbana de várias cidades ao redor do mundo. Neste contexto, este artigo procura analisar em profundidade o real potencial desta estratégia para a criação de uma nova camada de espaços públicos acessíveis em cidades densamente ocupadas.